Intenções de voto: Aécio lidera com 58,8% , mostra ISTOÉSensus

Pesquisa ISTOÉSensus mostra candidato Aécio Neves (PSDB) com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff (PT) com 41,2%.

Gravações da Petrobras derrubam Dilma

Fonte: Isto É

Aécio dispara e abre 17 pontos de vantagem sobre Dilma, mostra pesquisa Istoé/Sensus

Primeiro levantamento após divulgação de áudios da Petrobrás mostra que escândalo atingiu em cheio campanha da petista

Primeira pesquisa ISTOÉSensus realizada depois do primeiro turno da sucessão presidencial mostra o candidato Aécio Neves (PSDB) com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff com 41,2%. Uma diferença de 17,6 pontos percentuais.

O levantamento feito entre a quarta-feira 7 e o sábado 10 é o primeiro a captar parte dos efeitos provocados pelas revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre o detalhamento do esquema de corrupção na estatal.

“Além do crescimento da candidatura de Aécio Neves, observa-se um forte aumento na rejeição da presidenta Dilma Rousseff”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Segundo a pesquisa, o índice de eleitores que afirmam não votar em Dilma de forma alguma é de 46,3%. A rejeição de Aécio Neves é de 29,2%.

“O tamanho da rejeição à candidatura de Dilma, torna praticamente impossível a reeleição da presidenta”, diz Guedes. A pesquisa também capta, segundo o diretor do Sensus, os apoios políticos que Aécio recebeu durante a semana, entre eles o do PSB, PV e PPS.

As 2000 entrevistas feitas em 24 Estados e 136 municípios mostra que houve uma migração do eleitorado à candidatura tucana mais rápida do que as manifestações oficiais dos líderes políticos.

No levantamento sobre o total dos votos, Aécio soma 52,4%, Dilma 36,7% e os indecisos, brancos e nulos são 11%, tudo com margem de erro de 2,2% e índice de confiança de 95%. Nos votos espontâneos, quando nenhum nome é apresentado ao eleitor, Aécio soma 52,1%, Dilma fica 35,4% e os indecisos são 12,6%.

“A analise de todos esses dados permite afirmar que onda a favor de Aécio detectada nas duas semanas que antecederam o primeiro turno continua muito forte”, diz Guedes. O tucano, segundo a pesquisa ISTOÉSensus, vence em todas as regiões do País, menos no Nordeste.

No PSDB, a espectativa é a de que a diferença a favor de Dilma no Nordeste caia nas próximas pesquisas, principalmente em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em Pernambuco devido o engajamento da família de Eduardo Campos na campanha, oficializado na manhã do sábado 10. Na Bahia em função da presença mais forte do prefeito de Salvador, ACM Neto, no palanque tucano. E, no Ceará, com a participação do senador eleito Tasso Jereissati.

Além da vantagem regional, Aécio, de acordo com o levantamento, supera Dilma em todas as categorias socioeconômicas, o que, segudo a análise de Guedes, indica que a estratégia petista de apostar na divisão do País entre pobres e ricos não tem dado resultado.

 

PESQUISA ISTOÉ|Sensus

Realização – Sensus

Registro na Justiça Eleitoral – BR-01076/2014

Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País

Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural

Campo – de 07 a 10 de Outubro de 2014

Margem de erro – +/- 2,2%

Confiança – 95%

Ibope e Datafolha: Aécio lidera com 46% dos votos totais, mostram pesquisas

Os dois institutos mostraram que Aécio lidera com 46% dos votos totais contra 44% da adversária do PT.

Eleições 2014

Fonte: Aecio 45

Ibope e Datafolha confirmam liderança de Aécio na disputa pela Presidência

Pesquisas divulgadas pelos institutos Ibope e Datafolha nessa quinta-feira (09/10) reforçaram que o candidato da Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, largou na frente na disputa pela Presidência da República, indicando o cenário de fortalecimento da campanha nas últimas semanas.

Os dois institutos mostraram que Aécio lidera com 46% dos votos totais contra 44% da adversária do PT e candidata à reeleição, Dilma Rousseff.  Em votos válidos, o tucano tem 51% contra 49% da petista. A margem de erro do Ibope e do Datafolha é de 2 pontos percentuais.

O desempenho representa um crescimento de 4 pontos percentuais no levantamento do Datafolha, e 9 pontos no Ibope, levando-se em conta as últimas pesquisas realizadas pelos dois institutos antes do primeiro turno.

Virada

Datafolha informou que esta é a primeira vez desde a eleição de 1989 que um candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno aparece na liderança no levantamento sobre a nova rodada de votação. É a primeira vez que um candidato do PSDB aparece na frente de um petista na corrida presidencial.

Datafolha ouviu 2.879 mil eleitores em 178 municípios na quarta e quinta-feira.  Já o Ibope ouviu 3.010 eleitores em 205 municípios de 7 e 8 de outubro.

Mais vantagem

Nessa quinta, o instituto Veritá mostrou que Aécio é a opção de voto de 54,8% dos brasileiros, enquanto Dilma possui 45,2% das intenções. Aécio, assim, chega a uma vantagem de 9,6 pontos percentuais nos votos válidos, confirmando resultado do Instituto Paraná Pesquisas, que, nessa quarta-feira (08/10), mostrou frente de 8 pontos percentuais sobre a candidata do PT.

Eleições 2014: Aécio sai na frente no 2º turno com 54%, aponta pesquisa

Aécio largou na frente de Dilma neste início da campanha nas eleições presidenciais. É o que mostra uma pesquisa feita com exclusividade para ÉPOCA, pelo instituto Paraná Pesquisas.

Eleições 2014

Fonte: Época

Aécio 54% x Dilma 46%: primeira pesquisa sobre o segundo turno

Em levantamento exclusivo para ÉPOCA, o instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.080 eleitores em 152 municípios

Aécio Neves (PSDB) largou na frente da presidente Dilma Rousseff (PT) neste início da campanha de segundo turno nas eleições presidenciais deste ano. É o que mostra uma pesquisa feita com exclusividade para ÉPOCA, pelo instituto Paraná Pesquisas. Se a eleição fosse hoje, Aécio teria 49% das intenções de voto contra 41% de Dilma. Não sabe ou não responderam somam 10%. Em votos válidos, Aécio tem 54%, e Dilma, 46%. Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados os candidatos, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%

instituto Paraná Pesquisas entrevistou, entre a segunda-feira (6) e esta quarta-feira (8), 2.080 eleitores. Foram feitas entrevistas pessoais com eleitores maiores de 16 anos em 19 Estados e 152 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o número BR 01065/2014. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com uma margem de erro de 2,2% para mais ou para menos. Isso significa que a probabilidade de a realidade corresponder ao resultado dentro da margem de erro é de 95%. Se a eleição fosse hoje, a votação de Aécio variaria, portanto, de 52% a 56%; e a de Dilma, de 44% a 48% dos votos válidos.

“Podemos afirmar que Aécio Neves inicia o segundo turno com uma boa vantagem, porque herdou mais votos de Marina Silva (a terceira colocada). Vamos ver como o eleitor se comportará após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão”, afirma o economista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas.

A pesquisa também avaliou a rejeição dos candidatos. Dilma Rousseff é rejeitada por 41%. Outros 32% afirmaram que não votariam em Aécio “de jeito nenhum”. Apenas 16% disseram que não rejeitam nenhum dos candidatos, e 8% não souberam ou não quiseram responder. De acordo com Hidalgo, a rejeição é sempre um fator fundamental em eleições de segundo turno.

No quesito escolaridade, Dilma é a preferida dos eleitores com apenas o ensino fundamental. Ela tem 46% das intenções, ante 45% de Aécio. Entre os eleitores com ensino superior completo, Aécio lidera com 55% das intenções, e Dilma apresenta 34%. Aécio também está na frente no eleitorado feminino, com 50% das intenções de voto, ante 40% de Dilma. Entre os homens, Aécio tem 47% das preferências, para 43% de Dilma.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o número BR 01065/2014 e 2.080 eleitores do dia 6 ao dia 8 de outubro.

Em entrevista, Aécio garante investimentos para a saúde

 Aécio: “No nosso governo, vamos garantir o resgate dos investimentos federais que, no governo do PT, vêm diminuindo a cada ano”.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Belo Horizonte (MG) – 29-09-14

Sobre agenda em Belo Horizonte.

É uma alegria muito grande estar aqui ao lado do meu amigo Dr. Lincoln, muitos representantes da Associação Médica mineira, para dizer mais uma vez ou reiterar aqueles compromissos que assumimos há muito tempo com a qualidade da saúde do Brasil. O Brasil precisa de mais saúde, de mais investimentos, de mais respeito com aqueles que trabalham na saúde pública. No nosso programa, vamos assegurar a criação da carreira de profissionais da saúde. No nosso governo, vamos garantir o resgate dos investimentos federais que, no governo do PT, vêm diminuindo a cada ano. Em 2003, quando o PT assumiu o governo, 56% do conjunto de investimentos em saúde vinham da União. Doze anos se passaram e hoje apenas cerca de 46% vêm da União. E sabemos, o governador Anastasia, o governador Pimenta da Veiga, o governador Alberto Pinto Coelho, que quem paga essa diferença são os Estados e os municípios, principalmente.

No nosso programa de governo, discutido com a Associação Médica mineira e de vários outros Estados, inclusive com a brasileira, estamos propondo, além da valorização dos profissionais da saúde, a criação de 500 clínicas de especialidades, onde está o grande gargalo do atendimento da nossa população. Tenho dito que, no meu governo, o BNDES terá um “s” maior do que as outras letras. O “s” do social e que eu posso aqui também estender para o “s” da saúde. Vamos permitir que o BNDES financie os médicos recém-formados, e mesmo outros médicos, para que eles possam abrir clínicas de especialidades em regiões pré-determinadas pelo governo, onde haja carências em determinadas especialidades. O pagamento desses médicos ao financiamento do BNDES seria feito com uma parcela da sua clientela sendo atendida pelo SUS.

Estou muito contente de receber aqui essa manifestação de apoio. Vamos construir juntos um novo, não apenas no diagnóstico, um novo projeto de fortalecimento da qualidade da saúde pública do Brasil. O programa Saúde da Família será, no nosso governo, resgatado, já que foi abandonado pelo atual governo. Um governo que fechou 13 mil leitos hospitalares nos últimos anos, que permite que as Santas Casas vivam uma extraordinária crise, talvez sem precedentes na sua história. E o nosso compromisso é termos um diálogo permanente com as entidades representativas do setor, para que possamos ter, acima de tudo, mais e melhor saúde pública no Brasil.

Sobre a campanha.

Em primeiro lugar, todas as últimas pesquisas têm apenas um traço em comum: o nosso crescimento. Recebo diariamente manifestações de vários Estados da Federação, agora mesmo de São Paulo, onde há um crescimento ainda maior da nossa candidatura, que apenas em uma semana avançou oito pontos. O crescimento também acontece em Minas Gerais. Estamos fazendo tracking em outros Estados brasileiros. Nosso crescimento é contínuo. Por quê? Porque chegou a hora da decisão. As pessoas estão refletindo sobre o que representa cada uma das candidaturas. E quando se elege um presidente da República está se optando por um governo, e as pessoas estão percebendo, sobretudo aquelas que querem mudanças, que se cansaram de tanto desgoverno, de tanto desrespeito, que se cansaram de ver a economia brasileira cada vez crescendo menos, e a inflação cada vez crescendo mais.

Se cansaram de ver um Brasil como um cemitério de obras inacabadas, se cansaram de ver os nossos indicadores sociais e da saúde, também, cada vez piores. Esse grande conjunto de brasileiros – são mais de 70% –, uma boa parte deles começa a perceber que a mudança consistente, a mudança de valores, a mudança com qualidade, a mudança com liderança para implementar as reformas, a mudança com coragem para enfrentar os contenciosos, está simbolizada na nossa candidatura.

Tenho absoluta confiança de que vamos, no dia cinco de outubro, a começar por Minas Gerais e no Brasil, estar no segundo turno. Em Minas Gerais, espero que com Pimenta da Veiga vencendo já no primeiro turno. Estamos percebendo que há um avanço da sua candidatura, e aquilo que o Brasil rejeitou Minas não quer.

Sobre a ida da Fiat para Pernambuco.

Quero aqui fazer uma palavra muito clara. Peço licença, porque fujo um pouco da nossa pauta da saúde que aqui hoje nos reúne, para dizer que li uma matéria hoje, num jornal de circulação nacional, em relação ao investimento da Fiat que deixou de vir para Minas Gerais. Quero dizer, como governador de Estado na época em que todos os entendimentos foram feitos entre mim e o presidente Marchionne – engenheiro Marchionne, presidente mundial da Fiat – para que a duplicação da unidade da Fiat ocorresse em Minas Gerais, isso tudo foi acertado, os protocolos foram assinados, e o governo do PT, no apagar das luzes do governo do presidente anterior, optou por criar condições para levá-la para outro Estado da Federação.

Não sou contra a descentralização do parque automotivo brasileiro. Acho importante que ele chegue a outras regiões do país. Mas aquele projeto, em especial, já estava assegurado para Minas Gerais. Como outros investimentos, como o polo acrílico assegurado para Minas Gerais. A grande verdade é que esses investimentos saíram daqui pela ação do governo federal do PT e sem que houvesse uma reação sequer das lideranças do PT de Minas Gerais. Sem que houvesse, repito, uma palavra de solidariedade a Minas Gerais por parte dessas lideranças, em especial daquele que hoje disputa o governo de Estado. Essa é a verdade. Vejo hoje uma matéria, anônima, um diretor que não se identifica. Pois desafio a qualquer diretor da Fiat dizer se estávamos ou não com os acordos prontos para que essa empresa, ou essa grande montadora, instalasse a sua expansão aqui em Minas Gerais e as razões pelas quais ela deixou Minas Gerais.

O que é mais lamentável é que, depois disso, eu fiz um enorme esforço no Congresso Nacional, liderei junto aos parlamentares, o governador Anastasia participou dessa reunião, o governador Alberto Pinto Coelho, estão todos aqui vivos. Participamos de uma negociação para que pelo menos as fornecedoras de autopeças para esta indústria, já que aindústria já tinha ido embora, as fornecedoras de autopeças pudessem se instalar no norte mineiro, no Vale do Jequitinhonha, nas regiões mais pobres de Minas Gerais, com as mesmas isenções fiscais, com as mesmas condições daquelas dadas ao Estado para onde a empresa foi.

Conseguimos aprovar isso contra a vontade do governo. Éramos minoria. Conseguimos aprovar a extensão dos benefícios para o Norte de Minas, para o Vale do Jequitinhonha, para o Vale do Mucuri. Isso significaria milhares de emprego naquela região. O que ocorreu? A presidente Dilma Rousseff vetou esses benefícios para as regiões mais pobres de Minas Gerais, mas ela não estava sozinha nesse veto. Está publicado no Diário Oficial. Acompanhava a presidente nesse veto o então ministro do Desenvolvimento Econômico, o senhor Fernando Pimentel. Assinou o veto que impediu que as regiões mais pobres de Minas Gerais recebessem esses investimentos e, portanto, empregos para a nossa gente. Essa é a realidade.

Estamos chegando em um momento de uma decisão que vai muito além da eleição de um partido, da derrota de outro partido. Estamos falando de uma oportunidade absolutamente extraordinária para Minas Gerais. A eleição de Pimenta Veiga é tão importante para Minas Gerais quanto a minha eleição, como é a de Anastasia. Por isso estou aqui hoje mais uma vez agradecendo essa manifestação extremamente emblemática dos médicos de Minas Gerais, da Associação Médica de Minas Gerais, como recebi em outros Estados, porque eles sabem que podem confiar na nossa parceria. Tenho muita, mas muita confiança mesmo, de que vamos ganhar em Minas Gerais e vamos ganhar no Brasil.

Sobre a expectativa para o debate da próxima quinta-feira (02/10).

Os debates são sempre oportunidades das pessoas se desnudarem, das pessoas mostrarem o que são e as suas convicções e, obviamente, têm que mostrar também a sua coerência, quando ela existe. Eu não compactuo com os ataques pessoais. Eu vejo as duas candidatas hoje brigando muito entre si. Eu quero brigar ao lado das pessoas. A minha participação no próximo debate será extremamente propositiva, mas também cobrarei coerência entre aquilo que se propõem hoje e aquilo que se praticou no passado. É muito fácil você dizer hoje frente às televisões para o Brasil inteiro, ‘quero controlar a inflação que saiu do controle nesse governo’. Eu sou do PSDB, lutamos e controlamos a inflação lá atrás. As duas candidatas estavam no PT combatendo o Plano Real. Se dependesse da sua ação, não teríamos controlado a inflação lá trás. A inflação estaria penalizando grande parte da população brasileira, principalmente, a população brasileira mais pobre.

Eu me lembro muito, como líder partidário na Câmara dos Deputados, o esforço para aprovarmos a Lei de Responsabilidade Fiscal, um marco definitivo nas administrações públicas brasileiras. Acabou com a farra, com a irresponsabilidade de prefeitos, de governadores, que passavam a seus sucessores dívidas impagáveis, que iam se acumulando. Qual era a consequência disso? Não tinha dinheiro para a saúde, não tinha dinheiro para a educação, para a segurança. As pessoas eram punidas. Porque a gente fala alguma coisa que tem um viés econômico, as pessoas não compreendem bem a importância disso. A Lei de Responsabilidade Fiscal garante mais saúde, mais investimento em educação, em segurança pública. Onde estava a candidata do PSB naquele instante? No Senado Federal, sabendo do que se tratava. Se levantou para votar a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal e contra a farra das administrações públicas? Não. Ela se levantou para votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O debate que faço é o debate político. Porque estou nesta caminhada e se estou fazendo esta caminhada com extrema determinação por todo o país, é porque tenho absoluta convicção de que para o Brasil o nosso projeto é o melhor. Eu não quero daqui a quatro anos, ao lado de vocês e de tantos brasileiros, estar vivendo uma nova frustração. Vou até o limite extremamente confiante, mas a minha confiança é cada dia maior também na nossa vitória em Minas Gerais. Minas não vai querer aquilo que o Brasil experimentou e não quer mais.

Sobre o Mais Médicos.

Ninguém vai acabar com o Mais Médicos. Eu vou acabar com a descriminação contra os médicos cubanos. Vamos permitir que eles recebam o que recebem os outros médicos, em uma nova negociação com a Opas. Mas isso é uma solução temporária, até porque os contratos são temporários. Vamos cuidar estruturalmente da saúde pública no Brasil.

Escândalo no PT: partido usa Correios para eleger Dilma e Pimentel

Deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou a “40%” das intenções de votos em Minas Gerais porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios.”

Ações ilícitas para conquistar votos

Fonte: Estadao de S.Paulo

Em vídeo, deputado diz que ‘tem dedo forte dos petistas dos Correios’ na campanha de Dilma

Em reunião em Minas, Durval Ângelo (PT-MG) atribui desempenho da presidente nas pesquisas de intenção no Estado à ‘contribuição’ da empresa; imagens foram obtidas pelo ‘Estado’

Veja gravação do vídeo emhttp://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,em-video-deputado-diz-que-tem-dedo-forte-dos-petistas-dos-correios-na-campanha-de-dilma,1568615

Numa reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, com a presença do presidente da empresa pública, Wagner Pinheiro, o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou a “40%” das intenções de votos em Minas Gerais porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios“. Um trecho gravado da reunião, realizada na última quinta-feira, foi obtido pelo Estado. “..Se hoje nós temos a capilaridade da campanha do [FernandoPimentel [candidato do PT ao governo de Minas] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios.” O deputado diz, ainda, que “a prestação de contas dos petistas dos Correios será com a vitória doFernando Pimentel a governador e com a vitória da Dilma“.

Todo discurso é acompanhado pelo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que não se manifesta no trecho ao qual o Estado teve acesso. Pinheiro está sentado à mesa ao lado do deputado Durval Ângelo e não o interrompe. O parlamentar, que integra o Diretório Nacional do PT e é coordenador político da campanha de Pimentel, pede ao presidente dos Correios que informe à direção nacional do partido sobre “a grande contribuição que os Correios estão fazendo” nas campanhas.

“… A Dilma tinha em Minas Gerais, em alguns momentos, menos de 30%. Se hoje nós estamos com 40% em Minas Gerais tem dedo forte dos petistas dos Correios. Então, queremos que você leve à direção nacional do PT, que eu também faço parte do diretório, mas também à direção nacional da campanha da Dilma, a grande contribuição que os Correios estão fazendo.” E prossegue: “Muitos companheiros tiraram férias, licença, que têm como direito, ao invés de estarem com suas famílias passeando, estão acreditando no projeto.”

O deputado diz, na gravação, ter uma “parceria antiga com gigantes que representam os Correios” e cita nominalmente o diretor regional dos Correios em Minas GeraisPedro Amengol, o assessor do gabinete da diretoria, Lino Francisco da Silva, e o gerente regional de vendas dos CorreiosFábio Heládio, os três ligados ao PT. ‘”…No dia da reunião que nós tivemos no hotel [da qual participou Pimentel], o Helvécio [Magalhães, coordenador da campanha do petista] falou: “Vou reunir com a equipe ainda esta semana e vamos liberar a infraestrutura. E, se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios.””

O deputado contou que várias reuniões foram realizadas no Estado por funcionários dos Correios para trabalhar pelas campanhas: “Os Correios trabalharam com as 66 mesorregiões [de Minas]. Fizemos reuniões em todas e nas macrorregiões, regiões assim como Governador Valadares, com 40 cidades, assim como 30 cidades do Sul, em Viçosa tinha 70 cidades. Onde eu tive perna eu fui acompanhando.”

Na última semana, o Estado revelou que os Correios abriram uma exceção para entregar, sem chancela, 4,8 milhões de folders da campanha de Dilma Rousseff no interior de São Paulo. A chancela ou estampa digital serve como comprovação de que o material entregue pelos carteiros foi realmente postado nos Correios e distribuído de forma regular, mediante pagamento. Dez partidos de oposição também foram beneficiados com a exceção para enviar 927,7 mil unidades sem chancela.

Outro lado. O presidente dos Correios afirmou, por meio da assessoria, que “os Correios não estão contribuindo com a campanha de qualquer candidato”. Ele confirmou que participou da reunião em Minas Gerais, na última quinta-feira, após cumprir agenda de trabalho na capital mineira – a sede dos Correios fica em Brasília. “A reunião não ocorreu durante o expediente e a empresa não custeou despesas relacionadas a ela.” A assessoria informou que “durante o período da tarde, o presidente participou de reuniões de trabalho na Diretoria Regional dos Correios de Minas Gerais e de evento do Plano de Demissão Incentivada para Aposentado dos Correios.”

deputado Durval Angêlo não respondeu aos telefonemas do Estado. A assessoria de campanha da presidente Dilma Rousseff, procurada, afirmou: “A campanha não mobiliza funcionários da empresa. A única relação da campanha com os Correios ocorre mediante prestação de serviços pagos, como já informado anteriormente ao Estado de S. Paulo”.

campanha de Pimentel afirmou que ele tem se reunido e recebido apoio de vários segmentos de servidores em Minas Gerais, incluindo dos Correios. “É algo corriqueiro na campanha”, afirmou a assessoria. Na última semana, por exemplo, o candidato esteve com funcionários da estatal num encontro organizado pelo diretor dos Correios em MinasPedro Amengol. “Demonstramos o apoio do coletivo de trabalhadores e trabalhadoras dos Correios que está organizado há mais de dez anos no estado”, afirmou Amengol, conforme noticiado no site da campanha. Procurado, Amengol não ligou de volta para o Estado.

IstoÉ/Sensus mostra empate técnico entre Aécio e Marina

Marina tem 25% das intenções de voto e Aécio 20,7%. Como a margem de erro é de 2,2%, ambos estão empatados tecnicamente.

Eleições 2014

Fonte: IstoÉ

Exclusivo

Empate na reta final

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que a sucessão presidencial será decidida no segundo turno e que Aécio e Marina chegam embolados na última semana de campanha

Os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) entram na semana que antecede o primeiro turno das eleições presidenciais em empate técnico. Essa é a principal constatação feita pela pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre o domingo 21 e a sexta-feira 26. Segundo o levantamento, Marina tem 25% das intenções de voto e Aécio 20,7%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2% para mais ou para menos, ambos estão empatados tecnicamente na briga por um lugar no segundo turno.

presidenta Dilma Rousseff (PT) conta com 35% e só não estará na segunda etapa da disputa se houver uma hecatombe nuclear sobre a sua campanha. A pesquisa mostra que tanto Dilma como Aécio acertaram nas estratégias adotadas nas últimas semanas. A presidenta reforçou os ataques contra Marina, exagerou na defesa de seu governo e intensificou as agendas públicas. Com isso, cresceu 5,3% durante o mês de setembro.

O senador mineiro procurou demonstrar as semelhanças entre Dilma e Marina, questionou a veracidade do que ambas mostravam em seus discursos e colocou-se como a alternativa mais segura para mudar os rumos do País. A estratégia lhe valeu um crescimento de 5,5 pontos percentuais nos últimos 30 dias.

Já Marina apostou em se colocar como vítima de uma campanha que chama de “difamatória” e adotou um tom emocional tanto em entrevistas como nos palanques. Não conseguiu explicar as contradições de seus discursos e perdeu 4,5 pontos percentuais em menos de um mês. “Pela primeira vez se constata a situação de empate técnico entre Marina eAécio. O senador mineiro chega na reta final com tendência de crescimento e a ex-senadora com tendência de queda”, diz Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.

A pesquisa ouviu dois mil eleitores de 24 Estados e também constatou um significativo aumento no índice de rejeição da candidata Marina Silva. No início do mês, 22,3% dos eleitores diziam que não votariam em Marina de forma alguma. Na semana passada esse índice saltou para 33%, superando a rejeição ao senador tucano que variou de 31,5% para 31,9%.

A rejeição à presidenta continua na casa dos 40%, o que, segundo Guedes, é um empecilho à reeleição. “O aumento da rejeição a Marina, já superior ao de Aécio, é outro dado que permite afirmar que permanece aberta a possibilidade de um segundo turno entre PT e PSDB”, avalia Guedes. Segundo ele, a candidata do PSB entrou na disputa com um forte apelo emocional, mas com o passar do tempo o eleitor passou a enxergar sua candidatura de forma mais racional. O levantamento realizado em 136 municípios de cinco regiões mostra em um eventual segundo turno com AécioDilma somaria 43,4% dos votos contra 38,2% se a disputa fosse realizada agora.

No cenário de segundo turno entre Dilma e Marina haveria empate, com 40,5% para Dilma e 40,4% para Marina.

As tendências mostradas pela última pesquisa ISTOÉ/Sensus confirmam os dados levantados diariamente pelas campanhas dos três principais candidatos. E é com base nesses números que são traçados os planos para os dias que antecedem o primeiro turno. No PT, a palavra de ordem é manter os ataques contra a candidatura de Marina e intensificar a mobilização dos militantes para atos de rua nas principais cidades do País. No QG de Dilma há a avaliação de que, como as principais lideranças no partido não têm obtido bons resultados em seus Estados, é necessário ocupar as praças para manter um crescimento na última semana. Os caciques petistas avaliam que é possível sair das urnas com cerca de 40% dos votos.

Nesses últimos dias de campanha antes do primeiro turno, os tucanos, comandados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, preparam uma ofensiva nos maiores colégios eleitorais do País. Aécio, que na última semana esteve sete vezes em Minas, irá ficar mais tempo nas ruas.

Em São Paulo, os eventos ao lado do governador Geraldo Alckmin serão quase diários. No Estado com o maior número de eleitores, os tucanos lideram a disputa e o governador deverá ser reeleito no primeiro turno. Aliados de Aécio também têm chances de sair vitoriosos já no domingo 5 no Paraná, no Pará, em Goiás e na Bahia. Segundo FHC, é possível que essas lideranças regionais consigam transferir uma grande quantidade de votos para Aécio na reta final da campanha.

No PSB, a proposta é sair da defensiva para procurar estancar a perda de votos verificada nas últimas semanas. Para tanto há um esforço para procurar não contaminar a campanha com a divisão interna que vem ocorrendo no partido.

Com fragilidade nos palanques regionaisMarina deverá usar os últimos programas no horário eleitoral e os debates nas tevês para fazer críticas ao governo de Dilma e à polarização PT/PSDB, que pauta as disputas presidenciais desde 1994. No lugar de vítima dos ataques dos adversários, Marina tentará se posicionar como uma real terceira via, repetindo o discurso que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos entoou no início da campanha.

Apesar de as tendências já estarem postas, de acordo com Ricardo Guedes, não será surpresa se durante esta semana as pesquisas mostrarem movimentos bastante acentuados por parte dos eleitores. Ele avalia que, ao contrário do que ocorreu em eleições anteriores, os eleitores só agora, na reta final, passaram a observar melhor os candidatos e as escolhas não têm seguido uma lógica partidária. “O brasileiro quer mudar, mas não quer embarcar em aventuras”, conclui.

IstoÉ/Sensus: Aécio empatado tecnicamente com Marina

Aécio diz que vai assegurar maior participação dos Estados e dos municípios

Aécio: “Venho reiterar meus compromissos, em primeiro lugar com a Federação, com a recuperação da capacidade dos municípios e dos Estados.”

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

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Aécio convoca mudança pelo Brasil

Serei o presidente da Federação, afirma Aécio Neves

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda BrasilAécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (25) em Santa Maria (RS), a 293 quilômetros de Porto Alegre (RS), que será “o presidente da Federação”. Aécio assumiu o compromisso de assegurar, em seu governo, maior participação dos Estados e dos municípios.

Em entrevista na chegada a Santa Maria, onde participou de uma caminhada pelo centro comercial da cidade, Aécio ressaltou que há necessidade de aprovar um conjunto de medidas para beneficiar Estados e municípios.

“Eu venho [a Santa Maria] reiterar os meus compromissos, em primeiro lugar com a Federação, com a recuperação da capacidade dos municípios e dos Estados enfrentarem as suas dificuldades”, destacou.

Desonerações

O candidato citou como exemplo de medida necessária uma proposta que impede que as desonerações do governo federal em determinados setores da economia incida sobre a parcela da receita dos Estados e municípios. Para ele, essas desonerações não podem impactar na receita dos outros entes da federação.

Aécio lembrou que, como parlamentar, viabilizou a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que permite o aumento do repasse do Fundo de Participação dos Municípios.

O candidato reafirmou o compromisso de substituir o fator previdenciário por um mecanismo que não puna os aposentados, assim como pretende adotar medidas que garantam o aumento real do salário mínimo e corrijam a tabela do Imposto de Renda.

Caminhada

Ao chegar a uma rua comercial de Santa Maria para a caminhada, o candidato foi recepcionado com palavras de apoio e pedidos para posar para fotografias. Aécio fez selfies com vários funcionários de uma loja, conversou com eleitores e, ao final, subiu em um carro de som para fazer uma saudação.

Sob aplausos, Aécio disse ter chegado a “hora da virada, a hora de o Brasil construir o caminho da decência e da eficiência”. Estava ao lado de Ana Amélia, candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e Simone Leite, que concorre ao Senado.

Otimista com a perspectiva de ir ao segundo turno e vencer a disputa presidencialAécio afirmou que sua visita ao sul do país ocorre no momento de sua recuperação nas pesquisas de intenção de voto. “Vamos ter um grande resultado, um resultado que permitirá um governo da ordem, do respeito às regras de mercado e à segurança jurídica”, ressaltou.

Em Santa Maria, a base militar mantém aviões não tripulados e um centro que prepara instrutores de veículos blindados. O candidato fez uma referência às Forças Armadas, lembrando que estão “sucateadas” e que precisam ter um “plano de investimentos e de profissionalização, de médio e longo prazo”.

Pesquisas do Ibope: Aécio sobe nos maiores colégios

Pesquisas do Ibope mostram redução dos índices da candidata nos 8 Estados com mais eleitores, onde vivem 70% dos votantes.

Eleições 2014

Fonte: O Estado de S.Paulo

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Marina perde fôlego nos maiores colégios

As mais recentes pesquisas do Ibope sobre a corrida presidencial nos oito maiores Estados do Brasil, que concentram quase 70% do eleitorado nacional, trouxeram más notícias para a campanha de Marina Silva: a candidata do PSB caiu ou oscilou para baixo em todos eles.

São Paulo é o Estado em que a queda foi das mais expressivas: em duas semanas, a taxa de intenção de votos de Marina passou de 38% para 32%. Em números absolutos, é como se a candidata do PSB tivesse perdido 1,6 milhão de eleitores, ou 115 mil por dia – o cálculo leva em conta o tamanho do eleitorado paulista e a taxa de abstenção verificada há quatro anos.

Apesar do recuo, Marina ainda lidera no maior colégio eleitoral do País. A presidente Dilma Rousseff, provável adversária da candidata do PSB no segundo turno, ficou estagnada, com 25%, enquanto o terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), subiu quatro pontos porcentuais.

Na Bahia, quarto maior eleitorado, Marina tinha 28% das preferências há duas semanas – agora, a taxa passou para 23%. Lá, Dilma oscilou de 50% para 52% e ampliou a vantagem sobre a adversária de 22 para 29 pontos.

No Ceará, a queda de Marina foi de seis pontos (de 25% para 19%), mas o intervalo entre as pesquisas da série é maior: três semanas. No Estado, oitavo no ranking do eleitorado, Dilma têm 61% – um de seus três melhores desempenhos no País.

Há um equilíbrio entre as duas adversárias em Pernambuco, Estado onde Marina herdou a maior parte do eleitorado do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto, mas que também é um dos principais redutos do PT e terra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma semana, Dilma manteve os 39%, enquantoMarina oscilou para baixo, de 40% para 38%.

A candidata do PSB também perdeu pontos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e no Paraná. Na última pesquisa nacional do Ibope, divulgada na terça-feira, a candidata do PSB oscilou de 30% para 29% em uma semana.

Conjunto. A consolidação das pesquisas do Ibope em todas as 27 unidades da Federação resulta em uma amostra nacional de 30 mil entrevistas – que foram devidamente ponderadas de acordo com o tamanho do eleitorado de cada Estado e a respectiva taxa de abstenção na eleição de 2010. Essa amostra expandida aponta Dilma com 37%, Marina com 27% eAécio com 17%.

Por essa projeção, a candidata do PT terminaria o primeiro turno com 43 milhões de votos, contra 32 milhões da concorrente do PSB e 20 milhões do tucano. Mas, como a evolução das intenções de voto têm mostrado, esses números devem mudar até o dia da eleição.

A pesquisa mais antiga entre as 27 unidades foi feita em 1.º de setembro, em Sergipe, e as nove mais recentes, na segunda e terça-feira passadas. Foram os casos das sondagens feitas justamente em alguns dos maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas, Rio, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará – além de Santa Catarina e Distrito Federal.

Projeções. A planilha permite fazer projeções para o 2.º turno. Se a disputa se confirmar entre Dilma e Marina, quem terá mais chances de ser eleita? Isso vai depender, basicamente, de dois fatores: a vantagem que uma colocar sobre a outra no 1.º turno e o quanto cada uma vai converter de votos de Aécio.

No cenário atual, com Dilma abrindo 11 milhões de votos sobre Marina em 5 de outubro, a candidata do PSB precisaria converter mais de 70% dos apoiadores do tucano em eleitores seus no 2.º turno e torcer para que a petista não transforme mais do que 15% de quem votou em Aécio em neodilmistas no turno final. É mais do que Marina conseguiria hoje.

Segundo a pesquisa nacional do Ibope divulgada na terça-feira, Marina está convertendo 51% dos eleitores tucanos em seus eleitores na simulação de segundo turno contra Dilma. Pior para ela, essa taxa vem caindo nas últimas semanas: chegou a ser de 66% no começo de setembro. Dez dos 15 pontos que Marina perdeu migraram para o contingente de quem pretende anular ou votar em branco, e o resto tornou-se indeciso.

Já a taxa de conversão de Dilma tem se mantido constante. Desde o fim de agosto, a presidente tem conseguido converter de 15% a 18% de quem prefere Aécio no 1.º turno em eleitores que votariam nela no turno final contra Marina. Ou seja: quanto maior for a vantagem que a presidente abrir sobre a rival em 5 de outubro, mais difícil será para Marinavirar 21 dias depois.

Mensalão: Lula foge da PF e não atende convite para depoimento

Mensalão: PF tenta há sete meses ouvir Lula nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 por Marcos Valério.

Sem esclarecimento: Mensalão do PT e o envolvimento de Lula

Fonte: Folha de S.Paulo

Polícia tenta ouvir Lula há sete meses sobre o mensalão

Ex-presidente não atende convite por temer que teor de depoimento vaze para imprensa durante a campanha

Objetivo da polícia é ouvir petista sobre acusações feitas pelo empresário Marcos Valério em 2012

Polícia Federal tenta há sete meses ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 pelo operador condenado no mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza.

Segundo a Folha apurou, Lula foi convidado a ajudar na apuração em fevereiro deste ano. Não se trata, portanto, de intimação.

Apesar de reiterado algumas vezes, o convite ainda não foi atendido por temor de que o interrogatório seja vazado à imprensa – ainda mais em um ano eleitoral.

Pessoas próximas ao ex-presidente argumentam que o petista fez chegar à PF, por meio de representantes, o recado de que está disposto a colaborar com as investigações, mas teme que um depoimento agora seja explorado politicamente por adversários.

A delegada Andrea Pinho, responsável por apurar em Brasília denúncias feitas por Valério sobre um suposto envolvimento do ex-presidente no mensalão, negocia, sem sucesso, um encontro com o petista desde fevereiro.

Nos últimos meses, a cúpula da PF mostrou-se dividida em relação ao interrogatório de Lula.

Alguns acreditavam ser inócuo o depoimento do ex-presidente, que poderia recorrer ao direito de falar somente na Justiça caso as investigações se transformem em ações penais. Outros insistiam no seu comparecimento, argumentando ser possível assegurar sigilo absoluto em relação ao conteúdo das declarações prestadas.

Lula não foi intimado pela delegada e, se depender da vontade do comando da polícia, não o será. Na avaliação interna, tal medida seria exagerada.

Em setembro de 2012, Marcos Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas.

Valério acabou sendo condenado a mais de 40 anos de prisão por diversos crimes, entre eles lavagem de dinheiro. No depoimento de 2012, ele acusou Lula de saber da existência do mensalão e de ter se beneficiado pessoalmente do esquema.

Entre as alegações, afirmou ter repassado cerca de R$ 100 mil por meio de uma empresa de um ex-assessor de Lula para pagar despesas pessoais do então presidente em 2003.

Afirmou, ainda, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci intercederam junto à companhia Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT.

As declarações de Valério se transformaram em pelo menos dois inquéritos policiais, que tramitam em Brasília e Minas Gerais. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Desses, pelo menos dois já foram arquivados.

A delegada Andrea Pinho foi removida do cargo que ocupava na Superintendência da PF em Brasília em fevereiro, mas continuou à frente da investigação.

Procurado, o Instituto Lula não se pronunciou.

Marina Silva voou 10 vezes na aeronave que caiu em Santos

Velha política: as viagens da candidata podem atrapalhar estratégia do PSB, que busca desvinculá-la formalmente da aeronave.

Eleições 2014

Fonte: O Globo 

Marina voou 10 vezes em jato que caiu em Santos e matou Campos

Partido tenta desvincular candidata da aeronave, cuja compra é investigada pela PF

candidata à Presidência Marina Silva (PSB) voou dez vezes na aeronave Cessna PR-AFA, cuja doação à campanha é investigada pela Polícia Federal. O GLOBO teve acesso a registros de pousos e decolagens do jato no período em que esteve à disposição da candidatura de Eduardo Campos e Marina. As viagens da candidata podem atrapalhar a estratégia do PSB, que, desde o início das investigações, busca desvinculá-la formalmente da aeronave.

Especialistas em Direito Eleitoral argumentam que eventuais irregularidades podem atingi-la, apesar da morte de Campos. A coordenação jurídica da campanha discorda. A lista de viagens de Marina foi obtida a partir do cruzamento dos compromissos oficiais da candidata com voos realizados e dados fornecidos pela própria campanha do PSB.

PF investiga a compra do jato e também o pagamento de despesas operacionais, quando ela já estava sendo utilizada. Esses gastos foram pagos por uma empresa de fachada.

Em vez de declarar a doação nas prestações de contas parciais, como determina a legislação, o PSB deixou para declarar apenas em novembro, o que também contraria a lei.

Marina usou o jato pela primeira vez no fim de maio, para participar, em Goiânia (GO), de seminário do partido. Em junho, voou quatro vezes, passando por Goiânia, Brasília, Maringá e Londrina. No fim de julho, participou de ato em Vitória (ES). Em agosto, voou outras quatro vezes, ao Rio, a Brasília e a São Paulo. O jato caiu em 13 de agosto, matandoCampos e seis assessores.

Segundo o PSB, o avião havia sido emprestado pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieira. As despesas operacionais também seriam pagas por eles. Para a doação ser legal, o valor não poderá ultrapassar 10% do rendimento declarado dos dois em 2013.

PARA ESPECIALISTA, CHAPA É ‘ÚNICA E INDIVISÍVEL’

Especialista em Direito Eleitoral, o advogado Arthur Rollo lembra que o registro de candidaturas ocorre em “chapa única e indivisível”.

— A Marina era vice quando o avião caiu. Qualquer problema com a cabeça da chapa também afeta o vice. Se houver processo, não será contra a chapa atual, mas a anterior.

O coordenador jurídico da campanha de Marina, Ricardo Penteado, discorda. Para ele, mesmo usando o jato, Marina não pode ser responsabilizada.

— O avião estava emprestado para o Eduardo, não para a Marina. Se eu pegar um táxi no aeroporto e te der uma carona até a cidade, o que você terá a ver com minha relação com o taxista? — questiona.

Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB, Norberto Campelo diz que o desconhecimento de Marina sobre a doação poderá “eximi-la de responsabilidade”. Mas, para ele, no contexto da análise da prestação de contas de Campos, candidatos são corresponsáveis.

— Se constatada irregularidade, ela e o partido respondem.