Aécio tem grande margem de crescimento, diz Datafolha

Recorte aprofundado da última pesquisa mostra que 46% do eleitorado dificilmente votaria em Dilma.

Eleições 2014

Fonte: Folha de S.Paulo

Datafolha mostra que 46% do eleitorado dificilmente votaria em Dilma; no caso do tucano, esse índice é de 27%

Além dos que já se decidiram, eleitores que podem votar em Dilma somam 15%; são 36% no caso de Aécio

Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17) mostra a possibilidade de uma reedição, em 2014, da polarização entre PT e PSDB que marcou as últimas eleições presidenciais no Brasil.

No cenário do primeiro turno, Dilma Rousseff (PT) tem 36%; Aécio Neves (PSDB), 20%; e Eduardo Campos (PSB), 8%. Mas Aécio e Campos são os que têm hoje maiores chances de crescer.

As três últimas eleições para presidente foram vencidas pelo PT, contra o PSDB, no segundo turno. Entre 2002 e 2010, os tucanos avançaram regionalmente a cada pleito.

Caso a polarização se consolide (com Campos não conseguindo desfrutar do seu potencial), Aécio tem mais chances de ganhar eleitores do que Dilma.

Pelo último Datafolha, em um segundo turno entre os dois melhores colocados hoje (Dilma e Aécio), eles estariam empatados na margem de erro de dois pontos do levantamento, com 44% e 40%, respectivamente.

Mas um recorte aprofundado da pesquisa mostra que 46% do eleitorado dificilmente votaria em Dilma. Esses eleitores, batizados de “causa perdida”, dizem conhecer a petista, mas que não votariam nela de jeito nenhum.

Aécio tem um percentual mais baixo de eleitores “causa perdida” (27%); e Campos, ainda menor (19%). Ou seja, ambos têm, por enquanto, mais chances de atrair eleitores do que Dilma.

Somados, os eleitores que têm “alto potencial” ou “médio potencial” de votar em Dilma (além dos que já pretendem fazer isso) são apenas 15% do total. Eles chegam a 36% no caso de Aécio e a 44% no de Campos.

São qualificados como “potenciais eleitores” os que conhecem o candidato, cogitam votar nele e não o rejeitam necessariamente.

Esse tipo de recorte em pesquisas eleitorais é bastante usado nos EUA, onde os chamados “swing states” (Estados pêndulo) costumam decidir as eleições por margens muito apertadas.

Os candidatos se utilizam desse tipo de recorte justamente para focar recursos e presença onde têm mais potencial de crescimento.

No caso dos três líderes na atual corrida, o maior potencial de crescimento de Dilma está no Nordeste (18%); de Aécio, no Sul e Centro-Oeste (41%); e o de Campos, no Centro-Oeste (56%).

No geral, a não repetição do padrão das últimas eleições (de um embate direto entre PT e PSDB no segundo turno) dependerá, basicamente, do comportamento de Campos, que tem uma “avenida” para crescer.

“Campos tem grande potencial, mas precisará de uma comunicação eficiente para transformar isso em voto, e não deixar que se repita o padrão petistas contra tucanos das últimas eleições”, diz Alessandro Janoni, diretor de Pesquisas do Datafolha.

Segundo as regras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no primeiro turno Dilma terá cerca de 11min48s de tempo no horário eleitoral; Aécio, 4min31s; e Campos, 1min49s.

Caso a disputa acabe indo para o segundo turno, os dois primeiros colocados dividirão igualmente o tempo de 20 minutos na TV.

Candidato da mudança: Aécio cresce, aponta Datafolha

Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres, revela dados do Datafolha.

Pesquisa Datafolha

Fonte: Jogo do Poder

Aécio já empata com Dilma no Sudeste e se fortalece como candidato da mudança

pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (09/05), mostra que o senador Aécio Neves (PSDB) já empata com a presidente Dilma Rousseff (PT) na região Sudeste, na qual estão os três maiores colégios eleitorais do Brasil (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

O site do instituto descreve assim a situação: “O pré-candidato tucano tem seu melhor índice no Sudeste (27%), onde empata com a petista (30%) na primeira colocação”.   Confira aqui.

Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, há um quadro de empate técnico entre Aécio e Dilma na região Sudeste.

Datafolha mostra também que, ao contrário do que os adversários divulgam, Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres. Diz o site do instituto: “A análise por nível de escolaridade mostra que Aécio ganhou pontos, principalmente, entre os que estudaram até o ensino fundamental (foi de 12% para 18% entre abril e maio) (…) oscilando entre os que estudaram até o ensino médio (de 17% para 21%). Foi justamente entre os que estudaram até o ensino fundamental que a petista sofreu seu maior recuo (de 47% para 42%) (…).

Diretor do Datafolha: “Aécio quebrou o marasmo da oposição”

Segundo o sociólogo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, “Aécio Neves quebrou o marasmo da oposição”. Confira a análise que ele fez do desempenho de Aécio na pesquisa: “O mineiro passou a ser um pouco mais conhecido, dobrou suas menções espontâneas de intenção de voto, turvou, por enquanto, o cenário de reeleição de Dilma no primeiro turno, melhorou seu desempenho numa hipótese de segundo turno e cresceu mais do que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) no quesito candidato da mudança”.

A pesquisa revela que, pela primeira vez, Aécio supera Dilma Rousseff em intenção de voto entre os eleitores que dizem querer mudanças no próximo governo. Diz a Folha: “Dentro do grupo de entrevistados que afirmam esperar ações diferentes do Palácio do Planalto a partir de 2015, a petista oscilou para baixo, passando de 25% em abril para 24% na última pesquisa. Já Aécio subiu de 21% para 26% nesse segmento”. Com 26%, Aécio tem o dobro de Eduardo Campos (13%) na identificação com a mudança.

Considerando-se todas as regiões brasileiras, o levantamento mostra o crescimento de Aécio e fortalece o cenário de um segundo turno nas eleições presidenciais. Os dados também confirmam a tendência de crescimento de Aécio detectada por outros institutos, recentemente.

Os resultados para o Brasil foram os seguintes: Dilma (37%), Aécio (20%) e Eduardo Campos (11%). Dos três nomes, Aécio é o que tem menor rejeição. O senador mineiro ainda tem muito espaço para crescer, uma vez que nada menos que 22% dos entrevistados não o conhecem, e outros 36% apenas “ouviram falar” dele (somando-se, são 58% dos eleitores).

Alianças 2014: Aécio antecipa com DEM e PMDB na Bahia

Senador tucano marcou para final de maio a definição dos nomes que comporão chapa que disputará em outubro a Presidência da República.

Alianças 2014

Fonte: Jogo do Poder 

Aécio reúne tucanos em São Paulo e antecipa aliança com DEM e PMDB na Bahia

“Os palanques estão se solidificando. É hora de avançarmos”, diz presidente do PSDB

presidente nacional do PSDBsenador Aécio Neves, reuniu-se, nesta quinta-feira (10/04), com a bancada tucana em São Paulo. No encontro, o senador destacou a importância de São Paulo na construção do projeto nacional do partido nas próximas eleições e anunciou a aliança firmada entre o PSDBDEM e o PMDB nas eleições estaduais na Bahia.Aécio Neves disse que trabalha pela união de forças políticas em todo país.

“Acabamos de fechar uma chapa extremamente forte na Bahia, o quarto colégio eleitoral da Bahia que terá como candidato a governador, o ex-governador Paulo Souto e, como candidato ao Senado, o companheiro ex-deputado Geddel Vieira Lima. Uma aliança do PSDB, do Democratas e do PMDB, que é uma demonstração de que também teremos apoio de siglas dissidentes do governo, que hoje apoiam o governo da presidente Dilma, mas que, em determinados estados, teremos apoio de segmentos dissidentes. Os palanques estão se solidificando. É hora de avançar”, disse Aécio Neves em entrevista.

O senador tucano marcou para o final de maio a definição sobre os nomes que comporão a chapa que disputará em outubro a Presidência da República. “Este é o mês das definições. A partir do final de maio, a chapa será apresentada”, afirmou.

Aécio Neves almoçou com os parlamentares tucanos em São Paulo (SP). Participaram do encontro o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, o secretário-geral do partido, Mendes Thame (SP), o vice-presidente do PSDB nacional, Alberto Goldman, os deputados estaduais João Caramez, Orlando Morando, Pedro Tobias, Carlos Bezerra Jr., Ramalho da Construção, Fernando Capez, Hélio Nishimoto, Barros Munhoz, Bruno Covas, Orlando Morando e Rubens Cury, subsecretário de relacionamento com municípios da Casa Civil de SP.

CPI da Petrobras
Aécio Neves reiterou as críticas à condução da discussão sobre a instauração da CPI da Petrobras no Senado. Segundo ele, a iniciativa do presidente do SenadoRenan Calheiros (PMDB-RN) de encaminhar o debate para a Comissão de Constituição e Justiça foi equivocada.

“Essa decisão do Renan é equivocada, é uma nódoa que ele deixa na sua história pessoal e na história do Senado Federal. E não se investigará mais nada. E isso é extremamente grave”, afirmou o ex-governador de Minas.

Aécio Neves lembrou que há um mandado de segurança impetrado pela oposição no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a abertura da CPI da Petrobras. O senador disse ter certeza de que, uma vez instalada a CPI da Petrobras, o governo tentará manobrar para impedir as apurações.

“Neste momento todas as nossas fichas estão nas mãos do Supremo. Existem denúncias muito graves em relação à Petrobras. A população quer saber o que aconteceu lá, e eu acho que nós, da oposição, estamos fazendo o que devemos fazer”, afirmou o senador.

Descontrole

Para Aécio Neves, o governo federal vive um momento de descontrole. “O temor do governo, e temos hoje um governo à beira de um ataque de nervos, está fragilizando o Congresso de forma definitiva. É contra isso que estamos nos levantando. Usar uma ‘CPI Combo’ para impedir a investigação da Petrobras é um ato de desrespeito à sociedade brasileira e de um autoritarismo que me lembra os tempos de AI-5”, afirmou.

Aécio: não importa se o candidato do PT for Lula ou Dilma

Aécio Neves: “quero derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciar um novo ciclo de meritocracia”, afirmou sob aplausos.

Aécio Neves em encontro com empresários

Fonte: O Globo

Aécio diz que não se importa se o candidato do PT for Lula ou Dilma

A empresários, pré-candidato tucano diz que, se eleito, vai cortar pela metade o número de ministérios

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, adotou um discurso para tentar convencer os seus colegas de partido de que uma eventual volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é uma ameaça. Em palestra nesta segunda-feira para empresários em São Paulo, o tucano disse que não se importa com o adversário na eleição.

– Para mim, não me importa se o ex-presidente Lula, se é a presidente Dilma, o que eu quero é derrotar o modelo que não vem fazendo bem ao Brasil e iniciarmos um novo ciclo de meritocracia no país – afirmou, sob aplausos dos presentes ao encontro do Lide, grupo liderado pelo empresário João Dória Jr.

Aécio acrescentou que os petistas tem afirmado, sem constrangimento, a possibilidade de Lula voltar por causa do “momento de turbulência” do país. A fala serve como um espécie de vacina para evitar o pessimismo tanto de seus eleitores como de correligionários caso troca de Dilma por Lula se concretize.

– Nossa disputa não é pessoal. É contra essa modelo que está aí. Eu não temo essa eleição qualquer que seja o nosso adversário – declarou.

O senador tucano garantiu que se eleito reduzirá pela metade os atuais 39 ministérios.

– Num futuro governo do PSDB, acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária – disse o senador, que anunciou ainda que começará a escalar os integrantes de seu eventual governo a partir de julho.

Aécio também falou em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e investir em Parcerias Público Privadas (PPP). Também afirmou que irá aprimorar o Bolsa Família com a concessão, por exemplo, de bônus a beneficiários que fizerem curso de qualificação profissional.

Mais tarde, ao responder a perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses cargos em comissão”.

O senador defendeu regras mais claras para o acesso a empréstimos do BNDES.

– Eu gosto muito dos juros do BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia dúzia de escolhidos – disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.

Ao falar da crise da Petrobras, disse que, se eleito, passará o “país a limpo”.

Assim como fez o seu provável adversário do PSBEduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou preocupação de que seja feito “terrorismo” com a possibilidade de fim do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais que entrarem em um programa de requalificação profissional.

– A grande diferença é que para nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.

Eleições 2014: Aécio e Alckmin definem alianças

Eleições 2014: Geraldo Alckmin disse que não há nada definido sobre eventual aliança com o PSB em torno da candidatura à reeleição.

Aliança entre PSDB e PSB

Fonte: Valor Econômico 

Aécio e Alckmin se reúnem em SP

Depois de uma semana com declarações públicas que conturbaram a relação entre PSDB e PSB, duas das principais lideranças do PSDB colocaram o pé no freio na discussão sobre a aliança entre os partidos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que não há nada definido sobre uma eventual aliança com o PSB em torno de sua candidatura à reeleição, e o senador Aécio Neves (MG), provável candidato à Presidência, evitou comentar o assunto.

Eles se reuniram ontem no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e discutiram, entre outros temas, “uma radiografia das alianças” que o PSDB busca fazer nos Estados, disse Aécio. Segundo ele, o PSDB terá candidatos, próprios ou coligados, “em mais de 20 Estados”, e o quadro a alianças é “favorável”.

“Estaremos competitivos em praticamente todos os Estados. Teremos candidaturas a governador em maior número que qualquer outro partido”, disse ele, acrescentando que a palavra de Alckmin sobre o assunto é importante.

PSDB e PSB costuram alianças em vários Estados, mas a parceria está ameaçada por conta de restrições da ex-ministra Marina Silva, que se filiou ao PSB e não quer que o partido apoie Alckmin. Durante a semana, interlocutores dos dois partidos falaram sobre o assunto.

Na terça-feira, Aécio disse que o principal prejudicado pelo rompimento da aliança em São Paulo e em alguns Estados seria o PSB, opinião sustentada pelo presidente do estadual do PSB e deputado federal Márcio França (SP). Em resposta, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Aécio perdeu “ótima oportunidade de ficar calado”.

Ontem, Aécio não quis comentar as declarações de Amaral e disse que o conhece “muito pouco”. “A minha interlocução com o PSB é feita prioritariamente com o presidente do partido [Eduardo Campos]“, disse Aécio, acrescentando que a relação com o PSB é “positiva”. ”A minha relação com o governador Eduardo é uma relação antiga, que precede candidaturas.”

Alckmin evitou criar novos conflitos. Questionado sobre como está a questão da aliança em torno de sua reeleição, disse que o assunto não foi discutido. O discurso de Alckmin vai na linha da declaração feita no começo da semana pelo governador de Pernambuco e presidente do PSBEduardo Campos, que disse não haver definição sobre a política de alianças nos Estados. Campos também afirmou que a parceria com Marina Silva continua sólida.

“Primeiro precisa definir o candidato [ao governo de São Paulo], e definição de candidato é só mais à frente, não há candidatura hoje”, disse ontem Geraldo Alckmin aos jornalistas após a reunião com Aécio Neves. ”Depois se definem as alianças. Não há hipótese de se definir aliança no começo do ano.”

Questionado sobre quando encontraria CamposAlckmin disse que “não tem nada marcado, mas quando ele vier à província de Piratininga, a gente toma um café”.

Aécio Neves: Caixa confiscou poupadores

Senador Aécio Neves disse que contabilidade criativa da Caixa promoveu confisco e apropriação indébita de recursos privados.

PSDB pede esclarecimentos à direção da Caixa Econômica Federal

Fonte: O Globo

Aécio: Caixa confiscou recursos de poupadores ao encerrar contas

PSDB e DEM pedirão convocação de Hereda e Mantega. PT não comenta

presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acusou o governo e a direção da Caixa Econômica Federal de terem agido, “no mínimo, com esperteza”, ao se apropriar dos recursos de 525.527 contas de poupadores brasileiros para “turbinar” e “maquiar” as contas da Caixa. Ele disse que mais uma instituição pública brasileira está sendo jogada no descrédito e que o presidente Jorge Hereda é reincidente, pois teria sido responsável pelo tumulto provocado por mudanças no pagamento do programa Bolsa Família.

Aécio exigiu explicações do governo em relação ao que chamou de confisco e apropriação indébita de recursos privados ao encerrar, sem um edital de convocação dos correntistas, as mais de 525 mil contas poupança da Caixa, com posterior uso do dinheiro para inflar em R$ 420 milhões os lucros da empresa em 2012. A Caixa informou outro número de poupadores. Segundo a instituição, foram 496.676 contas com CPF ou CNPJ irregulares.

– Esse episódio é extremamente grave. Uma apropriação indevida, um verdadeiro confisco da poupança de inúmeros brasileiros sem que eles fossem adequadamente comunicados. Que mostrem o edital convocando esses correntistas para sanar as eventuais ilegalidades nessas contas – disse Aécio.

O presidente do PTRui Falcão, disse que não vai responder ao senador.

PSDB entrou com um pedido para que o Ministério Público Federal avalie se a operação configura crime de gestão temerária financeira, com anuência da diretoria da Caixa, do Conselho Deliberativo e do Ministério da Fazenda. O partido também pediu ao Ministério Público que entre com ação civil pública para garantir a defesa dos correntistas eventualmente lesados. Em outra frente, assim que o Congresso retornar do recesso parlamentar, em conjunto com o Democratas, o PSDB vai tentar aprovar requerimentos de convite e convocação de Hereda, do ministro Guido Mantega, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e do controlador geral da União, Jorge Hage.

CAIXA E FAZENDA NÃO COMENTAM

Aécio também enviou um requerimento de informações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o que chamou de “lucro fraudulento”. O presidente do PSDB solicitou informações sobre as irregularidades dos correntistas prejudicados e o número de contas encerradas pela Caixa desde a resolução de 1993, que autoriza o procedimento, assim como provas de que os poupadores foram comunicados das falhas em suas contas:

– A intenção foi confiscar. Houve, no mínimo, uma esperteza. Talvez seguindo o exemplo que vem de cima, o governo federal tenha estimulado essa criatividade para apresentar números cada vez mais inflados. Isso só serve para minar cada vez mais a credibilidade e afugentar parcerias com empresas lá fora e afetar, lá na frente, o grau de risco.

Ele relacionou o fato à credibilidade do Brasil, que estaria em decadência, segundo o provável candidato do PSDB à Presidência da República. A Caixa e o Ministério da Fazenda preferiram não comentar as declarações.

Aécio presidente: candidatura deve ser confirmada em março

Aécio presidente 2014: senador disse que pretende resolver nestes primeiros meses questões chave para sua candidatura à Presidência.

Eleições 2014

Fonte: Valor Econômico 

Candidatura de Aécio deve ser confirmada em março

Por Marcos de Moura e Souza

senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que pretende resolver nestes primeiros meses do ano algumas questões chave para sua candidatura à Presidência da República. A primeira delas é a própria confirmação de seu nome como o candidato do PSDB. A data ideal, segundo ele, é março. No partido há também, segundo Aécio, consenso de que não será possível esperar mais.

Mas antes, o tucano, que é presidente nacional do partido, quer definir a situação da legenda em casa. O PSDB, que governa Minas Gerais desde 2003 – primeiro com Aécio e atualmente com Antonio Anastasia – ainda não disse quem será o candidato do partido a governador, a vice e a senador.

Ontem, ao falar com jornalistas em Belo Horizonte, Aécio afirmou que o objetivo é decidir os nomes em fevereiro ou até o Carnaval, no início de março. Para o governo, o mais forte no partido é o ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Pimenta da Veiga. Mas o favorito do eleitorado mineiro, segundo todas as pesquisas, é o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, do PT.

Aécio não mencionou as opções do PSDB ao governo, mas reforçou as especulações sobre o futuro de Anastasia. ”Não há uma decisão, mas há uma possibilidade concreta de afastamento do governador a partir do fim de março deste ano”, para disputar a única vaga ao Senado em jogo este ano. O governador é hoje um nome considerado até peloPT como imbatível na disputa.

Aécio disse que decidiu definir até maio que arranjo terá com o PSB, do presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em relação às disputas em seus respectivos Estados. Uma opção é que o PSB apoie o candidato tucano em Minas e os tucanos o nome do PSB no Pernambuco. Mas Aécio disse que há ainda a hipótese de seu partido lançar o deputado estadual Daniel Coelho, em Pernambuco.

Quanto à sua candidatura ao Planalto, o que havia de resistências à sua indicação estava limitado a um grupo próximo ao ex-governador de São Paulo, o tucano José Serra, que tentou no ano passado viabilizar-se como candidato a presidente – na que seria sua terceira candidatura. Serra, no entanto, aparentemente se rendeu à maioria expressiva do partido que apoia Aécio e disse, no fim do ano, que o PSDB deveria logo apresentar o mineiro como candidato.

Aécio voltou ontem a agradar o ex-governador: “Serra será extremamente fundamental nessa campanha. Serra não será apenas, se eventualmente não for o candidato, um cabo eleitoral. Terá um papel de absoluto destaque e a sua presença e a sua participação é vital para assegurar a nossa vitória”.

O senador disse ainda que os dois conversaram no fim do ano e que devem voltar a se falar em breve. “Pretendo ter uma conversa nos próximos dias com ele, não está ainda agendada, para nós definirmos esse calendário final”, afirmou.

Sobre a apresentação de seu nome como candidato, disse: “Eu acho que o mês de março, como eu já disse no fim do ano passado, é o momento correto de uma definição formal do partido, uma definição objetiva do partido.” E acrescentou: “Esse é o consenso dentro do partido, que até o fim de março nós possamos ter a candidatura do PSDBoficiosamente colocada [Oficialmente, só na convenção do partido, em meados do ano]. Esse é um bom momento para que ela ocorra. E a composição da chapa até o fim do mês de maio.”

Segundo Aécio, ele tem recebido “muitas sugestões” de nomes para disputar a Vice-Presidência. Mas afirmou que este não é um assunto que esteja tratando como prioritário agora. O assunto deverá ser definido em maio, disse.

No início de fevereiro, Aécio retoma o que disse que será uma agenda intensa de viagem, que começará por Cascavel (PR), num evento do agronegócio, no início de fevereiro. Em seguida, terá encontros organizados por Paulinho da Força (SDD-SP) com representantes em São Paulo do setor produtivo.

2014: Aécio começa definir tabuleiro eleitoral em Minas

2014: Anastasia vai concorrer ao Senado. Com ele no páreo, vaga de senador na chapa de Pimentel passaria a valer menos que uma nota de R$ 3.

Eleições 2014

Fonte: Folha de S.Paulo

Aécio joga em casa

O presidenciável Aécio Neves (PSDB) iniciou ontem uma operação para torpedear o PT em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. Ele avisou a aliados que lançará até o Carnaval o candidato tucano no Estado. Já o governador Antonio Anastasia (PSDB) renunciará em 31 de março para concorrer a senador. Com ele no páreo, a vaga ao Senado na chapa de Fernando Pimentel (PT) passaria a valer menos que uma nota de R$ 3. E os petistas apostavam muito nela para atrair novos aliados.

Pimenta nos outros. O deputado Marcus Pestana ainda sonha com o governo mineiro. Mas Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações de FHC, é favorito para disputar o cargo pelo PSDB.

Vem ni mim. Aécio diz que Fernando Pimentel é um “bom nome” para enfrentar a máquina tucana, há 11 anos no poder em Minas. “Mas é bom lembrar que em 2010 havia duas vagas para o Senado e ele chegou em terceiro…”

Enquanto isso… O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ligou para o presidenciável Eduardo Campos (PSB) na segunda-feira e o convidou para um café no Palácio dos Bandeirantes. Ele citou dados sobre o crescimento de Campos em São Paulo e o parabenizou pelo desempenho.

Para depois . A dupla conversou sobre o possível lançamento de candidato próprio do PSB ao governo paulista. Alckmin respondeu que respeitará a decisão de Campos, mas espera apoio da sigla no segundo turno.

Os magoados. A campanha do PSB vai frear a busca por novos aliados neste início de ano. A ideia é esperar a reforma ministerial de Dilma Rousseff para depois correr atrás dos descontentes.

Guerra fria. Dois auxiliares de Alckmin travam uma disputa velada pelo posto de coordenador-geral de sua campanha à reeleição: o secretário Edson Aparecido (Casa Civil) e o assessor especial João Carlos Meirelles.

Papo com o PIB. Em novo esforço para acalmar investidores, Dilma mandou sua equipe organizar um encontro com altos executivos no Fórum Econômico Mundial. O Planalto espera a presença de 70 CEOs na conversa, a portas fechadas.

Libera aí. A família Perrella pediu à Justiça Federal do Espírito Santo que devolva o famoso helicóptero flagrado com cocaína em novembro. A aeronave pertence a uma empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG).

Agora, não. O advogado dos Perrella, Antonio Carlos de Almeida Castro, foi avisado de que o helicóptero está cedido ao governo capixaba para socorrer cidades afetadas pela chuva. Ele reapresentará o pedido quando a operação terminar.

Monsieur Suplicy. Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) passou o dia mais feliz do que pinto no lixo, como diria o mangueirense Jamelão. A editora Calmann-Lévy, de Paris, avisou que publicará seu livro “Renda de Cidadania” em francês.

Enviado especial Dilma estuda enviar o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a São Luís para acompanhar a crise no Maranhão. Sua pasta coordena os trabalhos da Força Nacional de Segurança, que teve sua permanência prorrogada por mais dois meses nos presídios do Estado.

Herança . Eleito com ajuda de Paulo Maluf (PP), o prefeito Fernando Haddad (PT) voltou a sentir ontem o peso da herança do aliado. Sua licitação bilionária de novos corredores de ônibus foi suspensa pelo presidente do Tribunal de Contas do Município, Edson Simões. Que, por sua vez, chegou ao cargo graças ao ex-prefeito Celso Pitta.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio

“O ataque virulento do PT nos dá a certeza de que temos uma chapa para ganhar. Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto.”
DE BETO ALBUQUERQUE (RS), líder do PSB na Câmara, sobre o texto publicado na página oficial do PT no Facebook que chama Eduardo Campos de “tolo”.

contraponto

O líder de todos os governos
Em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no fim de dezembro, Vital do Rêgo (PMDB-PB) brincou com o extenso currículo do aliado Romero Jucá (PMDB-RR). O peemedebista, como se sabe, conseguiu ser líder dos governos de FHCLula e Dilma Rousseff.
–Vossa Excelência, como líder de plenário histórico, o mais antigo neste Congresso, pode nos ajudar muito –disse o senador paraibano.
–Líder desde João Goulart, diga-se de passagem… –emendou Pedro Taques (PDT-MT).
–Desde Getúlio! –arrematou Vital.

Aécio Presidente 2014: os desafios da caminhada

Aécio Presidente 2014: senador vai amarrar palanques estaduais, assegurar a unidade do partido e tentar minar a base de apoio de Dilma.

Aécio Presidente 2014

Fonte: Veja Online 

Os obstáculos na caminhada de Aécio

Enquanto se consolida como o nome tucano para disputar a Presidência em 2014, o senador mineiro se depara com desafios que terão de ser superados se o partido não quiser passar mais quatro anos na oposição

campanha eleitoral de 2014 só deve tomar corpo a partir de março. Mas, desde já, os candidato começaram a mapear os obstáculos que encontrarão no ano que vem. No caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que deverá ser o adversário tucano de Dilma Rousseff, algumas dificuldades já são claras. Para construir uma candidatura sólida, será preciso amarrar os palanques estaduais, assegurar a unidade interna do partido e tentar minar a ampla base de apoio de Dilma – já que é pouco provável que o PSDB consiga causar alguma defecção no bloco dominante.

Durante algum tempo, a falta de unidade interna foi apontada como o principal problema para a consolidação da candidatura de Aécio: a ala paulista do partido, especialmente o grupo ligado ao ex-governador José Serra, ofereceria resistência ao projeto do senador mineiro. Aos poucos, a oposição a Aécio foi se enfraquecendo: em maio, ele assumiu a presidência do partido. Mesmo o governador de São PauloGeraldo Alckmin, e o líder do partido na Câmara, o paulista Carlos Sampaio, afirmam que o momento é de Aécio. Na última semana, depois que Aécio lançou as bases programáticas de sua campanha eleitoralSerra deu um sinal de que consente com a candidatura do mineiro – embora aliados afirmem que ele não tenha cedido definitivamente.

A prioridade de Aécio, agora, passa a ser a montagem de palanques (que não vai mal) e a atração de partidos aliados (que não vai bem).

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PSDB tem, por exemplo, o governador do Pará, Simão Jatene, e o prefeito de Manaus, Artur Virgílio, o que deve garantir bons palanques nos dois principais Estados da região Norte. No maior Estado do Nordeste, a Bahia, os tucanos terão o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), como cabo eleitoral – e esperam montar um palanque forte, com a presença do PMDB, na disputa pelo governo estadual. A legenda tem o governo do Paraná, com Beto Richa, e conversas bem-encaminhadas para fechar alianças com o PP no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Centro-Oeste e no Sudeste, a expectativa é manter a vantagem obtida pelo partido nas eleições de 2010, com José Serra.

Mas também há indefinições: em Minas Gerais, o partido ainda não decidiu quem será o candidato. O ex-ministro Pimenta da Veiga e o deputado federal Marcus Pestana são os nomes mais prováveis. Ambos têm desempenho ainda tímido nas pesquisas eleitorais em que o petista Fernando Pimentel e o peemedebista Clésio Andrade aparecem como os candidatos mais lembrados.

No Rio de Janeiro, o tucano ainda não sabe quem será seu candidato. O PSDB é fraco no Estado, e o projeto de César Maia (DEM) não empolga Aécio. O tucano quer convencer o técnico de vôlei Bernardinho a disputar a sucessão de Sérgio Cabral (PMDB), mas a aposta é incerta. Em São Paulo, Aécio pode ter um clima não tão amigável. Geraldo Alckmin não deve ter uma eleição fácil na busca pelo sexto mandato consecutivo para o PSDB no Estado. E ainda não se sabe como José Serra vai se comportar durante a campanha.

Parcerias – O tucano terá de formar uma coligação sólida, não só para garantir os palanques regionais, mas para assegurar um bom tempo de exposição na TV e no rádio durante o período de propaganda eleitoral gratuita. Hoje, ele tem como seguros apenas os apoios do DEM e do novo Solidariedade. O primeiro partido, esvaziado desde as eleições de 2010, tem 26 deputados. O segundo, por ser recém-criado, tem direito apenas ao tempo mínimo na propaganda eleitoral.

No campo das alianças partidárias, a candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) tornou o cenário mais árido para Aécio: o PPS, que esteve com os tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio ao candidato socialista.

Pelas contas do time de Aécio, a aliança atual renderia cerca de quatro minutos de exibição em cada programa eleitoral. A coligação da presidente Dilma Rousseff teria cerca de doze minutos, enquanto Eduardo Campos ficaria com pouco mais de dois minutos. Os tucanos querem assegurar ao menos cinco minutos na TV e no rádio – e estimam que sete seria o melhor cenário possível.

Mas a formação de alianças tem se mostrado uma tarefa árdua: o único partido com negociações abertas além do DEM e do Solidariedade é o PV. Fora isso, resta aos tucanos manter conversas com PTB, PR, PP e PDT para, ao menos, garantir a neutralidade dessas siglas. Desta forma, o tempo de TV das legendas seria distribuído entre os outros partidos, o que amenizaria o desequilíbrio de forças.

Firmadas as alianças, o mais provável é que o DEM pleiteie o posto de vice na chapa. E aí surgirá outro dilema para os tucanos: agradar os tucanos paulistas ou o aliado leal de quase duas décadas? Na primeira hipótese, o nome pode ser o do senador Aloysio Nunes Ferreira. Na segunda, pode ser o também senador José Agripino Maia (RN).

Agripino, aliás, já avisa: “Quando um partido com a história e a estrutura do DEM compõe uma aliança, é de se supor que isso pressuponha a participação na chapa”, diz. Certo é que os tucanos querem que o vice seja de São Paulo ou do Nordeste, para facilitar a conquista de votos em áreas onde Aécio tem tereno a ganhar.

Oposição – Aécio Neves nunca fez parte da linha de frente da oposição: no Senado, foi criticado por se esquivar do confronto com o governo nos momentos mais agudos, como as crises que derrubaram ministros durante o governo Dilma. Nos últimos meses, o senador elevou o tom de seu discurso. Mas ainda precisa acertar o tom da campanha: não por acaso, o marqueteiro Renato Pereira deixou a equipe do tucano há poucos dias.

Parte das discordâncias diriam respeito à interação do tucano pelas redes sociais. O time do tucano criou uma ofensiva virtual, mas o próprio Aécio não interage diretamente com os internautas.

A aproximação – virtual e física – de Aécio com os eleitores é outro tema que precisará ser aprimorado no ano que vem. Especialmente nas regiões onde o senador é pouco conhecido. O tucano já começou a percorrer o país, mas tem se dedicado a encontros com lideranças políticas e do setor produtivo. O corpo a corpo ainda não está em pauta.

Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff elevou a quantidade de viagens e de eventos públicos já no início de 2013. A grande exposição da petista na televisão é uma desvantagem que Aécio ainda não combate com eficiência: para garantir espaço nos meios de comunicação, é preciso gerar fatos relevantes: uma declaração contundente, o anúncio de uma medida original ou uma atitude inusitada – são célebres as fotos de Fernando Henrique Cardoso em cima de um jegue, na campanha presidencial de 1994.

presidente do PSDB mineiroMarcus Pestana, diz que o mais importante é assegurar ao candidato uma exposição positiva no horário eleitoral e nos telejornais. O deputado federal, que também é um dos estrategistas de Aécio, relativiza o peso dos palanques regionais e dos comícios: “É evidente que a eleição presidencial se decide muito mais pela comunicação de massa, particularmente pela TV. Em 1989, o PRN só tinha um prefeito e o Collor virou presidente”, diz. As urnas mostrarão se a estratégia é adequada.

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Cinco desafios para Aécio Neves

Aumentar alianças

Hoje, Aécio Neves pode apenas contar com o recém-criado partido Solidariedade para as eleições de 2014. A sigla, capitaneada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, nasceu com o apoio do senador mineiro. O DEM ainda não bateu o martelo, mas deve estar ao lado dos tucanos no ano que vem. O PV, que tem pouco peso político, também pode chegar. E é só: mesmo o PPS, que se aliou aos tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio a Eduardo Campos (PSB). Sem uma boa aliança, Aécio corre o risco de ter pouco tempo de televisão. Os próprios tucanos admitem que ele teria apenas um terço do espaço destinado à presidente Dilma Rousseff.

Popularizar-se

Hoje, Aécio Neves pode apenas contar com o recém-criado partido Solidariedade para as eleições de 2014. A sigla, capitaneada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, nasceu com o apoio do senador mineiro. O DEM ainda não bateu o martelo, mas deve estar ao lado dos tucanos no ano que vem. O PV, que tem pouco peso político, também pode chegar. E é só: mesmo o PPS, que se aliou aos tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio a Eduardo Campos (PSB). Sem uma boa aliança, Aécio corre o risco de ter pouco tempo de televisão. Os próprios tucanos admitem que ele teria apenas um terço do espaço destinado à presidente Dilma Rousseff.

Achar o tom da campanha

Aécio Neves trocou de marqueteiro recentemente: Renato Pereira deixou a equipe por divergências com o senador e sua equipe. É uma prova de que o pré-candidato ainda precisa encontrar o tom adequado para sua campanha. Na última semana, ele lançou um documento com críticas ao governo e propostas para o país. Mas o formato do evento pouco revelou sobre o que virá na campanha eleitoral. O senador ainda chama pouca atenção do noticiário.

Escolher o vice

Em 2010, José Serra optou por Alvaro Dias, também tucano. Mas o DEM ameaçou romper a aliança e acabou forçando os tucanos a optar pelo democrata Indio da Costa – hoje no PSD. Neste ano, a pressão por um vice do PSDB deve se intensificar, já que o DEM perdeu peso político desde 2010 e o recém-criado Solidariedade é ainda menos expressivo. O vice de Aécio deve ser nordestino ou paulista, para conquistar votos em áreas-chave para o candidato. A decisão deve sair apenas na reta final da campanha.

Unificar o partido

O gesto de José Serra, que sugeriu na última semana que dirigentes do PSDB formalizem o do nome de Aécio como candidato, foi interpretado como uma desistência, mas pode ser apenas um sinal de que a disputa interna ainda não terminou: a ala paulista do partido ainda não aderiu totalmente à candidatura de Aécio. E, mesmo que tenha o consentimento do PSDB de São Paulo para sua candidatura, Aécio não sabe se vai contar com todo o empenho da ala serrista do partido durante a campanha eleitoral.

Aécio: decisão do STF não pode ser explorada pelo PT

Aécio: “Não contribui para a democracia um partido político querer transformar um julgamento numa ação política,” disse.

Aécio: líder da oposição

Fonte: O Globo 

Fernando Henrique diz que ‘alta República’ não honrou confiança do povo

Aécio condena PT por tentar explorar decisão do STF como um ato político

Reunidos em Poços de Caldas para celebrar os 30 anos do primeiro documento que pediu a realização de eleições diretas no país, líderes tucanos aproveitaram o encontro para criticar o PT e os condenados no julgamento do mensalão. O ex-presidente Fernando Henrique, ao comentar as prisões dos mensaleiros, foi duro nos ataques.

– Há momentos em que a gente sente que há no ar um vento de mudança (…). Aqueles que exerceram papel na alta República não souberam honrar a confiança que o povo devotou neles. Transformaram- se em nepotistas e, em vez de transformar o Brasil, transformaram suas próprias vidas

– disse FHC, que completou:

– Quando vejo que a Justiça começa a se fazer e quando vejo que aqueles que foram alcançados por ela tentam transformá- la em instrumento de sua própria história e de uma revolução que não fizeram, em nome de ideais que não cumpriram, que descumpriram a Constituição que juramos todos, temos de dar um basta nisso, chega de desfaçatez.

“PROVAS CONTUNDENTES”

Já Aécio Nevespresidente do PSDB e pré-candidato tucano à Presidência, disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser explorada pelo PT como um ato político. Segundo eles, a prisão dos condenados no escândalo do mensalão foi feita com base “em provas contundentes”.

– O que eu lamento, falando agora como presidente do PSDB, é que o presidente nacional do PT tenha confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política, querendo criar um clima no Brasil absolutamente distante daquele que era natural. Não contribui para a democracia um partido político querer transformar um julgamento numa ação política.

Em encontro que reuniu todos os governadores do PSDB, chamou a atenção a ausência do ex-governador paulista José Serra. Sobre esse fato, Fernando Henrique respondeu, sem citar o nome do ex-governador, que o partido está unido.

– O partido está em perfeita unidade. E o melhor, ao redor de ideias e projetos. Essa unidade, progressivamente, será total. Nada impede que esse que você citou (José Serra), a quem respeito e admiro, se manifeste sobre o que foi dito hoje – disse o ex-presidente.

Aécio, por sua vez, aproveitou para atacar a relação do governo federal com os estados.

– Ficam todos à mercê da benevolência, da boa vontade, do bom humor de quem está no governo federal. Isso não é justo para com um país das dimensões do Brasil. Esse chamamento é oportuno em um momento fundamental, para que possamos ter no próximo embate eleitoral compromissos claros dos candidatos com municípios e com os estados brasileiros – disse o mineiro.

POLÍTICA MINEIRA

Também no evento, o governador Geraldo Alckmin disse que esperar ver Aécio nas ruas:

– Quero trazer um abraço de estímulo ao Aécio, para que ele percorra o país, ouça a nossa população, fale à população inspirado nessa maravilhosa política mineira da conciliação. Política que concilia esperança com ação. E que leve essa esperança para os nossos milhares de municípios. O governo mais importante é o governo local. Aquele que está junto do povo e enxerga as aflições da população, porque com ela convive.