Entrevista Roberto Jefferson: Petrobras é epílogo do mensalão

Jefferson diz que os dois casos tiveram a mesma motivação: financiar o “projeto do PT para se perpetuar no poder”.

Escândalos do PT

Fonte: Folha de S.Paulo

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ENTREVISTA – ROBERTO JEFFERSON

Caso Petrobras é epílogo para o mensalão

AUTOR DA DENÚNCIA DO MENSALÃO DIZ QUE DESVIOS EM ESTATAL FAZEM PARTE DE PROJETO DO PT PARA SE PERPETUAR NO PODER

No primeiro dia fora da cadeia desde que foi preso, em fevereiro, o ex-deputado Roberto Jefferson, 61, afirmou à Folha que o escândalo da Petrobras é o “epílogo do mensalão“, que ele denunciou ao jornal em 2005.

O petebista diz que os dois casos tiveram a mesma motivação: financiar o “projeto do PT para se perpetuar no poder”. “O mensalão foi o prefácio. Agora o Brasil está lendo o epílogo”, afirma.

Jefferson acusa a presidente Dilma Rousseff de proteger corruptos para preservar seu partido e compara Aécio Neves (PSDB) ao lutador Rocky, personagem de Sylvester Stallone. “É o Aécio Balboa. Apanhou nove assaltos e virou a luta no décimo.”

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mensalão, o ex-deputado recebeu a reportagem nesta segunda (13) no escritório de advocacia em que começou a trabalhar, no Rio. Horas depois, voltaria à cadeia.

Ele quer mudar para o regime aberto daqui a seis meses e já sonha em retornar ao Congresso em 2022, quando recuperar os direitos políticos. “Eu voltarei”, promete.

Folha – O sr. denunciou o mensalão no governo Lula. Como vê o escândalo da Petrobras?

Roberto Jefferson – Se você reparar a data, isso vem lá do mensalão. É o financiamento de base, da estrutura da base do governo, para o PT se perpetuar no poder. O mensalão foi o começo da destruição do mito do PT. Esse caso da Petrobras consolida o que já vem de 2005. É o epílogo daquela história. O mensalão foi o prefácio, agora o Brasil está lendo o epílogo. O PT prostituiu a classe política.

Petrobras é a maior empresa do Brasil. Isso é o pior assalto que nós já vimos. Pega governadores, senadores, a elite do Congresso. É uma bomba atômica. No ano que vem, vamos ver muitos processos de cassação.

Como avalia o governo da presidente Dilma Rousseff?

Dilma é uma mulher séria, honrada. Mas tem uma herança de corrupção terrível do partido, mas precisa botar panos quentes para não atingir o Lula. Ela está manietada, é uma presidente pela metade. Ela tem um compromisso de silêncio. Não pode expor as vísceras do partido que integra. A Dilma está engordando. Isso é sofrimento, ansiedade.

Na política econômica, é um desastre. Ela está desorganizando os fundamentos da economia. Adotou no BNDES uma política russa, de proteger os empresários que são compadres do governo. É como o Putin faz.

Está acompanhando a disputa eleitoral da prisão?

Leio os quatro jornais todo dia. Tenho TV na cela, acompanhei os debates. Vibrei muito com o Aécio. Fiquei muito feliz com a ida ao segundo turno.

Ele teve que aguentar dois desastres: a queda do avião do Eduardo Campos e a decolagem da Marina. Ela era inconsistente, mas não é fácil vencer a emoção com a razão.

Aécio resistiu. É o Aécio Balboa, o lutador. Apanhou nove assaltos e virou no décimo, no debate da Globo.

Ele mostrou, com apoio do eleitor, que não somos uma republiqueta bolivariana. Essa turma do Maduro está caindo de podre aqui no Brasil.

O sr. articulou da cadeia para o PTB apoiar Aécio?

Não pude liderar o processo, mas sei que muitos convencionais do PTB tomaram a decisão em solidariedade a mim. Eles não podiam apoiar o meu algoz, que era o PT.

Vai falar com ele agora?

Tudo o que eu fizer pode ser interpretado para atingi-lo. Não quero ser chibata para bater no Aécio. Sou um réu condenado, em cumprimento de pena. Não tenho que fazer isso. Minha filha [a deputada federal eleita Cristiane Brasil] dá o recado.

Na semana passada, ela esteve com ele em Brasília, na festa do Memorial JK. Eu disse: “Filha, dá um abraço nele. O pai tá gostando…”

O que decidirá a eleição?

Os debates serão fundamentais. Aécio tem experiência em derrotar o PT. O povo cansou do PT. Não é só pelas denúncias. Eles querem mais quatro anos, para depois voltar o Lula. Aí serão vinte anos. Quem aguenta isso?

O Brasil ficou muito tempo sem oposição. Quem fez o papel da oposição, mostrando os erros que aí estão, foi a mídia. Por isso o PT quer o controle social, para calar a mídia. Na Venezuela, até papel proibiram de entrar, para os jornais não circularem. Se persistir o PT, nós não vamos ter papel para circular jornal. É um projeto totalitário, de poder a qualquer preço.

Na eleição do Rio, apoiará Luiz Fernando Pezão (PMDB) ou Marcelo Crivella (PRB)?

Pezão. O Crivella é a soma de bispo Macedo, Garotinho, Lindberg e Paulo Roberto Costa. É o homem da Igreja Universal. Eles já chutaram a santa. Se for eleito, vai querer derrubar o Cristo Redentor?

O sr. está preso desde o fim de fevereiro. Já se arrependeu?

Roberto Jefferson – Nunca me arrependi. Deus só dá carga a quem pode puxar. Estou saindo mais forte. Sou vítima das minhas palavras e das minhas atitudes, mais nada.

Fui condenado a mais tempo de prisão do que o [José] Genoino, presidente do PT, e que o Delúbio [Soares], tesoureiro do PT. Eles articularam o mensalão. Fui o denunciante e fiquei mais tempo preso que os denunciados. Mas saí sem mágoa ou ressentimento. Faria tudo de novo.

O sr. confessou ter recebido R$ 4 milhões do caixa dois do PT. O que fez com o dinheiro?

Vocês sabem que eu partilhei. Por que eu nunca perdi influência no meu partido? Porque os candidatos a prefeito receberam aquele recurso que o PT transferiu ao PTB na eleição de 2004. E podem ficar em paz, porque eu não vou revelar [quem recebeu].

Como vê seu futuro?

Daqui a seis meses, vou pleitear o regime aberto para dormir em casa, com tornozeleira. A cassação dos direitos políticos dura oito anos.

Ainda quer ser deputado?

Eu voltarei. Sinto muita falta de Brasília, do Congresso e do PTB. Minha vida é essa, não sei fazer outra coisa.

Acha que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que defendeu sua condenação, vai entrar na política?

Ele tem perfil. É um grande nome, vai ter voto. Não tenho ressentimentos. O PTB está aberto para ele. (Risos.)

Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil

O Foro de São Paulo reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros.

Grupo ligados ao Foro de São Paulo fundado por Lula tem todas ações empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas.

Fonte: Blog do Felipe Moura Brasil – Veja.com

Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil

O maior inimigo do Brasil e do continente nas últimas décadas precisa ser identificado pelos homens de bem deste país, de modo que reúno abaixo o mínimo que você precisa saber a respeito para se informar e educar os amigos, compartilhando este link nas redes sociais.

Fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, segundo ele mesmo declarou (o que nunca é de todo confiável) em maio de 2011 [ver Vídeo 5] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu em 2007 o filósofo Olavo de Carvalho, autor do best seller idealizado e organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.

Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo, descoberto pelo advogado paulista José Carlos Graça Wagner, que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem rotulasse seus denunciadores como “teóricos da conspiração”. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente cerca de 15 membros da organização, seu nome começou a aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.

Vamos ver se é mesmo? Vem comigo.

I.

VÍDEO 1 – 2012 – MENSAGEM DE LULA EM APOIO A HUGO CHÁVEZ

“Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos onde chegamos. Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.”

II.

VÍDEO 2 – 2008 – HUGO CHÁVEZ CONFESSA: LULA E FARC JUNTOS NO FORO DE 1995

Hugo Chávez confessa ter conhecido o presidente Lula e um dos então comandantes das Farc Raúl Reyes — cuja eliminação pelo Exército colombiano no nordeste do Equador ele lamenta e furiosamente critica — na reunião do Foro de São Paulo de 1995, em San Salvador, capital de El Salvador, na América Central:

“Recebi o convite para assistir, em 1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (…) Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum bairro humilde lá de El Salvador. (…) E então se abriu um canal de comunicação e ele veio aqui (…) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e última ocasião, passou por aqui também.”

III.

A PARCERIA ENTRE FARC E PT, SEGUNDO O COMANDANTE RAÚL REYES

Em entrevista à Folha de S. Paulo de 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes dera, entre outras, as seguintes declarações:

Folha — O sr. conheceu Lula?

Reyes — Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha — Houve uma conversa?

Reyes — Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha — Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha — Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes — As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais…

Folha — O senhor pode nomear as mais importantes?

Reyes — Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas…

Folha — Quais intelectuais?

Reyes — [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.”

IV.

A MENTIRA DE VALTER POMAR SOBRE FARC E FORO

Em 18 de agosto de 2010, saiu no Estadão Online:

O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). ‘As Farc não participam e nunca participaram do Foro de São Paulo’, disse Pomar, em entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º encontro da organização.

A Agência Estado insistiu na indagação sobre se nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. ‘Eu estava lá. Não participou nem como um setor de partido’, afirmou. Segundo ele, todos os representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e Farc.”

Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:

“Quer dizer então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que as atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão.”

V.

DISCURSO DE LULA DE 2 DE JULHO DE 2005 – 15 ANOS DE FORO

Pronunciado na celebração dos 15 anos de existência do Foro de São Paulo e reproduzido no site oficial do governo, este discurso é, segundo Olavo de Carvalho, “a confissão explícita de uma conspiração contra a soberania nacional, crime infinitamente mais grave do que todos os delitos de corrupção praticados e acobertados pelo atual governo; crime que, por si, justificaria não só o impeachment como também a prisão do seu autor”:

“Em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio [Garcia] tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990… Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.”

Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:

“(…) O sr. presidente confessa, em suma, que submeteu o país a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias de uma entidade cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer nem muito menos entender.

Não poderia ser mais patente a humilhação ativa da soberania nacional, principalmente quando se sabe que entre as entidades participantes dessas reuniões decisórias constam organizações como o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, e as Farc, narcoguerrilha colombiana, responsável, segundo seu parceiro Fernandinho Beira-Mar, pela injeção de duzentas toneladas anuais de cocaína no mercado nacional. (…)”

VI.

VÍDEO 3 – LULA MENTE PARA BORIS CASOY DURANTE CAMPANHA DE 2002

Em entrevista ao Jornal da Record, durante a campanha eleitoral de 2002, Lula mente descaradamente ao negar a existência de uma aliança entre ele, Hugo Chávez e Fidel Castro.

VII.

PT/FARC/FORO – SEQUÊNCIA DE FATOS

Em 24 de setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo “O perigo sou eu”, no qual pede mais uma vez ao leitor — já o tinha feito em “Relendo notícias”, de 2003 — a gentileza de examinar brevemente esta sequência de fatos:

· Abril de 2001: O traficante Fernandinho-Beira Mar confessa que compra e injeta no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das Farc em troca de armas contrabandeadas do Líbano.

· 7 de dezembro de 2001: O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano, sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio incondicional às Farc, no qual classifica como ‘terrorismo de Estado’ as ações militares do governo colombiano contra essa organização.

· 17 de outubro de 2002: O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirma em nota oficial que o partido nada tem a ver com as Farc e que o Foro de São Paulo é apenas ‘um foro de debates, e não uma estrutura de coordenação política internacional’.

· 1º de março de 2003: O governo petista estende oficialmente seu manto de proteção sobre as Farc, recusando-se a classificá-las como organização terrorista conforme solicitava o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

· 24 de agosto de 2003: O comandante das FarcRaul Reyes, informa que o principal contato da narcoguerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, LulaFrei Betto e Emir Sader.

· 15 de março de 2005: Estoura o escândalo dos cinco milhões de dólares das Farc que um agente dessa organização, o falso padre Olivério Medina, afirma ter trazido para a campanha eleitoral do sr. Luís Inácio Lula da Silva. O assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do noticiário.

· 2 de julho de 2005: Discursando no 15º. Aniversário do Foro de São Paulo, o sr. Luís Inácio Lula da Silva entra em contradição com a nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta, ‘construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política’, que essa entidade interferiu ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou decisões de governo junto com ChávezFidel Castro e outros líderes esquerdistas, sem dar ciência disto ao Parlamento ou à opinião pública.

· 9 de abril de 2006: O chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio, Vítor Santos, informa ao jornal O Dia que “dezoito traficantes da facção criminosa Comando Vermelho — entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do Morro da Mangueira — vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os bandidos são alvo de investigação da Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.

· 12 de maio de 2006: O PCC em São Paulo lança ataques que espalham o terror entre a população. Em 27 de dezembro é a vez do Comando Vermelho fazer o mesmo no Rio de Janeiro.

· 18 de julho de 2006: O Supremo Tribunal Federal, sob a pressão de um vasto movimento político orquestrado pelo PT, concede asilo político ao falso padre Olivério Medina, agente das Farc.

· 16 de maio de 2007: O juiz Odilon de Oliveira, de Ponta-Porã, divulga provas de que as Farc atuam no território nacional treinando bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha urbana.

· 12 de fevereiro de 2007: As Farc fazem os maiores elogios ao PT por ter salvo da extinção o movimento comunista latino-americano por meio da fundação do Foro de São Paulo.

· Agosto de 2007: Nos vídeos preparatórios ao seu 3º. Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o capitalismo e implantar no Brasil um regime socialista; e fornece ainda um segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, ao confessar que o Foro de São Paulo é ‘um espaço de articulação estratégica’ (sic).

· 19 de setembro de 2007: Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo Chávez e os comandantes das Farc.

Entre esses fatos ocorreram outros inumeráveis cuja data não recordo precisamente no momento, entre os quais o fornecimento maciço de armas às Farc pelo governo Hugo Chávez, uma campanha nacional de mídia para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine Menges que divulgava a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-Farc, os tiroteios entre guerrilheiros das Farc e soldados do Exército brasileiro na Amazônia, as denúncias de que as Farc davam treinamento em guerrilha urbana aos militantes do MST e, é claro, várias assembléias gerais e reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.

A existência de uma ligação profunda, constante e solidária entre o PT e as Farc é um fato tão bem comprovado, que quem quer que insista em negá-la só pode ser parte interessada na manutenção do segredo ou então um mentecapto incurável. (…)”

VIII.

VÍDEO 4 – 14ª REUNIÃO DO FORO – MONTEVIDÉU, 2008

Reportagem da Veja.com sobre o XIV Encontro do Foro de São Paulo, em Montevidéu, em 2008, com as participações dos petistas José Eduardo Martins Cardozo, Marco Aurélio Garcia, Raul Pont, Valter Pomar e Nilmário Miranda; e a repetição de todos os chavões socialistas e gritos revolucionários.

IX.

VÍDEO 5 – DISCURSO DE LULA DE 2011 – 17ª REUNIÃO DO FORO

Trechos do discurso de Lula, em que ele lembra de quando teve a ideia do Foro e do dia em que conheceu Fidel Castro, admite que Chávez tentou um golpe na Venezuela, e mostra como os participantes da entidade foram conquistando o poder em toda a América Latina, país por país (além, é claro, de soltar todas as suas bravatas eleitoreiras):

“(…) Querido companheiro Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e sua companheira Rosario [Murillo]; querido companheiro [Ricardo] Alarcón [de Quesada], representando aqui o extraordinário povo cubano; querido companheiro [Nicolás] Maduro, chanceler da Venezuela, queridos companheiros latino-americanos e convidados para essa 17ª reunião doForo de São Paulo.

Eu tenho sempre a preocupação, querido [José Manuel] Zelaya, de participar desses Foros e falar em português. [Trecho inaudível…] não entende nada do que ‘yo hablo’. [Risos.] Eu tenho um tradutor que é um cubano naturalizado brasileiro. Se precisar o tradutor pode traduzir para que todo mundo entenda o que estou “hablando”. Se entende… Bom, se não entender, eu não tenho culpa.

Eu queria dizer a todos vocês que eu tô emocionado porque faz muito tempo que eu não participo de uma reunião do Foro de São Paulo. Parece que a última foi no Bar Latino em São Paulo em 2005, mas muito de passagem. E eu lembro quando tivemos a ideia de construir o Foro de São Paulo. Em 1985, eu fiz uma entrevista para um jornal brasileiro, e eu dizia que não era possível um metalúrgico chegar à presidência pelo voto e disputando democraticamente uma eleição. Quatro anos depois, eu fui à primeira disputa presidencial, fui para a segunda volta [turno], e terminei as eleições com 47% dos votos. O PT saiu muito fortalecido daquela eleição. Os partidos de esquerda que estão aqui, brasileiros — não sei se estão todos, mas o PCdoB, o PSB, não sei se estão… o PDT — que estiveram juntos comigo, todos nós saímos muito fortalecidos.

E aí então veio a ideia, conversando com os companheiros cubanos num primeiro momento, de fazermos uma reunião da esquerda latino-americana. E fizemos em São Paulo, no Hotel Danúbio que já não existe mais, em junho de 1990, a nossa primeira reunião.Havia, meu querido Maduro, tantos partidos de esquerda na América Latina e tantas divergências, que só da Argentina compareceram 13 partidos políticos, e a única coisa que unificava os argentinos eram os gols de Maradona na Copa do Mundo de 1990. [Risos. Aplausos.] Havia um processo de desconfiança muito grande entre toda a esquerda latino-americana. Nós não tínhamos ainda aprendido uma lição básica que iria permitir que a esquerda chegasse ao poder. Nós temos um brilhante educador brasileiro, que já morreu, um dos mais importantes, que muitos latino-americanos conhecem, Paulo Freire, e ele dizia: ‘Juntar os diferentes para derrotar os antagônicos.’

E nós fomos aprendendo a conviver entre nós, e fomos construindo uma relação democrática difícil, complicada, muitas vezes era necessário muita paciência. Eu lembro que uma vez na reunião do Foro de São Paulo em El Salvador, nós não deixamos o Chávez participar, porque Chávez tinha tentado o golpe na Venezuela e nós não deixamos ele participar. Era muito difícil. Havia um processo de desconfiança entre nós muito grande. E de coração eu quero dizer pra vocês que uma das forças políticas que mais contribuiu para que nós chegássemos a construir o que nós construímos foram os companheiros do partido comunista cubano, que sempre tiveram paciência e experiência de nos ajudar. Não posso desmerecer o trabalho do companheiro Marco Aurélio Garcia, que hoje está no governo, não está aqui, mas que participou de quase todas as reuniões do Foro de São Paulo.

Eu fico imaginando que algumas pessoas não estão mais aqui entre nós. E eu queria saudar aqueles que não estão aqui entre nós, homenageando o companheiro Schafik [Handal], da Frente Farabundo Martí, que não está entre nós. [Aplausos.] Nós estamos um pouco mais velhos. Quando começou o Foro, eu não tinha nenhum cabelo branco. Tomaz Borges tinha todo o cabelo na cabeça. [Risos] Daniel Ortega era cabeludo. [Risos] Ou seja: nós estamos cansados, mais do que quando começamos o Foro. Mas o caminho que nós percorremos não pode perder a importância das nossas conquistas. Nós estamos falando de 21 anos. Vinte e um anos é o tempo de maturidade de um jovem ou de uma jovem. E nesses 21 anos, olhemos a fotografia da America Latina de 1990 e olhemos a fotografia da America Latina de 2011, e nós vamos perceber que um verdadeiro furacão de democracia passou pelo nosso continente. Um verdadeiro furacão.

Eu fico olhando a América do Sul. Quando cheguei à presidência em 2002, só tinha o Chávez. Mesmo assim, tinha sofrido um golpe. Depois, veio [Nestor] Kirchner. Depois de Kirchner, veio eleições no Paraguai. Depois, no Uruguai, com Tabaré [Ramón Vázquez Rosas]. Depois veio no Equador. E nós fomos fazendo uma mudança extraordinária que culminou com a eleição do companheiro Evo Morales na Bolívia. [Aplausos.] É a demonstração mais viva dessa evolução política da esquerda latino-americana. [Aplausos.]

Porque esses meninos, e eu digo meninos porque tive o prazer de participar no dia 19 de julho de 1980 do primeiro aniversário da Frente Sandinista quando o orador principal foi Tomás Borges, o dia em que eu conheci Fidel Castro e fomos comer uma lagosta na casa não sei de quem, e eu lembro perfeitamente bem que, depois de chegar ao poder por uma revolução, no momento certo a Frente Sandinista não teve medo e convocou eleições democráticas. Perdeu. Daniel é o único ser humano do planeta que perdeu mais eleições do que eu. Eu perdi três eleições. Daniel perdeu quatro eleições. [Risos.] Quatro eleições. Entretanto, por nenhum momento, por mais acusado que esse companheiro fosse, ele deixou de acreditar que o caminho da democracia que a Frente Sandinista tinha optado era o melhor para a Nicarágua. E agora está o companheiro de volta para a presidência da República pela via do voto direto. Eu, como vocês estão percebendo, tenho muita dificuldade de fazer qualquer discurso de oposição depois de oito anos de governo. (…)”

X.

VÍDEO 6 – JOSÉ DIRCEU FALA DO FORO NO PROGRAMA “PROVOCAÇÕES”

Como escreveu Olavo de Carvalho no facebook:

“Há anos aviso que no Foro de São Paulo o mais importante não são as assembleias, mas as conversações discretas, ou reservadas, onde o destino de vários países é decidido pelas costas da população. Exemplo:”

ANTÔNIO ABUJAMRA: Anos atrás, você podia prever uma América Latina assim: Fidel, Chávez, Morales, Bachelet, Correa… Quem mais? TODOS de esquerda na América do Sul! Você podia prever que isso ia acontecer?

JOSÉ DIRCEU: Prever, não. Mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos por isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava pra isso; depois criamos ainda o Grupo de Marbella, porque é o nome da cidade do hotel onde nós ficamos no Chile, que se reuniu, TODOS foram presi… Todos depois foram eleitos presidentes da República. Todos foram. TODOS. O Ciro Gomes, que participava, e o [mexicano] Cuauhtémoc Cárdenas ainda não foram. Mas o [Vicente] Fox foi [no México]. O [Ricardo] Lagos foi [no Chile]. Tabaré Vazquez foi [no Uruguai]. [Cita outro, inaudível.] O Lula foi. Então você vê que não é o Chávez, o Evo Morales…

ANTÔNIO ABUJAMRA [interrompendo]: Tabaré, Kirchner… Se essa turma se unir, o que é meio difícil, o que é que acontece com a América Latina?

JOSÉ DIRCEU: Não, a condição para a América Latina avançar é a união desses presidentes desses países. Por isso que a informação de que o Banco do Sul está avançando… e a consolidação do Mercosul, e a integração energética, o gasoduto, e mesmo a zona de livre-comércio entre os nossos países… Não há nada mais importante pra nós que a integração da América Latina. Hoje, o NAFTA, a União Europeia e o Pacto Asiático: 70% do comércio é intrabloco. Só 30[%] é exportado para fora do bloco. Aqui na América Latina ou do Sul, ainda é 20 ou 25%. Então nós temos muito para integrar.

XI.

VÍDEO 7 – DISCURSOS DE LULA E DILMA SOBRE FORO E REVOLUÇÃO

LULA: “O que Cuba tem mais do que nós? O povo cubano tem mais dignidade que a maioria dos povos da América Latina. (…) E foi assim que nós conseguimos construir o Foro de São Paulo e pela primeira vez a gente conseguiu juntar todos os partidos de esquerda da América Latina. Não pensem que é fácil! Tem aqui companheiros que partcipam…”

DILMA: “Eu me sinto muito feliz de estar na tenda da revolução cubana, dos 50 anos da revolução cubana, que foi um acontecimento histórico na América Latina e teve uma influência profunda na minha geração. Então eu considero este momento especial.”

XII.

VÍDEO 8 – DISCURSO DE LULA DE 2013 – LULA EXPLICA A ESTRATÉGIA DO FORO DE SÃO PAULO PARA CHEGAR AO PODER

“Em 1990, ou melhor, em 1980, a esquerda latino-americana não acreditava que fosse possível chegar ao poder pela via da disputa democrática e sobretudo pela via eleitoral. (…) E a história se encarregou de provar que a democracia exercida a partir da participação de massas pode ser a melhor fonte para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país do mundo. Vamos ver a experiência do companheiro Chávez (…). É importante lembrar que uma grande parte da elite da Venezuela não admite a chegada de Chávez ao poder (…), como não aceitam o Lula no Brasil e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos, devemos muito aos companheiros cubanos, porque, ao contrário do que muita gente conservadora pensa, os companheiros cubanos sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente. E isso aconteceu e pode acontecer muito mais, porque agora nós temos a obrigação de não permitir que haja nenhum retrocesso nas conquistas que nós obtivemos até agora. Nenhum retrocesso!”

A propósito: os “companheiros cubanos”, segundo Lula, sempre ensinaram o “exercício da tolerância” e da “convivência pacífica” entre os vários setores DA ESQUERDA, é claro. Porque, na Cuba de Fidel e Raúl Castro, a “tolerância” e o “pacifismo” com os opositores políticos sempre foram exercidos com prisões e fuzilamentos mesmo.

XIII.

CINCO CRIMES DO FORO DE SÃO PAULO
8 de agosto de 2013 às 10:16
Por Olavo de Carvalho

1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.

2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.

3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.

4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.

5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.

XIV.

EX-EMBAIXADOR AMERICANO SOBRE A NECESSIDADE DE ESPIONAR O BRASIL: “BASTA LER AS ATAS DO FORO”

Segue abaixo o texto que traduzi na ocasião. A respeito dele, Olavo de Carvalho comentou: “Como é que uma entidade que nem mesmo existe, ou que é apenas um inocente clube de debates, pode criar uma crise diplomática de dimensões mastodônticas? TODOS os que ocultaram ou disfarçaram durante quase duas décadas a existência do Foro de São Paulo são culpados de que ISTO esteja acontecendo agora.”

POR QUE NÓS ESPIONAMOS O BRASIL

Tradução de Felipe Moura Brasil da coluna de Carlos Alberto Montaner, publicada no Miami Herald de 25 de setembro de 2013.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua visita ao presidente Obama. Ela se sentiu ofendida porque os Estados Unidos estavam espionando seu e-mail. Não se faz isso com um país amigo. A informação, provavelmente confiável, foi fornecida por Edward Snowden de seu refúgio em Moscou.

Intrigado, perguntei a um ex-embaixador dos EUA: “Por que eles fizeram isso?” Sua explicação foi duramente franca:

“Do ponto de vista de Washington, o governo brasileiro não é exatamente amigável. Por definição e historicamente, o Brasil é um país amigo que ficou do nosso lado durante a II Guerra Mundial e a da Coreia, mas seu governo atual não está.”

O embaixador e eu somos velhos amigos. “Posso revelar seu nome?”, perguntei. “Não”, respondeu ele. “Isso criaria um problema enorme para mim. Mas você pode transcrever nossa conversa.” É o que farei aqui.

“Tudo que você tem de fazer é ler as atas do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro”, disse ele. “Os amigos de Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são os inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com (Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia dos tempos de Kadafi; a Síria de Bashar Assad.

“Em quase todos os conflitos, o governo brasileiro concorda com as linhas políticas da Rússia e da China, em oposição à perspectiva do Departamento de Estado dos EUA e da Casa Branca. A família ideológica com que mais se parece é a dos BRICS, com os quais tenta conciliar sua política externa. [Os BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.]

“A imensa nação sul-americana não tem nem manifesta a menor vontade de defender os princípios democráticos que são sistematicamente violados em Cuba. Pelo contrário, o ex-presidente Lula da Silva muitas vezes leva investidores à ilha para fortalecer a ditadura dos Castros. O dinheiro investido pelos brasileiros no desenvolvimento do superporto de Mariel, próximo a Havana, é estimado em US$ 1 bilhão.

A influência cubana no Brasil é velada, mas muito intensa. José Dirceu, ex-chefe de gabinete e ministro mais influente de Lula da Silva, havia sido um agente dos serviços de inteligência cubanos. No exílio em Cuba, ele tivera o rosto cirurgicamente alterado. Ele retornou ao Brasil com uma nova identidade (Carlos Henrique Gouveia de Mello, um comerciante judeu) e ficou nessa função até que a democracia foi restaurada. De mãos dadas com Lula, ele colocou o Brasil entre os principais colaboradores da ditadura cubana. Ele caiu em desgraça porque era corrupto, mas nunca recuou um centímetro de suas preferências ideológicas e de sua cumplicidade com Havana.

“Algo semelhante está acontecendo com o professor Marco Aurélio Garcia, atual assessor de política externa de Dilma Rousseff. Ele é um anti-ianque contumaz, pior até do que Dirceu, porque ele é mais inteligente e foi mais bem treinado. Ele fará tudo o que puder para despistar os Estados Unidos.

“Para o Itamaraty – um ministério de relações exteriores reconhecido pela qualidade dos seus diplomatas, geralmente poliglotas e bem educados –, a Carta Democrática assinada em Lima em 2001 é só um pedaço de papel sem importância alguma. O governo simplesmente ignora as fraudes eleitorais cometidas na Venezuela e na Nicarágua e é totalmente indiferente a qualquer abuso contra a liberdade de imprensa.

“Mas isso não é tudo. Há outras duas questões que fazem os Estados Unidos quererem ser informados em relação a tudo o que acontece no Brasil, pois, de uma forma ou de outra, elas afetam a segurança dos Estados Unidos: corrupção e drogas.

O Brasil é um país notoriamente corrupto e essas péssimas práticas afetam as leis dos Estados Unidos de duas maneiras: quando os brasileiros utilizam o sistema financeiro americano e quando eles competem de forma desleal com empresas dos EUA, recorrendo a subornos ou comissões ilegais.

“A questão das drogas é diferente. A produção de coca boliviana quintuplicou desde que Evo Morales se tornou presidente, e o distribuidor dessa substância é o Brasil. Quase tudo acaba na Europa, e os nossos aliados estão querendo informações. Essas informações, às vezes, estão nas mãos de políticos brasileiros.”

Minhas duas perguntas finais são inevitáveis. Washington apoiará a candidatura do Brasil a membro permanente no Conselho de Segurança da ONU?

“Se você perguntar para mim, não”, diz ele. “Nós já temos dois adversários permanentes: Rússia e China. Não precisamos de um terceiro.”

Para finalizar, os Estados Unidos continuarão espionando o Brasil?

“Com certeza”, ele me diz. “É nossa responsabilidade para com a sociedade americana.”

Acho que Dona Dilma deveria trocar seu e-mail com frequência.

XV.

ÁUDIO – GRAÇA SALGUEIRO EXPLICA A HISTÓRIA DO FORO

Em excelente entrevista para Bruno Garschagen sobre a ditadura chavista assassina de Nicolás Maduro na Venezuela, no 112º Podcast Mises Brasil, a autora do incontornável blog NotaLatina, Graça Salgueiro, faz um resumo do Foro de São Paulo, a partir dos 30 minutos, que transcrevo abaixo.

GRAÇA: Em 1990, quando a Rússia já tinha rompido os acordos com Cuba, tinha acabado com a proteção que oferecia a Cuba, o Fidel Castro viu que as coisas não estavam caminhando no rumo socialista como ele imaginava, a revolução dele poderia despencar, e também com o “fim” do comunismo na União Soviética, a dissolução da URSS com a queda do Muro de Berlim, tudo isso deixou o comunismo de uma certa forma meio sem chão. Então, ele já conhecia o Lula, convidou o Lula para formar um grupo, para ter um encontro e, em 2 de julho de 1990, eles tiveram um encontro aqui em São Paulo, e por conta disso, por ter sido o primeiro encontro em São Paulo, eles então passaram a denominá-lo no ano seguinte de Foro de São Paulo. Nesse evento, eles convocaram todos os países da América do Sul e Central que fossem de esquerda e também organizações ligadas à esquerda. Além dessas organizações ligadas à esquerda, também tinha grupos terroristas como as Farc, o ELN [Exército de Libertação Nacional, da Colômbia], o Sendero Luminoso [de inspiração maoísta, do Peru], enfim (…). E o objetivo dele, do Fidel Castro quando resolveu criar essa organização, foi muito claro: ele disse que pretendia recriar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu. Então foi assim que foi criado o Foro de São Paulo e, à medida que os anos foram passando, essas reuniões passaram a ser anuais, tendo três encontros do grupo de trabalho do Foro de São Paulo que é quem elabora realmente a pauta do que vai ser discutido no próximo encontro e o encontro anual se dá uma vez em cada país-membro, que é escolhido na reunião que está acontecendo… e durante todo o ano eles vão pondo em prática aquelas atividades, aquelas coisas que foram determinadas lá na pauta desse encontro. Saem as resoluções: tem uma resolução geral e tem as resoluções específicas de cada país. Por exemplo: quando vai haver eleição nos países, então ali está a pauta dizendo: vai ter eleição no Brasil, vai ter eleição no Chile, vai ter eleição não sei aonde, e a gente precisa apoiar o candidato X. Então aquele candidato citado ali é o candidato do Foro de São Paulo. E foi assim que eles conseguiram colocar no 15 presidentes-membros da organização, do Foro de São Paulo.

BRUNO: E esse apoio se dava como, Graça?

GRAÇA: Esse apoio se dava de todas as formas que você imagina. Por exemplo, eles defendem muito a não ingerência nos países dos outros, a autodeterminação dos povos, não sei o quê, eles usam muito essas expressões, mas eles não cumprem nenhuma delas. Eu não sei se você viu, mas se alguém quiser fazer a pesquisa, vai encontrar pelo Youtube vídeo do Lula apoiando e pedindo votos para Hugo Chávez [ver item I] e agora mais recentemente para o Nicolás Maduro [ver item XVII]; o Chávez fazendo vídeo para pedir vota para Dilma. Fora isso eles mandam grupos de estudos, como eles chamam, para visitar universidades, para visitar organizações, fazem palestras, dão dinheiro, rola dinheiro pelo meio também. Tem apoio financeiro e tem apoio logístico também. Então eles se apoiam muito. Agora nem sempre eles ganham, por exemplo agora em El Salvador eles perderam: vai haver um segundo turno ainda, mas eles perderam [o 1º]. [Na verdade, eles acabaram ganhando o segundo…] Eles perderam no Paraguai, mas ganharam no Chile: a Michele Bachelet voltou. Então é sempre assim. E nessa história eles conseguiram colocar nos governos, no comando das nações 15 presidentes, já houve alternâncias, alguém já perdeu, já voltou… E foi por conta disso que o Lula não permitia de forma alguma que no Brasil se falasse sobre o Foro de São Paulo até que a coisa estivesse mais estabilizada, mais solidificada, que houvesse bastantes países com presidente do Foro para poder a coisa ficar firme. Ele mesmo disse que se a gente estivesse… Tem um pronunciamento que ele fez [ver item V], acho que foi no aniversário de 15 anos do Foro de São Paulo [sim, foi], ele fez um comentário que disse assim: se nós tivéssemos (mais ou menos isso, né, não são essas palavras mesmo, né), se nós não tivéssemos escondido das pessoas o que estávamos fazendo, o Foro de São Paulo hoje não teria um índio presidente, um metalúrgico presidente, não teria não sei o quê, enfim, ele confirma que foi preciso esconder da mídia, esconder do povo o que eles tramavam ali para poder a coisa dar certo.

BRUNO: Exato. E só para registrar aqui, para fazer justiça, o professor Olavo de Carvalho foi quem durante anos falou sozinho no deserto sobre o Foro de São Paulo.

GRAÇA: Exatamente. E eu comecei a estudar sobre o Foro de São Paulo através do Olavo. Foi o primeiro contato que eu tive com o professor Olavo, em 1999, numa conversa por telefone, ele me falou do Foro de São Paulo. E aquilo me impressionou muito e me dediquei de corpo e alma a estudar o Foro de São Paulo desde então, né. É dedicação exclusiva. E isso daí eu agradeço ao Olavo realmente, porque até então ninguém falava. Claro, ele não foi o precursor o doutor Graça Wagner quem falou para ele, mas ele era a voz da mídia, na época ele escrevia para jornais: O Globo, a Folha, o Jornal da Tarde, a Zero Hora, então ele era uma voz que estava na mídia e, por conta disso, ele perdeu todos esses empregos, porque ele falava o que não podia falar.

XVI.

VÍDEO 9 – VICE-ALMIRANTE VENEZUELANO MARIO IVÁN CARRATÚ DENUNCIA O FORO DE SÃO PAULO NA NTN24

De fora da Venezuela de Maduro em função das ameaças de morte, Carratú dá o alerta à América Latina sobre o poder do Foro, a partir dos 2min56seg.

“Primeiro, minhas saudações fraternas desde o exterior. Temos de seguir lutando. E aos países irmãos e cidadãos do continente: que tenham MUITA atenção com a penetração de grupos radicais de esquerda sob a ótica do Foro de São Paulo, que está tentando tomar o poder na maioria dos nossos países, faltando apenas Colômbia, Peru e República do Chile. Os demais têm, de uma ou outra maneira, este tipo de contato, este tipo de ações… O que devo, sim, ressaltar e devo reafirmar é que a Venezuela, desde 1992, está entregue às mãos de Fidel Castro…”

XVII.

VÍDEO 10 – MENSAGEM DE LULA EM APOIO A MADURO

Sim: Lula, como não poderia deixar de ser, também fez campanha para Maduro, o atual comandante da ditadura assassina da Venezuela, que no momento da publicação deste post já contava 36 mortos durante a onda de protestos no país. Como escrevi aqui: Ditadura no (…) dos outros é democracia.

XVIII.

VÍDEO 11 – REINALDO AZEVEDO RELACIONA MENSALÃO E FORO DE SÃO PAULO

REINALDO AZEVEDO: O que eles queriam era criar um Congresso paralelo. Então você tem, segundo a divisão do coleguinha Montesquieu, você tem a divisão dos três poderes. O que eles queriam era anular um poder. Era o Executivo se organizando, entendo eu, numa quadrilha, para comprar uma fatia do Congresso e ter um Congresso do B, um outro Congresso, de maneira que você torna a democracia, o processo democrático, irrelevante. Isto faz parte de um projeto, atenção, é grande, das esquerdas latino-americanas, que estão organizadas no Foro de São Paulo. Isto não é paranoia. Durante muito tempo, quem falava do Foro de São Paulo eram Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e mais dois ou três malucos. Não. Ele existe! O Foro de São Paulo existe! Em cada país, ele tem um projeto. Nos países onde eles chegaram ao poder e as instituições estavam no chão, eles partiram diretamente pro solapamento da democracia. Então é o caso em curso na Venezuela…

RICARDO SETTI: E criaram instituições fajutas…

REINALDO AZEVEDO [concordando]: Instituições fajutas.

AUGUSTO NUNES: E você também vai aparelhando o Judiciário.

REINALDO AZEVEDO: E vai aparelhando o Judiciário. Lá também. Então é assim que foi na Venezuela, assim está em curso no Equador, está em curso na Bolívia, e agora na Argentina, porque todos esses presidentes chegaram ao poder com as instituições ao rés do chão. No Brasil, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao poder com um país, a despeito de suas mazelas, de seus problemas, com um país razoavelmente organizado institucionalmente. E, portanto, você não pode ir solapando assim o processo democrático… O próprio Supremo está dizendo agora pra essa gente: “Atenção que ainda não dá pra fazer o que vocês querem.” Então aí você parte pra outro [caminho]… Atenção: o mensalão é o bolivarianismo exercido por outros meios. Se o bolivarianismo, nesses países da América Latina, você exerce com milícias armadas nas ruas, com massas, com confronto, com perseguição, com fechamento de jornais, cassação de licença de TV, sabe? No Brasil, não dá pra fazer isso. No Brasil, eles foram por outro meio. No Brasil, eles foram comprar o Congresso. Comprar o Congresso com dinheiro público. Calcule a ousadia. Quer dizer… Acusam muitas vezes os críticos do PT, eu mesmo já fui acusado disso umas quinhentas vezes: “Você acha que o PT inventou a corrupção!” Não, eu não acho que o PT inventou a corrupção. A corrupção é antiquíssima. A corrupção surge junto com o processo político. Eu não estou dizendo que o PT inventou a corrupção. O que eu sempre disse, sustento, é que o PT tentou alçar a corrupção a categoria de pensamento. Tentou transformar a corrupção em categoria de pensamento. ISTO é novo no processo político brasileiro. Novo: surgido com eles. Isso é muito grave. Foi isso que eles tentaram fazer. Corrupção aqui, acolá, sempre houve, e tem de ser exemplarmente punida. Agora, [aquilo para] o que o Brasil está dizendo “não”, [aquilo para] o que o STF está dizendo “não”…

RICARDO SETTI: É ao projeto de poder.

REINALDO AZEVEDO: O projeto de poder conquistado desta maneira não pode. A Carmen Lúcia fez um bom pronunciamento hoje lembrando que a política é a única forma civilizada que a gente tem de governar. Agora tem de ser com ética, porque, se não for com ética, aí então é com guerra, é com bagunça, é com confronto.

AUGUSTO NUNES: Perfeito.

XIX.

ATAS DO FORO DE SÃO PAULO

Disponíveis no site Mídia Sem Máscara – AQUI.

SITE DO FORO DE SÃO PAULO – AQUI.

MEMBROS OFICIAIS DO FORO DE SÃO PAULO – AQUI.

FORO DE SÃO PAULO NO SITE DO PT – AQUI.

ARTIGOS DE SILVIO GRIMALDO:

– Foro de São Paulo, 23 anos depois, na Gazeta do Povo [25/08/2013]

– Os médicos do Foro de São Paulo, no Mídia Sem Máscara [12/09/2013]

MAIS SOBRE ESSES E MUITOS OUTROS ASSUNTOS…

…no nosso best seller: O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.

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Pois bem. Está de bom tamanho por hoje? Acrescentarei mais informações a qualquer momento.

Agora, em vez de sair copiando e colando por aí tudo que eu transcrevi, organizei e expliquei aqui, compartilhe o link desta página [http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/24/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil] e dê o crédito ao autor, ok? Vamos juntos educar os amigos sobre o maior inimigo do Brasil. Obrigado.

Felipe Moura Brasil – http://www.veja.com/felipemourabrasil

Corrupção: doleiro inicia delação de políticos

Youssef citou nomes já delatados pelo ex-diretor da Petrobras e fez referências a outros políticos que não foram mencionados.

Corrupção

Fonte: O Globo

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Doleiro delata mais políticos envolvidos em corrupção

Na primeira conversa que teve com investigadores da Operação Lava-Jato depois de fazer acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef abriu o jogo e confessou ter feito caixa dois, movimentação não declarada de dinheiro, para o PP (Partido Progressista). Numa demonstração de que está mesmo disposto a colaborar com a Justiça, Youssefcitou nomes já delatados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e fez referências a outros políticos que não teriam sido mencionados até o momento no escândalo da Operação Lava-Jato, segundo revelou ao GLOBO um dos investigadores.

DEPOIMENTO SEGUNDA

Youssef denunciou fraudes e indicou os supostos envolvidos na Petrobras e em outras áreas da administração pública ao acertar as cláusulas do acordo de delação premiada assinado com o Ministério Público Federal, na quarta-feira. A série de depoimentos formais da delação só começa na próxima segunda-feira.

No primeiro encontro com a força-tarefa do MP, o doleiro fez uma explanação geral das irregularidades que pode denunciar e mencionou nomes de políticos, operadores de alguns partidos (e não apenas do PP), e contratos supostamente fraudados.

A base do acordo é a produtividade. Quanto maior o volume de informações seguras oferecidas pelo doleiro, maior será a redução de suas futuras punições. Parte das informações fornecidas pelo doleiro coincide com relatos de Paulo Roberto Costa. Pelas investigações do Ministério Público Federal e da PF, os dois fizeram vários negócios em conjunto. Costa fazia a intermediação dos contratos. Youssef se encarregava da lavagem do dinheiro. Mas já está claro para os investigadores que eles tinham também negócios em separado.

Ao final da série de depoimentos, os investigadores deverão confrontar as informações do doleiro e do ex-diretor. Se for necessário, os dois serão submetidos a uma acareação. Youssef prometeu também apresentar provas ou, em alguns casos, indicar como cada informação poderia ser checada. O doleiro decidiu fazer acordo de delação depois de passar seis meses preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Segundo advogados, Youssef não suportou a pressão da família.

Ele também se viu sem saída depois que Costa e pelo menos mais quatro outros cúmplices decidiram colaborar com a Justiça e contar detalhes dos negócios dele. Entre os colaboradores que entregaram parte dos segredos do doleiro está a contadora Meire Poza e o advogado Carlos Alberto Pereira, ex-administrador da GFD Investimentos, uma das principais empresas de Youssef.

— Ele estava cercado de delatores — disse o advogado Antônio Figueiredo Basto, ao explicar a decisão de Youssef pelo acordo de delação premiada.

MP PEDE CONDENAÇÃO DE 8 REÚS

Na quinta-feira, o Ministério Público Federal pediu a aplicação de uma pena de 47 anos e 15 dias de prisão para a doleira Nelma Kodama, parceira de Youssef. Foi o primeiro processo da Operação Lava-Jato que chegou na fase de alegações finais. Os procuradores pediram a condenação de oito réus. Luccas Pace Júnior está entre eles, mas, como foi o primeiro delator a ter a colaboração homologada pela Justiça, o MP pede que sua eventual pena seja cumprida em regime aberto.

Nelma era uma das operadoras de câmbio negro do esquema desmontado pela Polícia Federal. Ela foi presa na véspera da operação com 200 mil euros na calcinha tentando embarcar no aeroporto de Guarulhos (SP) rumo a Milão, na Itália.

Mensalão: Lula foge da PF e não atende convite para depoimento

Mensalão: PF tenta há sete meses ouvir Lula nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 por Marcos Valério.

Sem esclarecimento: Mensalão do PT e o envolvimento de Lula

Fonte: Folha de S.Paulo

Polícia tenta ouvir Lula há sete meses sobre o mensalão

Ex-presidente não atende convite por temer que teor de depoimento vaze para imprensa durante a campanha

Objetivo da polícia é ouvir petista sobre acusações feitas pelo empresário Marcos Valério em 2012

Polícia Federal tenta há sete meses ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 pelo operador condenado no mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza.

Segundo a Folha apurou, Lula foi convidado a ajudar na apuração em fevereiro deste ano. Não se trata, portanto, de intimação.

Apesar de reiterado algumas vezes, o convite ainda não foi atendido por temor de que o interrogatório seja vazado à imprensa – ainda mais em um ano eleitoral.

Pessoas próximas ao ex-presidente argumentam que o petista fez chegar à PF, por meio de representantes, o recado de que está disposto a colaborar com as investigações, mas teme que um depoimento agora seja explorado politicamente por adversários.

A delegada Andrea Pinho, responsável por apurar em Brasília denúncias feitas por Valério sobre um suposto envolvimento do ex-presidente no mensalão, negocia, sem sucesso, um encontro com o petista desde fevereiro.

Nos últimos meses, a cúpula da PF mostrou-se dividida em relação ao interrogatório de Lula.

Alguns acreditavam ser inócuo o depoimento do ex-presidente, que poderia recorrer ao direito de falar somente na Justiça caso as investigações se transformem em ações penais. Outros insistiam no seu comparecimento, argumentando ser possível assegurar sigilo absoluto em relação ao conteúdo das declarações prestadas.

Lula não foi intimado pela delegada e, se depender da vontade do comando da polícia, não o será. Na avaliação interna, tal medida seria exagerada.

Em setembro de 2012, Marcos Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas.

Valério acabou sendo condenado a mais de 40 anos de prisão por diversos crimes, entre eles lavagem de dinheiro. No depoimento de 2012, ele acusou Lula de saber da existência do mensalão e de ter se beneficiado pessoalmente do esquema.

Entre as alegações, afirmou ter repassado cerca de R$ 100 mil por meio de uma empresa de um ex-assessor de Lula para pagar despesas pessoais do então presidente em 2003.

Afirmou, ainda, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci intercederam junto à companhia Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT.

As declarações de Valério se transformaram em pelo menos dois inquéritos policiais, que tramitam em Brasília e Minas Gerais. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Desses, pelo menos dois já foram arquivados.

A delegada Andrea Pinho foi removida do cargo que ocupava na Superintendência da PF em Brasília em fevereiro, mas continuou à frente da investigação.

Procurado, o Instituto Lula não se pronunciou.

Santander: Aécio critica terrorismo eleitoral do PT

Aécio disse que atitude do Governo Dilma é inócua e “coloca mais luz no que é a percepção geral: que o governo perdeu credibilidade”.

Terrorismo eleitoral do PT

Fonte: Valor Econômico

Aécio diz que ‘terrorismo’ eleitoral teve origem no governo

O senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB à Presidência da República, afirmou ontem que a crítica da presidente Dilma Rousseff ao banco Santander – pela análise enviada a clientes prevendo que eventual reeleição da petista teria efeitos negativos sobre a economia – é inócua e “coloca mais luz no que é a percepção geral: que o governo perdeu a capacidade de inspirar a credibilidade”.

Em sabatina realizada por “Folha de S.Paulo”, UOL, SBT e rádio Jovem Pan, a presidente considerou “inadmissível para qualquer país aceitar qualquer nível de interferência de qualquer integrante do sistema financeiro de forma institucional no sistema político”.

Aécio afirmou que essa avaliação é feita por bancos, empresários, agências de risco e Fundo Monetário Interncional (FMI). “É a avaliação geral, que tenho ouvido dos analistas. Não quero ser porta-voz [dessas avaliações], porque isso tira delas a consistência técnica que elas têm”, disse, em Brasília.

Para o candidato a presidente, o governo deveria estar mais preocupado em “reagir positivamente” em vez de “estimular a punição de funcionário” que fez a análise que achava adequada. “O governo do PT fracassou e não adianta transformar uma análise técnica em política. Esse problema é de economia, não é político.”

Aécio reagiu a críticas de petistas, segundo as quais a avaliação feita pelo Santander faz parte da “política de terror” adotada pela oposição para disseminar o pessimismo na população. “Terrorismo, infelizmente, é o governo que instalou no país”, disse o candidato tucano. “Eu sempre disse que esse governo estava cada vez mais à beira de um ataque de nervos. Hoje eu digo que o governo já está vivendo um ataque de nervos”.

Também presidente nacional do PSDB, o senador afirmou que o partido está examinando a possibilidade de entrar com alguma ação judicial contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo fato de ele ter feito pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) para adiar a votação do relatório sobre a operação da Petrobras que resultou na compra darefinaria de Pasadena.

“Essa campanha vai ser judicializada, porque o PT não sabe separar o público do privado. Essas ações são sucessivas”, disse. Referia-se também às denúncias de que técnicos de vários ministérios foram encarregados de preparar material para a presidente usar no debate eleitoral que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fará hoje com os três principais candidatos a presidente da República.

Em conversa com jornalistas, Aécio continuou sem esclarecer as dúvidas em relação ao aeroporto construído por ele, durante sua gestão no governo de Minas Gerais, em propriedade de um parente, no município de Cláudio. Uma das dúvidas é quantas vezes ele teria pousado na pista.

“Isso é irrelevante. Não vou cair na armadilha de desviar o foco do essencial, que é apresentar propostas para o país”, disse. Voltou a afirmar que foi feita uma denúncia “leviana” contra ele, de que teria feito obra pública em propriedade privada e beneficiado um parente. “Isso não é verdade. (…) Cada um que faça seu julgamento.”

Aécio mostrou-se otimista com as pesquisas de intenção de voto realizadas nos Estados e com o interesse demonstrado pelos candidatos às eleições proporcionais em fazer propaganda casada com a dele, para presidente. Segundo o presidenciável, até o dia 10 de agosto deverá ter material de propaganda de sua campanha espalhado em todo o país.

O senador afirmou estar cumprindo intensa agenda de viagens. Entre os dias 10 e 15 de agosto, por exemplo, pretende visitar todos os nove Estados do Nordeste.

Já a presidente, na avaliação de Aécio, vai fazer uma campanha “sitiada”, sem se movimentar muito pelo país. Admitiu que ela não precisa fazer muita campanha neste momento, por ser bastante conhecida. Afirmou que o grande ativo do PT é o tempo de TV para a propaganda eleitoral gratuita.

“Eu não desprezo isso. Eles vão apostar tudo no tempo de TV”, disse. Já Aécio aposta no “exército” de candidatos a deputado.

Aécio Neves participa de evento do Estadão e afirma: Governo do PT não representa o funcionamento da máquina pública

“Aparelhamento político, falta de ética e falta de decência na administração dos recursos públicos são os principais legados do PT”.

Avaliação é do presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à presidência da República, senador Aécio Neves (MG).

Fonte: PSDB

Aécio: PT deixará como legado o descaso com a ética e a decência

aparelhamento político e a falta de comprometimento com a ética e com a decência na administração dos recursos públicos são os principais legados que o PT deixará para os brasileiros. Essa é a avaliação do presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à presidência da República, senador Aécio Neves (MG).

“Se me perguntarem qual o mais perverso legado desse período do governo do PT, diria que foi o absoluto pouco comprometimento com a ética e com a decência na administração dos recursos públicos. Nesse governo, o que era proibido é ser pego. O que estamos assistindo em várias áreas do governo é a complacência com o equívoco. Isso é o filho danoso e perverso do aparelhamento da máquina pública”, criticou o tucano durante debate promovido pelo Estadão em São Paulo, na segunda-feira (02/06).

O evento organizado pelo Estadão reuniu cerca de 300 empresários em um hotel da capital paulista. O encontro foi acompanhado pelo diretor do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, entre outros líderes empresariais. A entrevista com Aécio faz parte de um ciclo de debates sobre o Brasil com os principais pré-candidatos a presidente. Convidada pelo Estadão, a presidente Dilma Rousseff não compareceu.

Ao comentar os atrasos e as promessas não cumpridas pelo governo federal em relação à Copa do Mundo e a outros projetos, Aécio disse que a presidente Dilma virou refém do gigantismo da máquina pública, hoje com 39 ministérios.

“O aparelhamento do Estado brasileiro, que hoje atende a um projeto de poder e não de país, é o mais nocivo de toda a nossa história republicana. O aparelhamento alcançou instituições como o IPEA, a Embrapa, o IBGE e está em toda a administração pública. O que acontece no Brasil é vergonhoso. A ausência de limites deste governo deve, sim, ser motivo de preocupação não apenas da oposição, mas de toda a sociedade brasileira”, avaliou Aécio Neves.

O tucano defendeu a adoção de critérios técnicos para a ocupação de cargos públicos como forma de melhorar a eficiência da gestão pública e de combater os desvios.

Quando você não qualifica, não estabelece critérios para a indicação das pessoas, não acompanha a ação das pessoas, é um sinal de que tudo pode. Essa será uma revolução a ser feita. Resgatar na sociedade brasileira o respeito ao setor público, a partir de uma ação responsável dos agentes públicos. Quero viver, rapidamente, a partir de 2015, em um país onde ética e eficiência possam caminhar juntas”, disse Aécio Neves ao final de sua apresentação.

Aécio e CNBB: reforma política é prioridade para o Brasil

Em encontro com Dom Raymundo Damasceno, Aécio conversou sobre reforma política, ética e participação dos jovens na vida pública.

Aécio Neves: reforma política

Fonte: PSDB

Aécio e CNBB concordam que reforma política é prioridade para o Brasil

“Recentemente o Papa Francisco fez um convocação aos cristãos que participem da vida política, não apenas votando, mas, sempre que possível, também sendo votados”, diz Aécio após visita ao Santuário de Aparecida.

Em visita a Aparecida (SP), nesta quinta-feira (29/05), o presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves (MG), se reuniu com o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno. Amigos desde que Aécio era governador de Minas Gerais, eles conversaram sobre reforma política, ética e participação dos jovens na vida pública.

“Vim fazer um visita ao Dom Damasceno, porque há hoje uma preocupação muito grande da CNBB também com a agenda política. Há uma convergência muito grande de sentimento entre aquilo que propõe a CNBB para a reforma política com aquilo que achamos necessário. É uma visita pessoal a um amigo de longa data”, afirmou Aécio Neves, em entrevista coletiva à imprensa na residência oficial do arcebispo.

Papa Francisco

Ao falar com os jornalistas, Aécio lembrou mensagem recente do Papa Francisco a favor da participação da sociedade na vida pública.

“Recentemente o Papa Francisco fez um convocação aos cristãos que participem da vida política, não apenas votando, mas, sempre que possível, também sendo votados. Ele falava da política como um instrumento de servir e de atender a demanda da sociedade”, lembrou Aécio.

O presidente nacional do PSDB chegou à cidade no início da tarde, acompanhado do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, e dos deputados federais César Colnago (ES) e Luiz Carlos Hauly. Após o encontro, eles visitaram o Santuário Nacional de Aparecida, onde fica a imagem de Nossa Senhora, padroeira do Brasil para os católicos.

PSDB rebate ministra

PSDB rebateu declarações da ministra do Desenvolvimento Social que criticou projeto de Aécio Neves que propôs mudanças no Bolsa Família.

PT contra mudanças no Bolsa Família

Fonte: O Globo

PSDB rebate ministra e diz que Aécio luta contra ‘corrupção que toma conta do governo do PT

Nota do partido lista feitos do tucano no governo de Minas e no Senado, ao responder a pergunta ‘onde esteve Aécio nos último 11 anos?’ feita por Tereza Campello

PSDB rebateu nesta quinta-feira, em tom duro, as declarações da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, com críticas ao projeto do senador tucano Aécio Neves (MG) com mudanças no Bolsa Família. Ontem, a ministra afirmou que a proposta de Aécio “ não tem pé nem cabeça”, afirmou que o projeto foi aprovado de forma “atabalhoada, açodada e leviana” por este ser um ano eleitoral. Na nota, o PSDB faz críticas ao governo petista e afirma que o senador esteve, nos últimos 11 anos, “lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT” no Senado.

Segundo os tucanos, a ministra misturou propostas e colocou sob autoria de Aécio propostas de outros parlamentares. Para o questionamento de Tereza Campello “onde estava o senador Aécio Neves nestes 11 anos que não tratou do Bolsa Família?”, o partido contra-atacou, afirmando que “nos últimos 11 anos, o senador Aécio Neves estava governando Minas”, e passando a listar feitos do governo dele no estado.

Na nota, o PSDB também afirma que Aécio Neves estava no Senado Federal nesse período, onde estava, de acordo com a nota, “Debatendo com os senadores a melhoria do Bolsa Família; lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT; defendendo que a linha de extrema pobreza no Brasil respeite as Metas do Milênio e a promessa feita pelo governo federal a milhões de brasileiros; e propondo que a extrema pobreza seja tratada num campo mais amplo e que abranja as privações sociais que ultrapassam a questão da renda”.

O projeto do PSDB foi aprovado com um voto de diferença em comissão. Ele altera a lei que criou o programa Bolsa Família e propõe duas mudanças: garante por mais seis meses o pagamento do benefício quando os chefes de família conseguirem emprego com carteira assinada e exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos (revisão já prevista em Portaria do Ministério do Desenvolvimento Social). A proposta foi aprovada por 10 votos a favor e nove contra, numa votação apertada. O PT votou contra, alegando que isso afetaria o Bolsa Família.

PT suja imagem da Petrobras, diz Aécio

“Está na hora de a presidente da República devolver limpo o macacão dos funcionários da empresa”, comentou o senador.

Petrobras sem gestão

Fonte: O Globo 

No Rio, Aécio diz que Dilma tem que ‘devolver limpo’ o macacão da Petrobras

Pré-candidato tucano esteve na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDBAécio Neves, respondeu na tarde desta terça-feira, no Rio de Janeiro, às acusações da presidente Dilma Rousseff, que afirmou em Pernambuco que a oposição está empenhada em ‘ferir’ a imagem da Petrobras. Na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Aécio disse que Dilma deve devolver “limpo” o macacão da empresa.

— Está na hora de a presidente da República devolver limpo o macacão dos funcionários da empresa. Quem está sujando a imagem da Petrobras é o PT, que estabeleceu o aparelhamento através da irresponsabilidade, que resulta na prisão de diretores em operações da Polícia Federal — disparou o tucano.

Para Aécio, que mais cedo esteve em Salvador, o caminho correto é Dilma pedir desculpas aos brasileiros, aos servidores da empresa e aos trabalhadores que investiram seus recursos nas ações da Petrobras. O senador mineiro disse que, se esses trabalhadores que investiram anteriormente compraram R$ 100 em participações da empresa, hoje eles teriam R$ 35, pois houve uma desvalorização de 75% dos papéis da estatal.

Aécio citou como exemplo de irresponsabilidade o preço pago pela refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Também enfatizou que o PSDB, acusado pelos petistas de tentar privatizar a estatal, quer a “reestatização” da Petrobras, hoje nas mãos do PT.

Aécio não descartou a possibilidade de repetir no Rio a aliança com PMDB anunciada na Bahia. Ele diz que tem conversado com forças da base aliada no estado, como Francisco Dornelles (PP), Paulinho da Força (Solidariedade), Jorge Picciani (PMDB) e Indio da Costa (PSD). O tucano também afirmou que estão avançadas as negociações com DEM e PPS para a formação de um palanque.

CPI da Petrobras: Aécio diz que PT está ‘à beira de ataque de nervos’

Aécio criticou estratégia de protelação da CPI da Petrobras por parte do governo para investigar as denúncias de corrupção e má gestão.

Petrobras aparelhada

Fonte: O Globo 

Aécio diz que PT é partido ‘à beira de ataque de nervos’

Tucano afirma ainda que contratações de R$ 90 bilhões pela Petrobras sem licitações é uma ‘bofetada na cara dos brasileiros’

senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à presidência da República, criticou nesta segunda-feira em Porto Alegre a estratégia de protelação da CPI da Petrobras por parte do governo para investigar as denúncias de corrupção e má gestão na estatal e disse que a contratação de R$ 90 bilhões sem licitações é uma “bofetada na cara dos brasileiros”. Segundo Aécio, o PT é um partido “à beira de um ataque de nervos”.

– Esse dado que a imprensa nacional revela hoje (ontem) é assustador: R$ 90 bilhões foram gastos sem licitação (pela Petrobras) usando artifícios de uma lei de 1998. É uma bofetada na cara dos brasileiros – disse durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Ciceroneado por líderes do PPDEM e Solidariedade, com quem tenta fechar alianças para ter um palanque no Estado, Aécio afirmou que o recurso ao STF pedindo que a CPI seja instalada imediatamente, que será apresentado nesta terça-feira, é uma medida para garantir às minorias o direito de investigação.

– É uma vergonha, uma hipocrisia (a estratégia do governo). Seria irresponsabilidade de nossa parte que não apresentasse esse recurso (ao STF) porque se trata de um expediente perigoso. Não permitir a instalação é, no meu ver, quase uma confissão de culpa daqueles que não querem a investigação – afirmou.

O senador também informou que está articulando no Congresso a criação de uma frente parlamentar para investigar os métodos de pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que na semana passada reconheceu erro na tabulação de um levantamento sobre o comportamento sexual dos brasileiros. Segundo Aécio, o instituto deixou de ser um organismo que representa os interesses do país para ser um órgão “em defesa de um governo”.

– O Ipea é um instituto de pesquisa de excelência, que serve de base para a formulação de políticas públicas. Infelizmente, o aparelhamento da máquina pública chegou a estatais que antes eram inexpugnáveis a intervenções políticas – argumentou.

Aécio também minimizou as pesquisa eleitorais recentes, que o colocam com intenção de votos estagnada entre 14% e 16%.

– É preciso ver as pesquisas com reservas. Mas nos parece que o sentimento isonômico da população é de que são necessárias mudanças profundas. Há quatro anos, nesse mesma época, o sentimento era exatamente inverso – avaliou.