Em entrevista, Aécio garante investimentos para a saúde

 Aécio: “No nosso governo, vamos garantir o resgate dos investimentos federais que, no governo do PT, vêm diminuindo a cada ano”.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Belo Horizonte (MG) – 29-09-14

Sobre agenda em Belo Horizonte.

É uma alegria muito grande estar aqui ao lado do meu amigo Dr. Lincoln, muitos representantes da Associação Médica mineira, para dizer mais uma vez ou reiterar aqueles compromissos que assumimos há muito tempo com a qualidade da saúde do Brasil. O Brasil precisa de mais saúde, de mais investimentos, de mais respeito com aqueles que trabalham na saúde pública. No nosso programa, vamos assegurar a criação da carreira de profissionais da saúde. No nosso governo, vamos garantir o resgate dos investimentos federais que, no governo do PT, vêm diminuindo a cada ano. Em 2003, quando o PT assumiu o governo, 56% do conjunto de investimentos em saúde vinham da União. Doze anos se passaram e hoje apenas cerca de 46% vêm da União. E sabemos, o governador Anastasia, o governador Pimenta da Veiga, o governador Alberto Pinto Coelho, que quem paga essa diferença são os Estados e os municípios, principalmente.

No nosso programa de governo, discutido com a Associação Médica mineira e de vários outros Estados, inclusive com a brasileira, estamos propondo, além da valorização dos profissionais da saúde, a criação de 500 clínicas de especialidades, onde está o grande gargalo do atendimento da nossa população. Tenho dito que, no meu governo, o BNDES terá um “s” maior do que as outras letras. O “s” do social e que eu posso aqui também estender para o “s” da saúde. Vamos permitir que o BNDES financie os médicos recém-formados, e mesmo outros médicos, para que eles possam abrir clínicas de especialidades em regiões pré-determinadas pelo governo, onde haja carências em determinadas especialidades. O pagamento desses médicos ao financiamento do BNDES seria feito com uma parcela da sua clientela sendo atendida pelo SUS.

Estou muito contente de receber aqui essa manifestação de apoio. Vamos construir juntos um novo, não apenas no diagnóstico, um novo projeto de fortalecimento da qualidade da saúde pública do Brasil. O programa Saúde da Família será, no nosso governo, resgatado, já que foi abandonado pelo atual governo. Um governo que fechou 13 mil leitos hospitalares nos últimos anos, que permite que as Santas Casas vivam uma extraordinária crise, talvez sem precedentes na sua história. E o nosso compromisso é termos um diálogo permanente com as entidades representativas do setor, para que possamos ter, acima de tudo, mais e melhor saúde pública no Brasil.

Sobre a campanha.

Em primeiro lugar, todas as últimas pesquisas têm apenas um traço em comum: o nosso crescimento. Recebo diariamente manifestações de vários Estados da Federação, agora mesmo de São Paulo, onde há um crescimento ainda maior da nossa candidatura, que apenas em uma semana avançou oito pontos. O crescimento também acontece em Minas Gerais. Estamos fazendo tracking em outros Estados brasileiros. Nosso crescimento é contínuo. Por quê? Porque chegou a hora da decisão. As pessoas estão refletindo sobre o que representa cada uma das candidaturas. E quando se elege um presidente da República está se optando por um governo, e as pessoas estão percebendo, sobretudo aquelas que querem mudanças, que se cansaram de tanto desgoverno, de tanto desrespeito, que se cansaram de ver a economia brasileira cada vez crescendo menos, e a inflação cada vez crescendo mais.

Se cansaram de ver um Brasil como um cemitério de obras inacabadas, se cansaram de ver os nossos indicadores sociais e da saúde, também, cada vez piores. Esse grande conjunto de brasileiros – são mais de 70% –, uma boa parte deles começa a perceber que a mudança consistente, a mudança de valores, a mudança com qualidade, a mudança com liderança para implementar as reformas, a mudança com coragem para enfrentar os contenciosos, está simbolizada na nossa candidatura.

Tenho absoluta confiança de que vamos, no dia cinco de outubro, a começar por Minas Gerais e no Brasil, estar no segundo turno. Em Minas Gerais, espero que com Pimenta da Veiga vencendo já no primeiro turno. Estamos percebendo que há um avanço da sua candidatura, e aquilo que o Brasil rejeitou Minas não quer.

Sobre a ida da Fiat para Pernambuco.

Quero aqui fazer uma palavra muito clara. Peço licença, porque fujo um pouco da nossa pauta da saúde que aqui hoje nos reúne, para dizer que li uma matéria hoje, num jornal de circulação nacional, em relação ao investimento da Fiat que deixou de vir para Minas Gerais. Quero dizer, como governador de Estado na época em que todos os entendimentos foram feitos entre mim e o presidente Marchionne – engenheiro Marchionne, presidente mundial da Fiat – para que a duplicação da unidade da Fiat ocorresse em Minas Gerais, isso tudo foi acertado, os protocolos foram assinados, e o governo do PT, no apagar das luzes do governo do presidente anterior, optou por criar condições para levá-la para outro Estado da Federação.

Não sou contra a descentralização do parque automotivo brasileiro. Acho importante que ele chegue a outras regiões do país. Mas aquele projeto, em especial, já estava assegurado para Minas Gerais. Como outros investimentos, como o polo acrílico assegurado para Minas Gerais. A grande verdade é que esses investimentos saíram daqui pela ação do governo federal do PT e sem que houvesse uma reação sequer das lideranças do PT de Minas Gerais. Sem que houvesse, repito, uma palavra de solidariedade a Minas Gerais por parte dessas lideranças, em especial daquele que hoje disputa o governo de Estado. Essa é a verdade. Vejo hoje uma matéria, anônima, um diretor que não se identifica. Pois desafio a qualquer diretor da Fiat dizer se estávamos ou não com os acordos prontos para que essa empresa, ou essa grande montadora, instalasse a sua expansão aqui em Minas Gerais e as razões pelas quais ela deixou Minas Gerais.

O que é mais lamentável é que, depois disso, eu fiz um enorme esforço no Congresso Nacional, liderei junto aos parlamentares, o governador Anastasia participou dessa reunião, o governador Alberto Pinto Coelho, estão todos aqui vivos. Participamos de uma negociação para que pelo menos as fornecedoras de autopeças para esta indústria, já que aindústria já tinha ido embora, as fornecedoras de autopeças pudessem se instalar no norte mineiro, no Vale do Jequitinhonha, nas regiões mais pobres de Minas Gerais, com as mesmas isenções fiscais, com as mesmas condições daquelas dadas ao Estado para onde a empresa foi.

Conseguimos aprovar isso contra a vontade do governo. Éramos minoria. Conseguimos aprovar a extensão dos benefícios para o Norte de Minas, para o Vale do Jequitinhonha, para o Vale do Mucuri. Isso significaria milhares de emprego naquela região. O que ocorreu? A presidente Dilma Rousseff vetou esses benefícios para as regiões mais pobres de Minas Gerais, mas ela não estava sozinha nesse veto. Está publicado no Diário Oficial. Acompanhava a presidente nesse veto o então ministro do Desenvolvimento Econômico, o senhor Fernando Pimentel. Assinou o veto que impediu que as regiões mais pobres de Minas Gerais recebessem esses investimentos e, portanto, empregos para a nossa gente. Essa é a realidade.

Estamos chegando em um momento de uma decisão que vai muito além da eleição de um partido, da derrota de outro partido. Estamos falando de uma oportunidade absolutamente extraordinária para Minas Gerais. A eleição de Pimenta Veiga é tão importante para Minas Gerais quanto a minha eleição, como é a de Anastasia. Por isso estou aqui hoje mais uma vez agradecendo essa manifestação extremamente emblemática dos médicos de Minas Gerais, da Associação Médica de Minas Gerais, como recebi em outros Estados, porque eles sabem que podem confiar na nossa parceria. Tenho muita, mas muita confiança mesmo, de que vamos ganhar em Minas Gerais e vamos ganhar no Brasil.

Sobre a expectativa para o debate da próxima quinta-feira (02/10).

Os debates são sempre oportunidades das pessoas se desnudarem, das pessoas mostrarem o que são e as suas convicções e, obviamente, têm que mostrar também a sua coerência, quando ela existe. Eu não compactuo com os ataques pessoais. Eu vejo as duas candidatas hoje brigando muito entre si. Eu quero brigar ao lado das pessoas. A minha participação no próximo debate será extremamente propositiva, mas também cobrarei coerência entre aquilo que se propõem hoje e aquilo que se praticou no passado. É muito fácil você dizer hoje frente às televisões para o Brasil inteiro, ‘quero controlar a inflação que saiu do controle nesse governo’. Eu sou do PSDB, lutamos e controlamos a inflação lá atrás. As duas candidatas estavam no PT combatendo o Plano Real. Se dependesse da sua ação, não teríamos controlado a inflação lá trás. A inflação estaria penalizando grande parte da população brasileira, principalmente, a população brasileira mais pobre.

Eu me lembro muito, como líder partidário na Câmara dos Deputados, o esforço para aprovarmos a Lei de Responsabilidade Fiscal, um marco definitivo nas administrações públicas brasileiras. Acabou com a farra, com a irresponsabilidade de prefeitos, de governadores, que passavam a seus sucessores dívidas impagáveis, que iam se acumulando. Qual era a consequência disso? Não tinha dinheiro para a saúde, não tinha dinheiro para a educação, para a segurança. As pessoas eram punidas. Porque a gente fala alguma coisa que tem um viés econômico, as pessoas não compreendem bem a importância disso. A Lei de Responsabilidade Fiscal garante mais saúde, mais investimento em educação, em segurança pública. Onde estava a candidata do PSB naquele instante? No Senado Federal, sabendo do que se tratava. Se levantou para votar a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal e contra a farra das administrações públicas? Não. Ela se levantou para votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O debate que faço é o debate político. Porque estou nesta caminhada e se estou fazendo esta caminhada com extrema determinação por todo o país, é porque tenho absoluta convicção de que para o Brasil o nosso projeto é o melhor. Eu não quero daqui a quatro anos, ao lado de vocês e de tantos brasileiros, estar vivendo uma nova frustração. Vou até o limite extremamente confiante, mas a minha confiança é cada dia maior também na nossa vitória em Minas Gerais. Minas não vai querer aquilo que o Brasil experimentou e não quer mais.

Sobre o Mais Médicos.

Ninguém vai acabar com o Mais Médicos. Eu vou acabar com a descriminação contra os médicos cubanos. Vamos permitir que eles recebam o que recebem os outros médicos, em uma nova negociação com a Opas. Mas isso é uma solução temporária, até porque os contratos são temporários. Vamos cuidar estruturalmente da saúde pública no Brasil.

Aécio propostas: carreira nacional para médicos

Aécio Neves disse que vai criar uma carreira nacional de médicos no país, se for eleito, além de centros de atendimento especializado.

Eleições 2014

Fonte: O Tempo

Aécio promete carreira nacional de médicos e fim de estrangeiros

O tucano disse que pretende acabar com o atendimento de profissionais cubanos no país e que os médicos, trazidos ao Brasil pelo governo Dilma Rousseff, têm “prazo de validade”

candidato do PSDB à PresidênciaAécio Neves, prometeu nesta terça-feira (5) criar uma carreira nacional de médicos no país se for eleito em outubro, além de 500 centros de “atendimento especializado” em municípios brasileiros.

O tucano disse que pretende acabar com o atendimento de profissionais estrangeiros no país e que os médicos cubanos, trazidos ao Brasil pelo governo Dilma Rousseff, têm “prazo de validade”.

“Os cubanos têm prazo de validade, ficarão aqui por três anos. O que eu pretendo é que não haja mais a necessidade de médicos estrangeiros no Brasil. Ao longo do tempo as nossas políticas, ações, permitirão que essas vagas sejam ocupadas por brasileiros, formados, que passem pelo Revalida”, afirmou.

Após encontro com profissionais de saúde organizado pela AMBr (Associação Médica de Brasília), Aécio disse que se houver necessidade de médicos estrangeiros no país, isso será uma “solução lateral, e não a solução central”.

Eu um recado a DilmaAécio disse que tratar a questão da saúde pública com foco apenas no programa “Mais Médicos” é “mascarar a realidade”. “Médicos são importantes, eu quero muito mais médicos, mas eu quero mais que isso. Eu quero muito mais saúde para todos os brasileiros.”

O tucano reiterou que os salários dos médicos cubanos têm que ser igual aos dos demais médicos estrangeiros que atuam no país. Há duas semanas, durante sabatina da Folha de S.Paulo, Aécio havia afirmado que não aceitaria as regras do governo cubano para o pagamento de profissionais do programa Mais Médicos, instituído pelo governo federal em 2013.

Atualmente, as bolsas pagas aos médicos brasileiros e estrangeiros é de R$ 10 mil. Porém, diferentemente dos outros países, a remuneração dos profissionais cubanos é paga ao governo do país e apenas R$ 3.000 chegam ao bolso dos médicos.

“No meu governo, não permitirei a discriminação que existe hoje em relação aos cubanos que recebem cerca de 20% do que recebem médicos de outras partes do Brasil.”

Em relação aos 500 centros de atendimento especializado, Aécio disse que cada unidade terá um médico para fazer o diagnóstico inicial do paciente, realizar exames e a entrega de eventuais medicações – sem a necessidade de seguir para outro hospital. “Vamos fazer uma verdadeira revolução no atendimento da saúde pública no Brasil.”

O candidato foi aplaudido pelos cerca de 200 profissionais de saúde que participaram do encontro com o tucano. O presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, disse que o tucano será o “futuro presidente” com o apoio da classe médica. “É uma pessoa que vai ouvir e decidir, sem viés eleitoreiro, a construir verdadeiras políticas de Estado, e não de governo”, afirmou.

No discurso aos médicos, Aécio disse que as ações do governo Dilma são orientadas por “marketing e superficialidade”, especialmente na área de saúde. “Vamos criar uma carreira nacional de profissionais da saúde. Mas o governo tem que buscar as contribuições que desde já estou buscando”, afirmou.

INFRAESTRUTURA

O tucano também prometeu um “choque de infraestrutura” no país, com novas obras e a conclusão das que foram iniciadas pelo atual governo – o que inclui a criação do Ministério da Infraestrutura. Mas não deixou claro se pretende subordinar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à nova pasta.

“Quando falei da ideia de construirmos um forte ministério, é para que isso possa ajudar a restabelecer credibilidade do país, abandonada e perdida hoje, para podermos ter de novo capital provado nacional e estrangeiro a nos ajudar nesse mutirão de infraestrutura no país.”

Aécio disse que sua prioridade serão hidrovias, ferrovias e investimentos nos portos e rodovias, com a “segurança jurídica” necessária para marcos regulatórios. “Meu ministério e meu governo não estará preocupado com marcas, slogan e não terá o ministro mais importante sendo o marqueteiro do governo.”

O tucano classificou de “trágica” a situação do setor elétrico brasileiro, com “equívocos” cometidos pelo governo Dilma que resultaram em aportes do Tesouro Nacional no setor. “São recursos que poderiam ir para a saúde, segurança pública e até para outros investimentos.”

PSDB: Aécio defende emenda que aumenta recursos para a saúde

PSDB: emenda do PSDB obrigará o governo federal a aumentar sua participação nos gastos com saúde no país, a partir de 2015.

PSDB: emenda da saúde

Fonte: Jogo do Poder 

Senador Aécio defende emenda do PSDB que aumenta recursos federais para a saúde

Absolutamente incoerente que o governo federal faça e apresente o programa Mais Médicos com uma bilionária propaganda na TV, fazendo dele peça de marketing eleitoral, e, por outro lado, o mesmo governo defenda menos recursos para a saúde”, diz Aécio Neves

senador Aécio Neves defendeu, na noite desta quarta-feira (06/11), em plenário, a emenda do PSDB que, se aprovada, obrigará o governo federal a aumentar sua participação nos gastos com saúde no país, a partir de 2015. A proposta do senador Cícero Lucena ao projeto de lei que cria o Orçamento Impositivo estabelece quotas federais no financiamento da saúde, chegando, em 2018, ao total de 18% de sua receita corrente líquida.

A emenda acaba com a lacuna deixada este ano pelo governo federal na regulamentação da Emenda 29, que definiu a aplicação de estados e municípios na área da saúde, mas não definiu a participação da União nesses investimentos. A emenda será votada, na próxima terça-feira, no plenário Senado Federal.

Segue transcrição de pronunciamento do senador Aécio Neves em defesa do aumento de investimentos federais na saúde.

“Quando discutimos aqui a regulamentação da Emenda 29, tão aguardada e por tanto tempo postergada, tratou-se desta questão: garantir um piso mínimo de participação do governo federal, a partir do seu Orçamento no financiamento da saúde. A base do governo rejeitou a proposta. Apenas os estados e municípios – os primeiros com 12%; os segundos com 15% de piso – assumiram esse compromisso. Agora, busca-se complementar aquela votação. Em 2002, quando assumia o governo o atual partido que hoje governa o Brasil, o PT, o governo federal participava com 56% do conjunto de investimentos que se fazia na saúde pública. Onze anos se passaram. Hoje, o governo federal participa com apenas 45%. E quem vem pagando esta conta? É óbvio que os estados e municípios.

A proposta repõe a responsabilidade do governo federal no financiamento da saúde pública. E não existe tragédia maior no Brasil hoje, sobretudo no Brasil dos mais desassistidos, como a calamidade do tratamento e do atendimento à saúde. Esta proposta, escalonada responsavelmente pelo senador Cícero, permitirá que, nos próximos quatro anos, de forma gradual, possamos fazer com que o governo federalrestabeleça sua responsabilidade, como os estados e os municípios já vêm fazendo. É um gesto de solidariedade com os cidadãos mais pobres do Brasil”, disse Aécio Neves.