Expansão da violência: Governo Dilma cruza os braços, diz Aécio

Aécio voltou a cobrar do governo federal respostas rápidas para combater a expansão da violência que assola estados e grandes cidades.

Segurança Pública

Fonte: PSDB-MG 

Governo cruza os braços para 50 mil assassinatos por ano no Brasil, diz Aécio

presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), voltou a cobrar do governo federal respostas rápidas e eficientes para combater a expansão da violência que assola os estados e grandes cidades brasileiras. Em viagem à Bahia – estado com maior crescimento percentual de homicídios da última década, com aumento de 340% -, Aécio afirmou que o Brasil carece de política nacional de segurança pública e criticou o governo da presidente Dilma pela omissão diante dos 50 mil homicídios registrados anualmente no país.

Para Aécio, o governo cruza os braços para o problema. “Neste cenário de grandes desafios, sinto que tem faltado ao país o sentido mais alto da Federação. Tem nos faltado solidariedade política e responsabilidade compartilhada. Na prática, o que assistimos hoje é o governo central terceirizando os problemas e cruzando os braços diante de 50 mil assassinatos por ano”, disse durante discurso na Câmara de Vereadores de Salvador na noite desta segunda-feira (12), após receber o título de Cidadão Soteropolitano.

Aécio lembrou que o governo federal participa com apenas 13% de tudo o que é gasto com segurança pública em todo o país. A maioria dos recursos – 87% – fica a cargo de estados endividados e municípios com grandes dificuldades de fazer novos investimentos.

Além da baixa participação federal com combate à criminalidade, o presidente nacional do PSDB acusou o governo petista de bloquear os recursos federais para a área de segurança pública. “Há um crônico contingenciamento dos recursos dos fundos setoriais da segurança. Em todo o governo Dilma, dos R$ 4,1 bilhões destinados a eles, só foram pagos apenas ou 26%”, afirmou Aécio Neves.

Combate à miséria

Em seu discurso, Aécio Neves também defendeu o Bolsa Família ao dizer que o programa será aprimorado em um eventual governo do PSDB. O tucano afirmou que é preciso garantir que os programas de transferência de renda passem a ser um direito de cidadania e não uma benemerência de qualquer governo.

O tucano voltou a cobrar da base governista de Dilma a votação de projeto de sua autoria que transforma o Bolsa Família em política de Estado, independentemente do partido que esteja no Palácio no Planalto. O programa será discutido nesta quarta-feira (14/05) na Comissão de Assuntos Sociais no Senado.

“Chegou a hora de mudar para enfrentar, de verdade, o atraso e a pobreza seculares, que tiram dos brasileiros a perspectiva de crescimento e de construírem o seu próprio destino. O país está nos dizendo que não aceita mais apenas a gestão diária da pobreza e exige a sua superação definitiva. É hora de avançar mais, sem proselitismo, sem demagogia, sem remendos”, afirmou Aécio Neves.

Outra medida, defendeu o presidente do PSDB, é recuperar o patamar de renda internacionalmente que define a linha da pobreza extrema.

“Ninguém sabe porque o governo federal abandonou o paradigma da ONU e só agora, em ano de eleição, lembrou-se de reajustar o beneficio, ainda assim de forma insuficiente, que não alcança os 1,25 dólar/dia, preconizados pelas Nações Unidas. Com ele, o programa deveria estar praticando hoje o valor mínimo 83 reais”, cobrou Aécio Neves.

2014: Aécio começa definir tabuleiro eleitoral em Minas

2014: Anastasia vai concorrer ao Senado. Com ele no páreo, vaga de senador na chapa de Pimentel passaria a valer menos que uma nota de R$ 3.

Eleições 2014

Fonte: Folha de S.Paulo

Aécio joga em casa

O presidenciável Aécio Neves (PSDB) iniciou ontem uma operação para torpedear o PT em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. Ele avisou a aliados que lançará até o Carnaval o candidato tucano no Estado. Já o governador Antonio Anastasia (PSDB) renunciará em 31 de março para concorrer a senador. Com ele no páreo, a vaga ao Senado na chapa de Fernando Pimentel (PT) passaria a valer menos que uma nota de R$ 3. E os petistas apostavam muito nela para atrair novos aliados.

Pimenta nos outros. O deputado Marcus Pestana ainda sonha com o governo mineiro. Mas Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações de FHC, é favorito para disputar o cargo pelo PSDB.

Vem ni mim. Aécio diz que Fernando Pimentel é um “bom nome” para enfrentar a máquina tucana, há 11 anos no poder em Minas. “Mas é bom lembrar que em 2010 havia duas vagas para o Senado e ele chegou em terceiro…”

Enquanto isso… O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ligou para o presidenciável Eduardo Campos (PSB) na segunda-feira e o convidou para um café no Palácio dos Bandeirantes. Ele citou dados sobre o crescimento de Campos em São Paulo e o parabenizou pelo desempenho.

Para depois . A dupla conversou sobre o possível lançamento de candidato próprio do PSB ao governo paulista. Alckmin respondeu que respeitará a decisão de Campos, mas espera apoio da sigla no segundo turno.

Os magoados. A campanha do PSB vai frear a busca por novos aliados neste início de ano. A ideia é esperar a reforma ministerial de Dilma Rousseff para depois correr atrás dos descontentes.

Guerra fria. Dois auxiliares de Alckmin travam uma disputa velada pelo posto de coordenador-geral de sua campanha à reeleição: o secretário Edson Aparecido (Casa Civil) e o assessor especial João Carlos Meirelles.

Papo com o PIB. Em novo esforço para acalmar investidores, Dilma mandou sua equipe organizar um encontro com altos executivos no Fórum Econômico Mundial. O Planalto espera a presença de 70 CEOs na conversa, a portas fechadas.

Libera aí. A família Perrella pediu à Justiça Federal do Espírito Santo que devolva o famoso helicóptero flagrado com cocaína em novembro. A aeronave pertence a uma empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG).

Agora, não. O advogado dos Perrella, Antonio Carlos de Almeida Castro, foi avisado de que o helicóptero está cedido ao governo capixaba para socorrer cidades afetadas pela chuva. Ele reapresentará o pedido quando a operação terminar.

Monsieur Suplicy. Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) passou o dia mais feliz do que pinto no lixo, como diria o mangueirense Jamelão. A editora Calmann-Lévy, de Paris, avisou que publicará seu livro “Renda de Cidadania” em francês.

Enviado especial Dilma estuda enviar o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a São Luís para acompanhar a crise no Maranhão. Sua pasta coordena os trabalhos da Força Nacional de Segurança, que teve sua permanência prorrogada por mais dois meses nos presídios do Estado.

Herança . Eleito com ajuda de Paulo Maluf (PP), o prefeito Fernando Haddad (PT) voltou a sentir ontem o peso da herança do aliado. Sua licitação bilionária de novos corredores de ônibus foi suspensa pelo presidente do Tribunal de Contas do Município, Edson Simões. Que, por sua vez, chegou ao cargo graças ao ex-prefeito Celso Pitta.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio

“O ataque virulento do PT nos dá a certeza de que temos uma chapa para ganhar. Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto.”
DE BETO ALBUQUERQUE (RS), líder do PSB na Câmara, sobre o texto publicado na página oficial do PT no Facebook que chama Eduardo Campos de “tolo”.

contraponto

O líder de todos os governos
Em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no fim de dezembro, Vital do Rêgo (PMDB-PB) brincou com o extenso currículo do aliado Romero Jucá (PMDB-RR). O peemedebista, como se sabe, conseguiu ser líder dos governos de FHCLula e Dilma Rousseff.
–Vossa Excelência, como líder de plenário histórico, o mais antigo neste Congresso, pode nos ajudar muito –disse o senador paraibano.
–Líder desde João Goulart, diga-se de passagem… –emendou Pedro Taques (PDT-MT).
–Desde Getúlio! –arrematou Vital.

2014: Aécio já conta com apoio de Campos

Eleições 2014: “Se ambos estamos no campo oposicionista, se estamos negociando composições nos estados, creio que convergência é natural”.

Eleições 2014

Fonte: Correio Braziliense 

Aécio já conta com Eduardo

Para o pré-candidato tucano, é natural que as oposições conversem sobre 2014, mas avisa: “Estaremos no segundo turno”

Em suas conversas com deputados e senadores de outros partidos, em especial, aliados do governo Dilma Rousseff, o presidente do PSDBsenador Aécio Neves (PSDB-MG) tem apresentado uma contabilidade potencial de votos para tentar convencer essas legendas a não apostar todas as fichas no PT em 2014. Ontem, ele fez a mesma conta em um jantar com jornalistas em Brasília e deu ainda um motivo a mais para que os partidos se voltem para ele: a possibilidade de o PSDB ter o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, em seu palanque num eventual segundo turno. “Eduardo não conseguirá fazer uma campanha que não seja de oposição. Não teria lógica”, disse Aécio. ”Se ambos estamos no campo oposicionista, se estamos negociando composições nos estados, creio que a convergência é natural. Nós, naturalmente, o apoiaríamos. Não vamos fazer isso porque acredito que estaremos no segundo turno”, completou.

senador mineiro destacou ainda que a campanha de 2014 terá um elemento que não apareceu em outras eleições: conversas entre os oposicionistas. “Na campanha passada, isso não aconteceu”, diz ele, sem mencionar, entretanto, os nomes do ex-ministro José Serra (PSDB-SP) e Marina Silva (PSB-AC). Feito isso, o senador tucano elencou as razões que lhe permitem acreditar que o embate final de 2014 será entre ele e a presidente da República, Dilma Rousseff. Em primeiro lugar, ele considera possível repetir a expressiva votação em Minas que o fez governador por dois mandatos e, depois, senador. “O PSDB é bem estruturado em São Paulo e está bem posicionado no Sul”, diz, citando a perspectiva de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa. No Rio Grande do Sul, Dilma perdeu em 2010 e, dadas as dificuldades do atual governador, Tarso Genro (PT), o PSDB tem mais chances de tirar votos por ali.

O Norte do país, visto como um reduto petista intransponível em 2010 – “no Amazonas foi 90% a 9%”, lembrou ele – não repetirá, na visão de Aécio, o mesmo percentual pró-Dilma em 2014 porque, hoje, o prefeito de Manaus é o tucano Arthur Virgilio. ”E no Pará, conquistamos a prefeitura de Belem”, completou, ao discorrer sobre a estrutura tucana país afora.

De onde viria o candidato a vice da chapa tucana? Aécio apenas sorri e, eis que de repente, chega o senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do partido no Senado. Passou para dar um olá ao grupo 30 jornalistas, convidado para o jantar com Aécio, no mezanino do restaurante Piantella, uma sala hoje transformada em adega, decorada com fotos e ensinamentos políticos de Ulysses Guimarães. Participaram ainda do encontro informal o secretário-geral do partido, Bruno Araújo, e os senadores Álvaro Dias (PR) e Cássio Cunha Lima (PB). Ontem, Aloysio participaria de um encontro de Aécio com empresários, em São Paulo.

Cartel e mensalão
As perspectivas de julgamento do caso que envolve o PSDB de Minas Gerais, chamado de mensalão mineiro, e as denúncias de cartel no metrô e nos trens de São Paulo também entraram na conversa. “Se ficar alguma coisa provada contra alguém que seja do PSDB, (o culpado) tem que ir para a cadeia também. Vou falar muito sobre ética na campanha”, prometeu. O senador tucano lembrou que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lidera as pesquisas apesar de o caso do cartel estar diariamente na mídia. “Isso não é algo que contamine o Geraldo. Ele não é desonesto. Vou duas vezes por semana a São Paulo. Não pega. Ninguém toca nesse assunto”, assegurou o pré-candidato, que não deixou de mencionar o PT ao se referir ao episódio de Minas: “Vamos aguardar o julgamento. Mas não vamos cometer o equívoco do PT de acobertar, de transformar (o escândalo) em coisa política. Isso não tira um milímetro da minha autoridade para falar de ética. Vou falar. Tenho 30 anos de vida pública. Se alguém do PSDB cometeu ato ilícito, vai responder.”

De repente, alguém diz que a presidente Dilma também repisa sempre que não compactua com “malfeitos”. Aécio, inspirado no Congresso petista, responde: “Qual é o PT da Dilma? É o PT que a homenageia ou é o PT que faz desagravo, inocentando politicamente o pessoal do mensalão? Ela é refém de uma estrutura”, avaliou.

O presidenciável tucano atribui os bons números de Dilma nas pesquisas ao fato de a presidente ser a única candidata que já esta nas ruas. Afinal, ela é a presidente e tudo o que fala tem peso, mas ele acredita no sentimento da mudança que, na avaliação dele, tende a “se amplificar”. Aécio considera que o pais vive o fim de um ciclo político, em que a presidente fará uma campanha defensiva. “É a economia, as obras não entregues. Não tem nada de estruturante para ser entregue.”

2014: Aécio e Campos vão dividir 10 palanques

Eleições 2014: Neste rol de coligações, cada legenda está em condição de encabeçar cinco chapas a governador.

Montagem do xadrez eleitoral

Eleições 2014: aliança favorece Campos no Sudeste e Aécio no Nordeste.

Fonte: Valor Econômico

Campos e Aécio compartilham pelo menos dez palanques estaduais

Alianças entre o PSDB e o PSB podem fazer com que os presidenciáveis Aécio Neves Eduardo Campos dividam cerca de dez palanques estaduais na eleição ao Palácio do Planalto do ano que vem. Neste rol de coligações, cada legenda está em condição de encabeçar cinco chapas a governador. Os tucanos, no entanto, tomam a frente da candidatura em cinco dos seis maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Ceará e Pará. O PSB tende a liderar a chapa nos menores palanques – Paraíba, Espírito Santo, Amapá e Roraima – à exceção de Pernambuco, o quarto maior neste grupo de Estados onde há alta probabilidade de coligação entre as duas siglas. Há mais duas grandes possibilidades de Aécio e Campos dividirem o mesmo palanque, mas numa chapa com candidato a governador de outro partido: Amazonas, com o PP, e Piauí, com o PMDB.

O cenário reflete a aproximação perigosa entre os dois presidenciáveis, já que ambos podem travar uma disputa acirrada para ver quem chega em segundo lugar, com chance de alcançar um eventual segundo turno contra Dilma Rousseff.

A grande quantidade de palanques divididos mostra, de um lado, a fraca capacidade de penetração do PSDB no Norte e Nordeste e, de outro, a fragilidade do PSB nas região Sul e na Sudeste – que concentra a maior parte do eleitorado. Em apenas duas das dez maiores unidades da Federação, que reúnem 76% do eleitorado, o PSB já tem garantia de uma candidatura própria consolidada: em Pernambuco, onde Campos conta com uma ampla hegemonia, e na Bahia.

O objetivo é que no Rio de Janeiro também haja um terceiro nome próprio, mas o vice-presidente regional da sigla, o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirma que a situação é “dramática”, depois da debandada do grupo do ex-presidente estadual do partido, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, que era contra a candidatura de Campos à Presidência. Cardoso levou sua base para o PMDB para apoiar Dilma Rousseff, e o PSB fluminense, agora sob o comando do deputado federal e ex-jogador de futebol Romário, precisa juntar os cacos. “Nosso plano A é ter candidatura própria. Mas a situação é tão dramática para reconstruir o partido que não chegamos a discutir nomes”, afirma Temporão.

O ex-ministro diz que o cenário inclui como alternativas o apoio às candidaturas do deputado federal Miro Teixeira (Pros) ou do senador petista Lindberg Farias. A tendência do PT nacional, no entanto, é vetar a coligação ou, pelo menos, qualquer possibilidade de Lindbergh abrir palanque para Eduardo Campos. O Rio é o terceiro colégio eleitoral do país e onde tanto PSB quanto PSDB são fracos. Cada um deverá buscar sua própria saída. Os tucanos, por enquanto, cogitam lançar o técnico de vôlei Bernardinho.

Nos dois maiores Estados, São Paulo e Minas Gerais, o PSDB é hegemônico e a pouca estrutura partidária do PSB tem levado a legenda a cogitar uma aliança com os tucanos. Pegar carona no palanque de uma sigla adversária na eleição presidencial é um sinal da fragilidade da campanha de Eduardo Campos. Mas também pode representar uma oportunidade de roubar uma fatia do eleitorado tucano. Como disse um deputado do PSDB, em encontro da bancada federal com Aécio Neves, em outubro, dividir palanques seria “coisa de corno” – ou seja, permitir a traição dos candidatos a governador com o presidenciável do PSB.

As resistências também vêm dos pessebistas, ou melhor, dos integrantes da Rede Sustentabilidade, liderados pela ex-senadora Marina Silva e que se filiaram à legenda em outubro.

Em São Paulo, Paraná e Minas Gerais, o grupo é contra a ideia de o partido abrir mão de candidatura própria para apoiar, respectivamente, a reeleição dos governadores Geraldo AlckminBeto Richa e o nome a ser definido para a sucessão de Antonio Anastasia. Em São Paulo, o Rede propõe as candidaturas dos deputados federais Walter Feldman e Luiza Erundina, mas a tendência, por enquanto, é que o também deputado federal Márcio França seja o vice na chapa de Alckmin.

“Cada caso é um caso. Acho problemático [a aliança] em São Paulo, porque o PSDB carrega um desgaste de estar no poder nesses anos todos. É comparável ao PT no nível nacional. Em Minas também acho complicado, porque é a base do Aécio. No Rio a situação é diferente: ambos os partidos estão afastados do poder. Certamente surgirá um nome nosso, mas também é possível uma aliança [com o PSDB]. É importante termos mínima chance de sucesso. Já passamos da fase de marcar posição”, afirma o deputado federal Alfredo Sirkis (PSB), ligado à Marina Silva.

Ou seja, até no Rio de Janeiro poderia haver uma composição. Em Minas Gerais, o PSB tem um plano A, com o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. No entanto, ele resiste a se candidatar por sua relação próxima a Aécio Neves. Os planos B e C são o lançamento do recém-filiado presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, ou apoio ao PSDB, opção que segundo o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), estaria mais distante.

“Nada conspira até o momento a favor dessa união. Se o Lacerda não aceitar, temos o Kalil“, afirmou o parlamentar. O também deputado federal Duarte Nogueira, presidente do PSDB paulista, por sua vez, discorda. ”As conversas estão adiantadas e o PSB deve fechar conosco”, afirmou o tucano, que lembrou a amizade entre Aécio e o prefeito de Belo Horizonte – principal político do PSB mineiro – como um facilitador da coligação.

Duarte Nogueira argumentou que a formação de palanques conjuntos com o PSB não prejudica a campanha de Aécio. Em sua opinião, o importante é dividir o campo governista. “Com essa estratégia é que vamos levar a disputa ao segundo turno. Onde pudermos somar forças melhor”, disse.

A declaração põe panos quentes nos rumores de um afastamento entre Campos e Aécio, depois que a filiação de Marina Silva deu mais musculatura à candidatura do PSBMarina pode ser a vice do governador de Pernambuco, numa chapa presidencial que começou a preocupar os tucanos pela possibilidade de tirá-los pela primeira vez de um segundo turno.

Além disso, a chegada da ambientalista tende a levar para o PSB um tradicional aliado do PSDB: o PPS, cujo tempo de TV é cobiçado por ambas legendas. “É legítima a busca pelo diálogo, pelo apoio de partidos e de setores da economia. O importante é que tudo tem sido feito com transparência e os dois continuam a se falar”, completou.

Sirkis adota o mesmo tom. O deputado reconhece que há um “aspecto de disputa evidente” entre os dois partidos, mas que também existe um “interesse comum” porque não querem favorecer o projeto de poder do PTSirkis ressaltou o suposto “hegemonismo” petista ao citar a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não semana passada sugeriu que seu partido ficará no governo federal até 2022, quando será comemorado os 200 anos da Independência do Brasil.

“É preciso levar essa relação da maneira mais amigável possível. Penso que Aécio e Eduardo concordam com uma composição, inclusive com o PT, numa situação pós-eleitoral. A vitória de Eduardo pode atrair setores do PT, num terceiro turno, na hora de governar”, disse.

Para Sirkis, isso implicaria um realinhamento histórico, já defendido por Marina, na campanha de 2010, e pelo qual se isolaria os grotões. “Isso acabaria com um ciclo cuja imagem foi representada por uma frase antológica do [ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso, para quem PT e PSDB disputam para ver quem lidera o atraso”, acrescentou o parlamentar, defensor de uma união entre partidos de centro-esquerda e uma “esquerda radical modernizante” contra forças como “PMDB, PP, PTB e grotões”.

Em mais seis Estados, Campos e Aécio têm alta probabilidade de compartilhar o mesmo palanque. No Ceará e no Pará, com os tucanos na cabeça de chapa, e Paraíba, Espírito Santo, Amapá e Roraima, com pessebistas à frente da candidatura a governador. No Ceará, o PSB se desmantelou depois que o grupo do governador Cid Gomes e de seu irmão, Ciro, migrou para o Pros por se recusar a apoiar Campos contra a presidente Dilma. A única saída à vista é se escorar nos tucanos, que também estão fragilizados, só que num processo mais longo de desidratação. Por isso, o ex-governador Tasso Jereissati, que já havia anunciado sua aposentadoria, recebe pressões para dar palanque aos presidenciáveis – pelo menos com uma candidatura ao Senado, cargo para o qual fracassou na tentativa de se reeleger em 2010.

Um exemplo de baixa probabilidade de aliança é a Bahia, onde a senadora Lídice da Mata (PSB) será uma terceira via entre o PT e a oposição local liderada por DEM e PMDB, e apoiada pelos tucanos no Estado.

Aécio articula com PMDB da Bahia

2014: o senador Aécio Neves e o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), pré-candidato ao governo da Bahia, podem selar aliança.

2014: alianças partidárias

Fonte: Correio Braziliense

Aécio e o PMDB

Um jantar entre o presidente do PSDBsenador Aécio Neves, e o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), pré-candidato ao governo da Bahia, praticamente selou a aliança do tucano com os peemedebistas baianos. O próximo alvo de Aécio como pré-candidato a presidente da República é o senador Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, que tende a concorrer ao governo estadual e ainda não se acertou com os petistas no estado.

A aliança entre PSDB e PMDB na Bahia tem um sabor de vingança. Em 2010, Geddel deixou o governo Lula crente que o ex-presidente e Dilma seriam neutros na disputa ao governo do estado. A então candidata desfilava com Jaques Wagner durante o dia e se encontrava com Geddel em rápidas reuniões fechadas. Repetir essa desfeita nem pensar.

Temores
Os promotores do Distrito Federal fizeram chegar à Vara de Execução Penal (VEP) um alerta sobre o risco de rebelião na Papuda por causa da vista grossa feita à romaria de visitantes aos condenados no processo do mensalão. Os presos comuns estão revoltados e, se continuar nesse ritmo de tratamento diferenciado, os problemas serão difíceis de contornar. Agora, com a saída de José Genoino para prisão domiciliar, a expectativa é a de que as coisas se acalmem.

“Perdemos a condição de dialogar, nem produtores, nem índios nos escutam mais. O poder moderador ruiu e a culpa é do governo”
Do senador Delcídio Amaral (PT-MS), referindo-se aos conflitos entre índios e produtores rurais

Diferenças
Integrantes da bancada do PR passaram no gabinete do réu e deputado Valdemar Costa Neto para lhe prestar solidariedade. Trataram-no como “meu líder”, “comandante”. Mas apenas nas internas. Em público, ninguém aparece defendendo o ex-presidente do PR. Um dos poucos que não compareceu ao gabinete de Valdemar foi Anthony Garotinho, do Rio: “Eu não era do PR nessa época”.

Candidatura calculada
A turma do PSol que defendeu a candidatura de Randolfe Rodrigues à Presidência da República tem outro objetivo, além de tentar conquistar os jovens: deixar Chico Alencar livre para ser candidato à reeleição no Rio de Janeiro. O partido calcula que, com Chico e Jean Wyllys, o partido não só reelege os dois como traz mais um de carona.

A bomba do Senado/ Funcionários da TV Senado tiveram que sair das salas do subsolo do anexo II, onde fica o auditório Petrônio Portela. Tudo porque a bomba do sistema de esgoto deu pane e os detritos ficaram concentrados ali, exalando um cheiro insuportável. Sabe como é. Ao longo dos anos, o Senado construiu tantos puxadinhos que a rede de esgoto seguiu no mesmo caminho. Não é a primeira vez que a pane acontece.

Senha/ Você que acompanha as sessões da Câmara dos Deputados fique atento: Quando Henrique Eduardo Alves ou o vice, André Vargas, conduzem os trabalhos em plenário, é sinal de que votações virão. Em outros casos, a chance é remota. No meio dos políticos, já tem quem diga que Henrique segue a escola de Antonio Carlos Magalhães que, certa vez, declarou, “reunião que eu não estou, não vale”.

Espirituoso/ Plenário do Congresso cheio, o senador Pedro Taques se aproxima da rodinha, onde conversavam os deputados José Reguffe, Luiz Pitiman e o senador Rodrigo Rollemberg. “Ei, vocês viram a pesquisa do Ibope que acaba de sair com os números para governador do Distrito Federal?” O trio arregalou os olhos e Taques saiu de fininho, dando risadas.

Acredite se quiser/ Alguém se aproxima de José Sarney e pergunta e sobre o pacto da estabilidade entre os partidos. “Pergunte aos líderes. Eu sou baixo clero!”

2014: FHC e Alckmin defendem candidatura de Aécio em Poços de Caldas

2014: FHC e Alckmin defenderam pela primeira vez publicamente que o senador Aécio seja o candidato do PSDB na disputa presidencial.

2014: Aécio Neves presidente

Fonte: Folha de S.Paulo

FHC e aliados de Serra declaram apoio a Aécio para a Presidência

Alckmin pede para senador mineiro ‘servir ao povo brasileiro’ 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São PauloGeraldo Alckmin, defenderam ontem pela primeira vez publicamente que o senador mineiro Aécio Neves seja o candidato do PSDB na disputa pela presidencial de 2014.

“Chegou o momento, Aécio, de assumir a responsabilidade. A história, na sua impetuosidade, seleciona. Não sei se é justo ou injusto. É o momento, e o momento é seu”, disse Fernando Henrique em encontro do PSDB em Poços de Caldas (MG).

Nos bastidores, ele já vinha orientando Aécio a se portar como candidato, mas essa foi a primeira vez que o tucano defendeu a candidatura do mineiro em evento público.

“É a esperança que nos traz hoje, Aécio, aqui a Minas, para dizer a você: percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale ao povo brasileiro. […] Com a sua juventude, a sua experiência, sua competência para servir ao povo brasileiro”, disse Alckmin.

O paulista é do mesmo Estado que o ex-governador José Serra, que insiste no desejo de ser o candidato indicado pelo PSDB para disputar a Presidência e tem percorrido o país numa tentativa manter seu nome na disputa.

Além de Alckmin e FHC, também defenderam abertamente a candidatura de Aécio o senador Aloysio Nunes (SP), aliado histórico de Serra, o governador Antonio Anastasia (MG) e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

“Ouvir aqui o que ouvi do governador Geraldo Alckmin na verdade só me faz dizer de forma absolutamente clara: o PSDB está pronto no ano que vem para apresentar ao Brasil uma nova proposta”, disse Aécio.

PSDB realizou ontem na cidade mineira o encontro partidário “Federação Já, Poços de Caldas +30“, com críticas à concentração de receitas na União e em defesa da “autonomia e fortalecimento” de Estados e municípios.

O encontro também fez homenagem aos 30 anos da Declaração de Poços de Caldas, documento assinado pelos então governadores Tancredo Neves (MG) e Franco Montoro (SP), no qual se comprometeram com a campanha pelas eleições diretas para presidente.

(PATRÍCIA BRITTO E MARINA DIAS)

Aécio: ‘deixa o Serra falar’

Aécio: “O PSDB é um partido democrático, onde cada um tem sua opinião e contribui para o fortalecimento da forma que acha mais adequada’.

PSDB 2014

Fonte: O Globo

‘Eu falo bem do PSDB e mal do PT’, diz Aécio, em referência às críticas de Serra ao próprio partido

Ao comentar as declarações do ex-governador, senador mineiro diz que, “em relação a complexos, talvez seja a pessoa do PSDB menos credenciada a falar”

Um dia após o ex-governador José Serra ter criticado duramente o PSDB, ao dizer que o partido tem a necessidade de “ser aceito pelo PT”, o senador Aécio Neves quebrou, neste sábado, a pretensa harmonia entre eles ao comentar as declarações do ex-governador, que, a despeito do favoritismo do mineiro na disputa presidencial de 2014, dá sinais de que ainda não desistiu de uma disputa pela candidatura tucana:

— Olha, como eu disse, vamos deixar o Serra falar. O PSDB é um partido democrático, onde cada um tem a sua opinião, e cada um contribui para o fortalecimento do partido da forma que acha mais adequada. Eu, por exemplo, estou aqui hoje em Manaus, ao lado do grande líder Artur Virgílio, falando bem do PSDB e mal do desgoverno do PT. Quanto a complexos, eu talvez seja a pessoa do PSDB menos credenciada a falar sobre o tema — afirmou Aécio, em Manaus, onde participou de encontro do diretório estadual do PSDB.

Na sexta-feira, durante palestra no Diretório Estadual do PSDB paulista, Serra afirmou que um dos problemas do partido é o bovarismo, em referência a “Madame Bovary”, romance de 1857, escrito por Gustave Flaubert.

— Me desculpem as mulheres, porque é mais complexo que isso, mas a madade Bovary queria ser aceita pelo outro. Ela vai à loucura, quebra a família, trai o marido com Deus e o mundo para ser aceita. E o PSDB tem um pouco de bovarismo, de precisar ser aceito pelo PT — disse Serra, segundo matéria publicada na edição de hoje da “Folha de S. Paulo”.

Nas críticas ao PSDB, o ex-governador alfinetou Aécio ao condenar o fato de o PSDB criticar o leilão do campo de Libra usando o argumento da privatização, como o senador tem feito nos últimos dias.

— O PT faz um leilão mal feito como o do campo de Libra. E o que faz o PSDB? Sai dizendo: “Olha aí, eles sempre foram contra a privatização e agora estão fazendo a privatização”. Isso dá voto? Nenhum — disse Serra, na sexta-feira.

Aécio, porém, insiste no assunto. Ontem mesmo, em Manaus, ele repetiu a crítica:

— O PT passou dez anos demonizando as privatizações. Curva-se a elas agora no final do governo, mas faz de forma atabalhoada.

O Brasil virou “um cemitério de obras inacabadas”

Também ontem, horas depois de presidente Dilma Rousseff ter considerado absurda a paralisação de obras públicas, medida recomendada na última quarta-feira pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após suspeitas de irregularidadesAécio declarou que o país virou “um cemitério de obras inacabadas” por causa da “incapacidade gerencial” do governo do PT.

— O Brasil é um cemitério de obras inacabadas não por culpa do TCU, mas por culpa da ausência de planejamento, de projetos que não são feitos adequadamente. As grandes obras, os grandes eixos de integração nacional estão todos eles com sobrepreços enormes. O governo do PT quer nos fazer crer que é natural planejar uma obra e apresentar um projeto absolutamente distante daquilo que vai ser executado. A paralisação dessas obras é fruto da incapacidade gerencial do governo. Nós temos que encerrar esse ciclo do PT para o bem do Brasil — disse em Manaus, reduto eleitoral petista, que rendeu, nas últimas três eleições presidênciais, mais de 80% dos votos válidos ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff.

Em visita à capital amazonense para participar do encontro estadual do PSDB e homenagear os 35 anos de vida pública do prefeito tucano Arthur VirgílioAécio discursou como candidato à sucessão de Dilma e atacou o PT em diversos momentos:

— O que o PT vem fazendo nesses últimos anos é administrar a pobreza. Há uma falência absoluta no que diz respeito à gestão. Não vemos desenvolvimento de fato dos empresários e dos trabalhadores. Não existe um plano de desenvolvimento a longo prazo, o que existe é a gestão de problemas que perduram por muitos anos.

Durante a passagem por Manaus, Aécio visitou as empresas do Polo Industrial e, ao ser questionado sobre o posicionamento do partido em relação à manutenção da Zona Franca de Manaus, disse que contaria com a credibilidade do prefeito Arthur Virgílio para desmistificar o cenário de que o PSDB é inimigo da Zona Franca.

— A população já deu uma demonstração clara que confia no PSDB. Temos de virar essa página e trabalhar em um projeto ousado para a região — afirmou o tucano, acrescentando que, independentemente da posição do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, ele defenderá os incentivos fiscais para as indústrias do Amazonas: — Quero dizer de forma clara e definitiva: a Zona Franca é um patrimônio do Brasil, fundamental para o desenvolvimento do país.

Pesquisa Sensus: Aécio é o candidato com mais chance de crescer

Pesquisa: Sensus mostra que entre os eleitores que conhecem os candidatos, a vantagem de Dilma diminui e quem mais cresce é Aécio.

Tucano é também o menos rejeitado entre os 2 mil eleitores pesquisados.

Eleições 2014

Dilma na frente e Aécio com menor rejeição

ELEIÇÕES

Pesquisa mostra petista em 1º, mas vantagem em relação ao tucano fica menor entre os que conhecem os candidatos

Se as eleições fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria os adversários em todos os cenários, segundo pesquisa do Instituto Sensus feita entre os dias 17 e 21 de outubro em 136 municípios de cinco regiões do Brasil. O levantamento mostra, porém, que entre os eleitores que de fato conhecem os candidatos, a vantagem da petista diminui e quem mais cresce é o senador Aécio Neves (PSDB). O tucano é também o menos rejeitado entre os 2 mil eleitores pesquisados. Nesse quesito, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) seria a pior opção do partido, por apresentar rejeição de quase metade dos entrevistados.

No primeiro cenário pesquisado, Dilma teria 40,2%, contra 18% do senador Aécio Neves e 10,6% do governador de PernambucoEduardo Campos (PSB). Indecisos, votos brancos e nulos somaram 31,3%. A margem de erro do levantamento encomendado pelo PSDB é de 2,2%. Quando são avaliados os mesmos nomes, mas entre os 1.117 entrevistados que declararam conhecer os três, a preferência por Dilma cai para 33,5% e a por Aécio sobe para 19,2%. Já as intenções de voto em Eduardo Campos atingem 13,3%.

Quando a ex-senadora Marina Silva é o nome do PSBDilma tem 38,2% das intenções de voto, Marina 18,4% e Aécio 17,8%. Nesse cenário, entre os que declaram conhecê-los, Dilma cairia para 33,5%, Aécio subiria para 21,3% – uma diferença de 12,2 pontos percentuais – e Marina para 19,9%.

Se o nome do PDDB for José Serra, a presidente vence com 38,8% dos votos. Nesse cenário, o tucano paulista teria 18,6% e Eduardo Campos 13,3%. Considerando o conhecimento dos eleitores sobre os nomes, Dilma teria 32,5%, Campos 18,5 e Serra 18,1%. Ainda com Serra na disputa, mas contra Marina pelo PSBDilma teria 38,2% dos votos, seguida por Serra com 18,3% e a candidata do PSB com 18%.

Em um eventual segundo turno, Dilma também venceria, mas Aécio é o que tem o melhor desempenho no embate entre os adversários. Com o mineiro candidato, ele teria 27%, contra 45,2% da petista. Essa diferença cai quando são considerados apenas os que declaram conhecer os candidatos. Nesse caso, Dilma teria 41,7% contra 30,2% de Aécio – 11,5 pontos percentuais. Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, os dados da comparação entre conhecimento e voto são importantes pois mostram uma tendência de votação. “Hoje, a maior tendência, com o desenvolvimento do tempo e das campanhas , é termos um segundo turno entre Dilma e Aécio“, prevê.

Outro ponto importante que o PSDB deve observar, segundo o responsável pelo levantamento, são os índices de rejeição. Nesse critério, 47,4% dos entrevistados afirmaram que não votariam de modo algum em José Serra. Em seguida aparece Eduardo Campos, com rejeição de 39,7%, e Marina Silva, de 39,4%. Na ponta estão Dilma Rousseff, rejeitada por 36,1% e Aécio Neves, por 34,6%. ”A rejeição é um dos indicadores fundamentais da pesquisa, pois mostra um percentual do eleitorado que não votaria de jeito nenhum no candidato. Quem tem 40% ou mais está muito dificultoso no processo eleitoral”, afirmou Ricardo Guedes.

O pesquisador destacou que, além de SerraMarina e Eduardo Campos aparecem com percentuais próximos de 40%. “Quem tem entre 36% e 38% de rejeição é mais fácil, pois temos que, de 100% do eleitorado, 20% vão para branco, nulo ou abstenção. Os 80% restantes, se dividirmos por dois, dá 40%. Então, quem tem 40% ou mais não passa para o segundo turno”, explicou. O levantamento Sensus avaliou também as preferências partidárias. Preferem o PT 17,3% dos entrevistados e o PSDB 7,6%. Sobre o governo Dilma Rousseff, 39,4% consideram o resultado positivo e 38,1% regular. Para 20,8% a gestão da petista é considerada negativa.

Empate

senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) estão empatados na preferência dos eleitores do Espírito Santo para a sucessão presidencial em 2014. Segundo levantamento feito pela empresa Enquet, de Vitória, e publicado pelo jornal A Tribuna, Dilma tem 26,8% das intenções de voto, contra 26,5% de Aécio, uma diferença de 0,3 ponto percentual. O terceiro colocado nesse cenário, o governador do Pernambuco Eduardo Campos (PSB), aparece com 12,4% . Outros 14,4% responderam que votariam nulo ou em branco e 19,9% não souberam ou não opinaram. Quando o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), é o candidato tucano, Dilma aparece no Espírito Santo com 27,5% contra 21,1% do rival. Nessa hipótese, Eduardo Campos tem 17,1%, brancos ou nulo 12,9% e não sabe ou não opinou 21,4%. Dilma apresenta também a maior rejeição naquele estado, com 40,1% dos entrevistados dizendo que não votariam nela. Foram ouvidas 1.400 pessoas. A margem de erro é 2,7% para mais ou para menos.

2014: Aécio e Eduardo são o novo para eleições presidenciais

2014: Aécio e Eduardo são o novo. Minas fez o choque de gestão, Pernambuco contratou gestores profissionais para a Saúde.

2014: Aécio e Eduardo

 2014: Aécio e Eduardo são o novo

2014: Aécio e Eduardo – Foto O Estado de S.Paulo

Fonte: Valor Econômico

Nem sempre o novo significa renovação

Por Raymundo Costa

É preciso tempo e estudos mais detalhados para se comprovar o fenômeno da renovação política que teria ocorrido nas eleições municipais de 2012. Como escreveu Fernando Henrique Cardoso em seu artigo do último domingo, publicado em “O Globo” e no “Estado de S. Paulo”, ser jovem não assegura necessariamente ser “portador de mensagem renovadora”.

Na safra de jovens eleitos ou que despontaram nas eleições, alguns são legítimos representantes de oligarquias há longo tempo assentadas. O exemplo mais evidente é o de Antônio Carlos Magalhães Neto, 33 anos, herdeiro político do velho ACM, morto em 2007.

ACM, o avô, fez da truculência a sua marca. O melhor exemplo nem é o de sua famosa briga com o paraense Jader Barbalho, que acabou com a renúncia dos dois ao mandato que exerciam no Senado. É a cena do “dono da Bahia” atravessando a rua que separa o Congresso do Palácio do Planalto para “peitar” FHC: O presidente decidira intervir no antigo Banco Econômico.

As lições eleitorais de 2012 e seus signos para 2014

Oligarca, patrimonialista, ACM no entanto sempre teve a faculdade de escolher bons quadros: fez sucessores no governo da Bahia, técnicos como o ex-governador Paulo Souto, que deixaram o cargo bem avaliados.

ACM Neto não deve ser julgado desde já pelo que o avô tinha de antigo, nem pelo que os “modernos” julgavam um bom faro para escolher nomes novos para a política baiana, desde que fiéis. Isso quem dirá é o próprio Neto, cujas dificuldades à frente não são poucas: ele assume a Prefeitura de Salvador por um partido de oposição e enormes problemas financeiros.

Outro nome comemorado como novo é o de Gustavo Fruet (PDT), mas ele também descende de uma família política: é filho de Maurício Fruet, ex-vereador, deputado estadual, deputado federal e ex-prefeito de Curitiba (1983-1986). Morreu em 1998 a pouco mais de um mês da eleição, quando era novamente candidato a deputado federal, e foi substituído pelo filho.

No Congresso, Gustavo Fruet é considerado um político ético e moderno. Mas só a prática na Prefeitura de Curitiba (PR), para a qual foi eleito agora, aos 49 anos, dirá se sua eleição significa também renovação na política. Renovação de métodos e das práticas sobre as quais o eleitor demonstra cansaço. Por uma questão local, Fruet começou sua escalada rumo à prefeitura à moda antiga: trocando de partido. Em seu favor diga-se que sua candidatura foi abatida por um acordo não cumprido pelo governador tucano do Paraná, Beto Richa – filho de um dos fundadores do PSDB, José Richa.

Aos 43 anos, o prefeito do Rio é jovem, mas tem uma fieira de partidos no currículo. Foi inclusive secretário-geral do PSDB, ou seja, um tucano daqueles que se dizem de “alta plumagem”, e tem pela frente um futuro promissor, desde que a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio, em 2016, sejam um sucesso.

Ratinho Junior (PSC), 31 anos, perdeu a eleição em Curitiba para Fruet, no segundo turno, mas é considerado outro exemplo da renovação. Talvez mais apropriado seja dizer que se enquadra na categoria dos chamados “candidatos de mídia”. No caso, recebeu a herança política do pai, apresentador famoso de televisão e ex-deputado federal.

Nessa categoria – “candidato de mídia” – também deve ser enquadrado Celso Russomano (PRB), já não tão novo, aos 56 anos e um bom tempo de estrada, mas uma alternativa diferente à polarização PT-PSDB, em São Paulo. Russomano só não seguiu em frente por tropeçar nas próprias pernas e comprovar uma desconfiança: não estava ainda pronto para governar uma cidade como São Paulo. E suas alianças representavam o que há de mais antigo em política.

O PSDB comemorou os cerca de 30% obtidos por um candidato “quase clandestino” no Recife, Daniel Pires Coelho, de 34 anos. Ele obteve quase o dobro dos votos do candidato do PT. À primeira vista parecia um integrante do clã dos Coelho, que se espalha pelas duas margens do Rio São Francisco. Não é. Mas seu pai foi vereador, deputado estadual bem votado e candidato a prefeito do Recife derrotado por Jarbas Vasconcelos, hoje senador do PMDB.

Os tucanos comemoraram como renovação a vitória de Arthur Virgílio Neto em Manaus, capital do Amazonas. Aos 65 anos, Arthur já foi prefeito de Manaus entre 1989 e 1993. Na realidade, a vitória do PSDB parece mais revanche contra Lula, que se empenhou para derrotá-lo na eleição para o Senado, em 2010, e para prefeito, agora em 2012.

Renovação efetiva parece ocorrer em São Paulo, uma necessidade diante da queda da antiga cúpula do PT no escândalo do mensalão. Ainda assim será necessário ponderar o peso da popularidade do ex-presidente Lula e da atual aprovação dapresidente Dilma Rousseff na eleição de Fernando Haddad, na capital do Estado, e na passagem de Márcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, para o segundo turno, na eleição de Campinas. Os dois eram neofitos em campanha eleitoral.

Em 2006 novos eram os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de Pernambuco, Eduardo Campos, embora ambos disputassem a reeleição, sem falar de Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro.

Minas cantou vitória sobre o déficit público (o déficit zero) e fez o choque de gestão; em Pernambuco, Eduardo enfrentou os sindicalistas, contratou gestores profissionais para administrar os hospitais e uma fundação privada para elaborar um modelo para a educação. Cabral, cujo crédito era alto no combate à violência, perdeu-se nos desvãos da construtora Delta. Por enquanto, Eduardo e Aécio são o novo para as eleições de 2014.

Além da renovação, a eleição de 2012 é rica de casos merecedores de maior atenção dos estudiosos. Chega a lembrar a eleição de 1974, o primeiro indicativo da sociedade para a ditadura militar. Algo como ‘vocês podem muito mas não podem tudo’. Ainda não há cálculos precisos, mas os partidos falam em elevada renovação nas câmaras municipais. Outro indicador que deixou surpreso os dirigentes partidários: cerca de 55% dos prefeitos que concorreram à reeleição não conseguiram se manter no cargo. Foram trocados.

* Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília. Escreve às terças-feiras

2014: Aécio e Eduardo – Link do artigo: http://www.valor.com.br/politica/2892682/nem-sempre-o-novo-significa-renovacao

Gestão Eficiente: Governo de Minas deixa Mineirão quase pronto

Gestão Eficiente: Mineirão – Em fase final de acabamento, o novo Mineirão está praticamente pronto para 2014.

Gestão Eficiente: Mineirão 2014

Fonte: Superesportes publicado por Turma do Chapéu

Grama já começou a ser plantada no Novo Mineirão

COPA DE 2014

O maior palco do futebol mineiro está retomando a velha forma: proxímo da conclusão da obra, o Mineirão já começa a receber a grama. O tapete escolhido é do tipo Bermuda Celebration, recomendado pela Fifa para a Copa do Mundo. As obras devem estar concluídas em 21 de dezembro desse ano, e a inauguração deve acontecer em março, com um jogo da seleção brasileira. O ex-beatle Paul McCartney também é cotado para tocar no estádio reinaigurado, segundo o secretário extraordinário para a Copa, Tiago Lacerda.

Plantio do gramado do Mineirão – Foto: Divulgação/Secopa

 Gestão Eficiente: Mineirão quase pronto para 2014

Gestão Eficiente: Mineirão quase pronto

Tapete estendido para o espetáculo

Mineirão recebe as primeiras sementes e deve ter o gramado pronto em fevereiro. Secopa prepara reabertura em março, com a Seleção

Gestão Eficiente – Assegurado o tempo de céu carregado, muitos ventos e chuva que baixou sobre Belo Horizonte, há grandes chances de a grama do novo Mineirão estar pronta para a bola rolar antes dos 90 dias necessários para o completo crescimento. O tapete verde tipo Bermuda Celebration, reconhecido por especialistas como a melhor opção para a prática do futebol, começou a ser plantado como o primeiro gramado dos 12 estádios da Copa do Mundo’2014 e dos seis para a Copa das Confederações, em junho. Após ultrapassar o Castelão, em Fortaleza, no ranking das obras, o Gigante da Pampulha é o estádio mais adiantado: passou dos 93% de execução.

O plantio da grama deve ser concluído até o fim da próxima semana. Num prazo aproximado de 15 dias, o secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Tiago Lacerda, espera já ter uma data definida para a reinauguração do estádio – entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Diversas possibilidades vêm sendo avaliadas pela Secopa. “Temos um pedido junto à CBF para ter a seleção”, antecipa Lacerda, se referindo ao amistoso prometido pelo presidente da entidade, José Maria Marin, durante visita às obras. Duas datas em aberto no calendário de amistosos do Brasil indicam que o confronto, uma das festividades que marcarão a reabertura da arena, poderá ser em 22 ou 26 de março.

Até chegar ao campo, o novo gramado – mesma qualidade utilizada no novo Independência – foi submetido a rigoroso processo de seleção, desenvolvimento e transporte. Definidas pela Fifa como padrão, as sementes passaram por seleção feita nosEstados Unidos. Elas foram plantadas numa fazenda de Bom Sucesso (Sul de Minas Gerais) em abril para então ser transportadas a BH em caminhões frigoríficos a uma temperatura de 5°C. Pelo fato de a preparação ter sido programada para o verão, haverá o complemento com sementes de inverno em março de 2013. A expectativa do presidente do consórcio Minas Arena, responsável pela obra e futura operação, Ricardo Barra, é de que o campo esteja pronto para jogo no fim de janeiro. “Aí teremos condições de jogar. A ideia é desenvolver junto com a Fifa um sistema que proteja o tapete”, declarou.

Um dos funcionários especializados contratados pela carioca Greenleaf Gramados, o servente Manoel Messias da Silva elogiou a qualidade do campo. Além da instalação, a empresa ficará responsável pela manutenção. “De todos os gramados onde trabalhei, esse aqui é o melhor, pela adubação diferenciada e sistema de vazão. Pode chover que não vai encharcar”, garantiu Silva, que já marcou ponto nas obras da Arena da Baixada, em Curitiba, e Maracanã, no Rio.

Antes do plantio, o terreno passou por várias etapas para recebê-lo: terraplanagem, preparação de drenagem, irrigação e solo e, por fim, adição de fertilizantes e corretivos pré-plantio para correção do pH do solo. O sistema de irrigação será automatizado com aspersores escamoteáveis que distribuem a água em horários programados na quantidade e frequência desejadas.

Quase pronto Em fase final de acabamento, o novo Mineirão está praticamente pronto. Dentro de campo, alguns detalhes chamam a atenção. No teto, faltam apenas instalar três partes da inédita cobertura translúcida que, aos poucos, vem clareando graças à incidência do sol – inicialmente as peças possuíam coloração amarelada. Um dos telões que ficarão nos lados extremos do campo já foi colocado (o outro aguarda uma trégua das chuvas para ser içado). Cada painel é composto por 40 placas de Leds, sendo necessária uma equipe formada por 20 pessoas para fixá-lo, o que foi feito em 15 dias. Nas arquibancadas, apenas algumas cadeiras ainda não foram instaladas. Nos camarotes, lanchonetes e bares, estarão disponíveis 250 TVs de 46 polegadas, além de 3,8 mil caixas de som. Concluído, o estádio terá capacidade para 62.170 espectadores.

Em números

540 mil
mudas em toda a área gramada

60
mudas é a média por metro quadrado

30cm
é o altura da camada de Topsoil, mistura de areia com matéria onde as raízes da grama se faixarão

105m x 68m
são as dimensões do novo campo, reduzido para atender os padrões da Fifa

110m x 75m
era o tamanho anterior, antes do início da reforma

2,5 mil
carros, a capacidade do estacionamento

62.170
torcedores será a lotação do estádio

Gestão Eficiente: Mineirão 2014 – Link da matéria: http://turmadochapeu.com.br/grama-novo-mineirao/