Valor da exportação do agronegócio mineiro já supera todo ao ano de 2010

Fonte: Agência Minas

Apesar da turbulência financeira mundial, as exportações do agronegócio mineiro ainda se beneficiam neste ano de contratos que possibilitaram uma receita de US$ 7,9 bilhões com os embarques registrados no acumulado de janeiro a outubro, valor 3,9% superior ao registrado em todo o ano passado. Em relação aos dez primeiros meses de 2010, o crescimento deste ano foi de 29,1%. A análise é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecretaria do Agronegócio, João Ricardo Albanez, o café, principal produto da balança do agronegócio mineiro, teve vendas no valor de US$ 4,6 bilhões, cifra 46,8% superior à de janeiro a outubro de 2010. A cotação do produto garantiu a expansão da receita, pois a tonelada atingiu a média de US$ 4,7 mil, um crescimento de 66,5% na comparação com o valor do ano passado.

No caso das carnes, grupo cujas vendas somaram US$ 673,7 milhões, valor 6,6% superior ao do período anterior. O destaque foi o frango, com uma receita de US$ 263,1 milhões, um aumento de 34,4%.

Já no grupo da soja, que no total alcançou receita de US$ 555,8 milhões e crescimento de 44%, teve destaque o farelo, com o valor de US$ 166,8 milhões e aumento de valor de 203%. Em seguida vem o óleo, que alcançou US$ 93,4 milhões, cifra 29,7% superior à de janeiro a outubro de 2010. E a exportação de soja em grão atingiu US$ 295,6 milhões, crescimento de 14,2%.

Albanez diz que o açúcar de Minas Gerais também teve forte presença no mercado internacional no acumulado de janeiro a outubro deste ano. A exportação do produto atingiu um valor da ordem de US$ 1 bilhão, cerca de 24% superior à cifra registrada em idêntico período de 2010.

O grupo de couros e peleteria manteve o bom desempenho com uma cifra de US$ 90,3 milhões, um salto da ordem de 182% na comparação com os dados do ano passado.

Na análise dos dados do milho o valor das vendas também obteve resultado positivo. A receita foi de US$ 67,6 milhões, aumento de 3,1% em relação ao movimento de janeiro a outubro de 2010.

Segundo o superintendente, os produtos com resultados positivos foram beneficiados por aumento dos preços médios no período analisado, embora em alguns casos os volumes embarcados apresentem retração. Ele ainda observa que o agronegócio mineiro teve uma participação de 9,9% na receita das exportações do setor pelo Brasil entre janeiro e outubro de 2011. Além disso, Albanez diz que as vendas internacionais dos produtos agrícolas e pecuários de Minas Gerais representam 23% do valor das exportações totais do Estado.

Números das exportações de Minas Gerais – janeiro a outubro de 2011

Valor total exportado: US$ 7,8 bilhões

Participação do agronegócio no valor das exportações de MG: 23%

Crescimento em relação a todo ano de 2010: 3,9%

Crescimento em relação a janeiro/outubro de 2010: 29,1%

Crescimento janeiro/outubro de 2011 X janeiro/outubro de 2010

Café: 46,8%

Carnes: 6,6%

Complexo soja: 44%

Açúcar: 24%

Milho: 3,1%

Couro: 182%

Atração de investimentos em Minas Gerais já soma R$ 26,8 bilhões em 2011

Fonte: Agência Minas

Dois novos investimentos, no valor de R$ 76,5 milhões, nos setores de construção civil e energia, acabam de ser anunciados para os municípios de Guarani, na Zona da Mata, e de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Os dois novos projetos se somam aos outros 129 protocolos de intenções, que já foram assinados este ano, pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), em diversos setores da economia. Os investimentos atingiram um total de R$ 26,8 bilhões e são responsáveis pela geração de cerca de 120 mil empregos diretos e indiretos.

Durante a assinatura do protocolo, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, destacou que Minas está preparada para a diversidade e para a expansão dos investimentos que estão chegando. “Através de uma estrutura conjunta, as secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, de Fazenda e de Planejamento e Gestão trabalham para oferecer ao empresário uma gestão competente e de qualidade, que está consolidando Minas Gerais como o grande centro de distribuição do Brasil”, enfatizou.

O primeiro protocolo foi assinado por Dorothea Werneck e pelo presidente do Grupo Igarashi, Nelson Yoshio Igarashi. O protocolo tem o objetivo de implantar uma unidade industrial, em Uberlândia, para produção de blocos estruturais e pisos intertravados, com investimento de R$ 7,9 milhões.

O empreendimento promete movimentar o mercado mineiro da construção civil ao possibilitar obras em menor tempo e gerar uma economia de até 30% no custo final. O presidente do Grupo Igarashi explicou que está diversificando os negócios. “Em busca de novos mercados e aproveitando uma infraestrutura própria no município de Uberlândia, decidimos investir em alvenaria estrutural, uma tecnologia que está sendo introduzida no Brasil e que possibilita uma construção muito rápida, limpa e ecológica”, destacou.

O empresário esclareceu que se trata da fabricação de blocos de concreto com tecnologia importada e uso de equipamentos na montagem da obra, tanto para prédios como para unidades residenciais.  A fábrica, que deverá entrar em operação já no primeiro trimestre de 2012, será uma planta moderna e totalmente automatizada.

O Grupo Igarashi completou 35 anos e está entre os cinco maiores produtores nacionais de alho, batata, cebola, tomate, cenoura, repolho, entre outras culturas. Atua nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia e Santa Catarina. Na Bahia, possui cerca de 40.000 hectares de terras em produção agrícola. Seu faturamento anual na área agrícola é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. Possui aproximadamente 3.000 funcionários.

Energisa

O segundo protocolo assinado foi com o Grupo Energisa, que irá implantar no rio Pomba, município de Guarani, uma pequena central hidrelétrica (PCH). Com investimento de R$ 68,6 milhões, a PCH Zé Tunin S.A. terá capacidade instalada de 8 MW quando entrar em operação, no segundo trimestre de 2013, com vertedouro controlado por comportas, duas unidades de geração de energia e uma subestação elevadora interligada ao sistema de distribuição da Energisa Minas Gerais.

O Grupo Energisa tem na distribuição de energia elétrica a principal base de seu negócio, mas atua também na geração, comercialização e serviços na área de energia. Com cinco distribuidoras no Brasil, três na região Nordeste (uma em Sergipe e duas na Paraíba), uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro, tem cerca de 2,3 milhões de consumidores e uma população atendida de 6,5 milhões de habitantes em 352 municípios. Atualmente, mais de cinco mil trabalhadores diretos e indiretos fazem parte das suas empresas, cujo faturamento previsto para este ano é de R$ 3,5 bilhões.

Fundada em 1905, a Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S/A (nova denominação da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina – CFLCL) é a empresa que originou o Grupo Energisa e que, até fevereiro de 2007, era a holding operacional. Com a conclusão do processo de desverticalização, a Energisa passou a ser a nova controladora de todas as empresas do Grupo.

Minas anuncia edital do projeto do Terminal 2 do Aeroporto Internacional em Confins

Fonte: Agência Minas

A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, anunciou nesta terça-feira (4), em Belo Horizonte, o primeiro passo para a implantação do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN). Ao lado do superintendente regional da Infraero, Mário Jorge Fernandes de Oliveira; da superintendente do AITN, Maria Edwirges Madeira; e do subsecretário de Investimentos Estratégicos, Luiz Antônio Athayde, ela anunciou a publicação do edital de licitação internacional para a escolha da empresa que fará os projetos básico e executivo do Terminal 2.

A projeção é de que a capacidade de passageiros do aeroporto atinja, em 2020, um total de 20 milhões por ano. Durante a entrevista, foi confirmada também a publicação do edital para a concorrência que irá escolher o operador master do Aeroporto Indústria no sítio do AITN.

Dorothea Werneck destacou que o anúncio é resultado de um trabalho de cinco anos do Governo de Minas e “consolida uma parceria com a Infraero, que permitirá um terminal melhor aparelhado, além de oferecer aos passageiros um novo padrão de conforto, dentro de uma visão sustentável de crescimento para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais”.

Os interessados deverão encaminhar os documentos de habilitação e a proposta técnica até 23 de novembro. Já a abertura dos envelopes está prevista para 25 de novembro, pela Comissão Especial de Licitação. A concorrência, em parceria com a Infraero, permitirá ao Estado criar as condições, já em 2012, para a implementação definitiva para a melhoria das condições de embarque de passageiros no AITN para os próximos anos.

Dorothea Werneck explicou que a expansão do AITN é uma das grandes prioridades do Governo de Minas Gerais e está inserida como um dos projetos estratégicos do Programa Estruturador Investimento Competitivo para o Fortalecimento e Diversificação da Economia Mineira, conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), no âmbito do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2012-2015. “Os esforços de ampliação da capacidade do aeroporto estão sendo feitos, não apenas em função da proximidade da Copa do Mundo da Fifa em 2014, mas principalmente para consolidar o AITN como um novo grande hub de cargas e passageiros para a região Sudeste do Brasil e América do Sul”, enfatizou.

Comemorando a parceria com a Infraero, a secretária disse que a expectativa é de que, até o final do próximo ano, o projeto executivo do Terminal 2 esteja concluído, para dar início ao processo de licitação da obra. “Como o terminal será construído em aço e vidro, esperamos que ele possa ser concluído em 18 meses”, esclareceu.

Com a conclusão dos projetos, a Infraero, ou mesmo um futuro concessionário – caso a Secretaria de Aviação Civil (SAC) decida pela transferência da gestão para a iniciativa privada -, estará em condições de iniciar imediatamente as obras civis desse terminal. A implantação do Terminal 2, no entanto, não invalida outras iniciativas de construção de um terminal remoto. A avaliação, porém, é de que o T2 possibilitará ao aeroporto a adequação necessária para o atendimento da expansão do trânsito de passageiros para a próxima década, além de suprir a movimentação projetada para os próximos anos.

De acordo com o edital, a empresa vencedora da licitação irá elaborar os projetos de engenharia, nas etapas de serviços e estudos preliminares, projeto básico, projeto executivo e serviços complementares para a construção do segundo terminal de passageiros, sistema viário de acessos e demais obras complementares do AITN.

Os consórcios interessados deverão encaminhar três envelopes contendo os documentos de habilitação, a proposta técnica e a de preços até 23 de novembro, às 16 horas, no Setor de Protocolo Geral, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, Prédio Minas, 1º andar, aos cuidados da Superintendência de Projetos Especiais da Sede.

A abertura dos envelopes está prevista para 23 de novembro, às 10 horas,  pela a Comissão Especial de Licitação, já constituída por meio de resolução, publicada no último dia 14/09/11, no Minas Gerais. O Edital estará disponibilizado no site www.compras.mg.gov.br    /   www.desenvolvimento.mg.gov.br .

Por outro lado, Dorothea Werneck salientou que como o AITN superou todas as expectativas e já ultrapassou sua capacidade nominal de cinco milhões de passageiros, que atinge, no momento, mais de oito milhões de pessoas. A Infraero já está executando uma reforma no Terminal 1, que elevará sua capacidade nominal para 8,5 milhões de passageiros.

Aeroporto Indústria

Outro passo importante anunciado pela secretária Dorothea Werneck foi a publicação, na última segunda-feira (3), do edital de licitação para a escolha do operador logístico master do Aeroporto Indústria, implantado no AITN. O edital foi publicado pela Superintendência Regional Sudeste da Infraero no Diário Oficial da União (DOU). A proposta do Aeroporto Indústria é atrair empresas com produtos de alto valor agregado, que têm no modal aéreo o principal meio de transporte e que irão operar dentro de um regime aduaneiro diferenciado. “O Aeroporto Indústria será um grande fator de atração de investimentos de empresas de alta tecnologia”, afirmou a secretária Dorothea Werneck.

O Aeroporto Indústria, em sua fase I, que já conta com a infraestrutura em fase final de implantação, operará dentro do AITN em uma área de 46 mil m², com investimentos realizados de R$ 16 milhões. As obras de infraestrutura, a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), não irão prejudicar o processo de escolha do Operador Logístico ou a escolha das empresas que irão se instalar nesta área. Em novembro do ano passado, a Infraero publicou o edital de licitação dos nove lotes disponíveis para a instalação de empresas de tecnologia de ponta, mas não houve interesse dos operadores, por conta da impossibilidade de expansão.

O edital para a escolha do Operador Logístico, publicado no último dia 3, já prevê a sua expansão com a agregação de uma área de mais 150 mil metros quadrados. O Aeroporto Indústria de Minas Gerais é o primeiro do país e foi credenciado pela Receita Federal em 2005, com o objetivo de aumentar a competitividade internacional das empresas que irão se instalar nesta área.

A proposta integra a plataforma logística da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além de oferecer oportunidades de negócios para empresas com produto de alto valor agregado, o Aeroporto Indústria irá oferecer tratamento tributário diferenciado, com suspensão dos impostos federais e estaduais, tanto para a importação de componentes quanto para a exportação de produtos acabados de alto valor agregado.

A primeira empresa instalada nesta área e que iniciou a operação-piloto, durante a fase de homologação pela Receita Federal do sistema de software de controle, foi a  Clamper, que produz equipamentos eletrônicos (protetores contra surtos elétricos, para proteção de instalações de escritórios, indústrias e residências).

Conforme o edital publicado pela Infraero, a concorrência prevê a concessão do uso de áreas, com extensão de 205.813 metros quadrados, localizadas no AITN, destinadas à administração e exploração comercial de condomínio industrial logístico pertencente ao Aeroporto Indústria e um Centro Empresarial Logística. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas está prevista para 24 de novembro, às 9h, no Auditório da Superintendência Regional do Sudeste da Infraero, no AITN. O edital pode ser consultado no seguinte endereço:

Complexo Industrial Superporto do Açu facilitará exportação de produtos mineiros

Fonte: Agência Minas

O governador Antonio Anastasia, acompanhado da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, visitou, nesta terça-feira (6), as obras de construção do complexo industrial do superporto do Açu, no município de São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro. O empreendimento da empresa de logística LLX, do Grupo EBX, é o maior projeto de infraestrutura em andamento na América Latina, ocupando uma área de 90 quilômetros quadrados. No total, serão investidos R$ 3,4 bilhões, com a geração de 50 mil empregos diretos. Apenas na fase da obra, o projeto demanda 3.500 postos de trabalho.

Anastasia foi recebido pela prefeita de São João da Barra, Carla Machado, e pelo presidente do Grupo EBX, Eike Batista, além de vários diretores de empresas que integram a holding. Antes de visitar o canteiro de obras do complexo, o governador assistiu a uma apresentação do projeto, com foco nas oportunidades de negócios para as empresas mineiras. No fim da visita, Antonio Anastasia assinou o livro de presença e fez o plantio de uma muda de Pau Brasil, como marco de sua passagem pelo complexo. A expectativa é que a operação no superporto seja iniciada em dezembro de 2012.

O Superporto do Açu facilitará a exportação de produtos de Minas Gerais. O minério proveniente do Estado, por exemplo, chegará ao porto por meio de um mineroduto de 525 quilômetros, vindo da mina da Anglo American em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas. O produto será embarcado em um terminal exclusivo, com área de 500 hectares. O primeiro embarque de minério está previsto para o segundo semestre de 2013.

Além do minério, o superporto também será uma alternativa para o escoamento de outros produtos mineiros, como café, açúcar e ferro-gusa. Outra vantagem é que parte do minério será transformado em aço no próprio complexo, que abrigará duas siderúrgicas, estaleiro e um polo metal mecânico (incluindo uma montadora de automóveis) e uma termelétrica. Essa integração significará mais eficiência e menos custos para as empresas mineiras que se interessarem pelo empreendimento.

O governador Anastasia fez uma avaliação positiva da visita. Ele ressaltou ainda que a construção do Superporto do Açu facilitará a entrada e saída de produtos com destino a Minas Gerais.

“Estamos vendo aqui algo extraordinário. Um empreendimento espetacular, fruto da ousadia e da coragem do empresário Eike Batista, que está realizando algo fundamental para o Brasil. E nós, mineiros, seremos muito beneficiados, não só pela exportação dos nossos produtos, mas também com a possibilidade de importação de produtos que irão para Minas, com custo menor, o que significará certamente mais desenvolvimento para o nosso Estado”, disse o governador de Minas.

Já o empresário Eike Batista agradeceu a presença do governador de Minas Gerais. Na sua avaliação, o Estado é um dos que mais terão vantagem com a conclusão do projeto.

“Queríamos mostrar que o complexo industrial do superporto do Açu pode favorecer várias empresas mineiras a exportarem seus produtos de maneira mais eficiente e também importar mais produtos. Em Minas Gerais, algumas indústrias não aumentam a sua produção, porque tem um gargalo para a exportação. É um porto que está sendo construído para todo o Brasil, mas Minas é um dos estados que vai tirar maior vantagem, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo”, disse o empresário.

O complexo industrial do Superporto do Açu deverá movimentar, pelo menos, 300 milhões de toneladas por ano, entre exportações e importações, posicionando-se como um dos três maiores complexos portuários do mundo.

Em construção desde outubro de 2007, o superporto é composto por dois conjuntos de terminais que, juntos, totalizam 17 quilômetros de cais: TX1, correspondente aos terminais offshore, com 25 metros de profundidade, e TX2, um desenvolvimento do canal interno de navegação com 3,5 quilômetros de extensão com mais de 13 mil metros de cais, 300 metros de largura e 18 metros de profundidade.

O complexo receberá usinas siderúrgicas, polo metal-mecânico, unidade de armazenamento e tratamento de petróleo, estaleiro, plantas de pelotização, usina termoelétrica, indústrias de tecnologia da informação, duas cimenteiras, uma montadora, indústrias de autopeças, um polo de indústrias e serviços de apoio offshore (entidade situada no exterior, sujeita a um regime legal diferente, “extraterritorial” em relação ao país de domicílio de seus associados). A expectativa é que, até 2025, o complexo atraia cerca de US$ 40 bilhões em investimentos das empresas que se instalarem no local.

Grupo EBX

A EBX é uma holding brasileira fundada em 1983 e presidida por Eike Batista. O grupo administra negócios nos segmentos de mineração, logística, petróleo e gás, construção naval, imóveis, energia e entretenimento.

Exportações de Minas Gerais atingem maior valor histórico no mês de agosto

Fonte: Agência Minas

As exportações de Minas Gerais atingiram novo recorde em agosto de 2011 e alcançaram o valor de US$ 4,11 bilhões, com média diária de US$ 178,92 milhões. O resultado é o maior já registrado para o mês e representa um crescimento de 23,7% no valor total em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o valor total de julho de 2011, houve expansão de 15,2% durante todo o mês, e de 5,1% se comparado com o valor médio diário de exportação.

Os dados preliminares foram divulgados nesta sexta-feira (2) pela Central Exportaminas, órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As importações em agosto totalizaram US$ 1,34 bilhão, valor 43,6% superior ao mesmo mês em 2010. Houve aumento de 29,8% no valor importado em relação a julho de 2011. A média diária das importações de agosto/11 (US$ 59,50 milhões) foi 18,5% maior do que o valor de julho/11. O saldo comercial de agosto de 2011, que alcançou US$ 2,74 bilhões, apresentou expansão de 15,7% em relação a agosto/2010 e crescimento de 9% em comparação com o saldo do mês anterior.

“Os resultados da balança comercial do Estado apontam que Minas continua contribuindo fortemente para o superávit brasileiro, mesmo com a desvalorização das cotações das commodities no mercado internacional”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck.

Valores acumulados

No acumulado dos oito primeiros meses de 2011, as exportações mineiras totalizaram US$ 26,37 bilhões, uma expansão de 42,7% em relação a igual período de 2010. O resultado superou a variação das exportações nacionais (+32,1%). A participação sobre o total brasileiro ficou em 15,8%. No mesmo intervalo, as importações aumentaram 30,1% na comparação com igual período de 2010, totalizando US$ 8,18 bilhões. Enquanto isso, as importações nacionais cresceram 28,2%.

As importações do Estado responderam por 5,6% do total brasileiro. O saldo comercial de Minas foi de U$ 18,19 bilhões no acumulado de janeiro a agosto/2011, enquanto o saldo nacional foi de US$ 19,97 bilhões. Em relação a 2010, registrou-se crescimento de 49,2%.

Já nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011), a receita das exportações atingiu US$ 39,11 bilhões. Houve expansão de 51,8% sobre o período de setembro/09 a agosto/10, quando as exportações atingiram US$ 25,76 bilhões. Com o crescimento, a participação de Minas nas exportações brasileiras alcançou 16,1%.

As importações dos últimos 12 meses também registraram aumento (+30,3%), totalizando US$ 11,85 bilhões. As importações mineiras corresponderam a 5,5% do total nacional no período. O saldo comercial dos últimos 12 meses foi superavitário, acumulando a cifra de US$ 27,25 bilhões. Tal valor foi 63,6% superior ao valor contabilizado entre setembro/09 e agosto/10 e foi equivalente a 95,3% do saldo brasileiro.

Anastasia inaugura unidade de empresa que vai abrir 3 mil postos de trabalho em Juiz de Fora

Fonte: Agência Minas

O governador Antonio Anastasiaparticipou, nessa sexta-feira (26), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, da inauguração de nova unidade da Almaviva do Brasil Telemarketing e Informática, que vai gerar cerca de 3 mil empregos até o ano que vem. A expansão da empresa, que tem sua sede brasileira em Belo Horizonte, representa investimentos de R$ 14 milhões e vai oferecer tecnologia de última geração em serviços de call center, contribuindo para fortalecer ainda mais a economia daquela região.

A atração de empresas e a consequente geração de empregos de qualidade é um dos principais compromissos do Governo do Estado com a população de Minas Gerais. Desde 2003, os investimentos anunciados para a Zona da Mata somam R$ 13 bilhões, com a previsão de geração de 14.900 empregos. Os principais empreendimentos estão nos setores de agroindústria, automotivo, infraestrutura, metalurgia, mineração, moveleiro, pesquisa e desenvolvimento, químico, serviços, siderurgia, têxtil, transporte aéreo e transporte terrestre.

Em seu pronunciamento, Anastasia destacou o esforço do governo para atração de novas empresas, geração de emprego e renda, e desenvolvimento de todo o Estado. “É um momento de felicidade. As agruras do dia a dia do governo são conhecidas de todos e o que nos recompensa é isso. É perceber que, em poucos meses, nós conseguimos implantar aqui uma empresa de grande renome que vai permitir a 3 mil pessoas, em um primeiro momento, reverterem a sua vida. Eu fico muito impressionado ao saber que seu diretor começou também no call center e é hoje um dos diretores importantes da Almaviva aqui no Brasil. Isso significa esperança. Isso significa fé. E é exatamente esse tipo de esforço que nos dá combustível e força, que nos desdobra, que nos dá ânimo para enfrentar todas as agruras e perceber que nós trabalhamos no caminho correto” afirmou.

A nova unidade da Almaviva está instalada no bairro Fábrica, numa área de 6 mil m², ao lado do terminal rodoviário da cidade, perto de universidades e com fácil acesso a rodovias. Para viabilização do empreendimento, a empresa conseguiu financiamento de R$ 11 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Os recursos foram destinados a estudos e projetos, obras civis e instalações, compra de equipamentos de informática, móveis e utensílios, treinamento, despesas operacionais e capital de giro.

O empreendimento vai gerar empregos principalmente para quem está em busca da primeira chance no mercado de trabalho. A maioria dos operadores da Almaviva tem idade entre 18 e 25 anos.

O prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos, ressaltou a importância do esforço do governo em prol do desenvolvimento da Zona da Mata. “Há oito meses o governador pessoalmente falou com a empresa e sugeriu que eles pesquisassem Juiz de Fora. Este galpão estava vazio, resultado de um empreendimento que não deu certo, não criava um emprego, não gerava R$ 1 de renda. E nós vemos aqui hoje o resultado do esforço e do trabalho em parceria: 3 mil empregos que geram oportunidade de desenvolvimento para o setor mais sensível e mais difícil de atender na nossa economia que é o primeiro emprego para jovens”, disse ele.

O presidente da Almaviva, Giulio Salomone, afirmou que pretende continuar investindo em Minas Gerais e deixou aberta a possibilidade de criação de uma nova unidade da empresa. A escolha de Juiz de Fora se deu não só por sua localização privilegiada, mas também pela facilidade de mão de obra qualificada, por ser uma cidade com várias universidades. “A nossa empresa está aqui para fazer acontecer e para contribuir com o crescimento da economia de Minas Gerais e de todo o país. Essa unidade vai dar oportunidade para jovens que até hoje não tinham emprego e cumpre um papel importante de formação de treinamento e tecnologia. Continuamos apostando muito em Minas Gerais para dobrarmos nossa receita em dois anos”, ressaltou Giulio.

Cesama

O governador ainda anunciou a liberação, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), de uma linha de financiamento de R$ 6 milhões para obras na barragem de Chapéu D´Uva, distrito de Juiz de Fora. O contrato, a ser assinado com a Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (Cesama), vai garantir a implantação de 18 quilômetros de nova tubulação para reforçar o abastecimento de água na cidade, beneficiando 174 mil famílias.

“Estamos liberando essa linha de financiamento também para a Cesama porque esse é o nosso intuito: preparar a infraestrutura física e social para receber as grandes empresas, a expansão dos negócios para termos um ambiente de prosperidade em Minas Gerais. Essa é a nossa obsessão, gerar empregos”, destacou Anastasia.

Workshop discute o desenvolvimento do Comércio Exterior em Minas Gerais

Fonte: Agência Minas

Nesta quarta-feira (6), as 21 instituições que compõem o Mapa Estratégico do Comércio Exterior de Minas Gerais se reuniram, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, para avaliar os resultados do primeiro semestre de 2011. Estiveram presentes no encontro, a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), o Banco do Brasil, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, abriu a reunião e chamou a atenção para a importância das exportações no desenvolvimento da economia do Estado. “Queremos que Minas cresça gerando empregos de melhor qualidade. E toda ação que contribuir para o alcance desse objetivo, como é o caso das exportações, é extremamente bem-vinda e essencial para o Estado”, ressaltou.

A secretária lembrou ainda que, no primeiro semestre de 2011, as exportações de Minas Gerais cresceram 51,5% em relação a igual período do ano passado e que este aumento continua sendo superior à variação das exportações nacionais, de 32,6% na mesma comparação. “O Estado bate recordes de exportação com frequência, em função do aumento dos preços dos produtos no mercado internacional, o que compensa o câmbio desfavorável. O nosso desafio é aumentar o número de empresas exportadoras em Minas Gerais”, afirmou.

Dorothea Werneck também alertou os representantes das entidades presentes no encontro sobre a importância da divulgação das ações que o Estado vem desenvolvendo dentro do Mapa Estratégico de Comércio Exterior. “Precisamos aumentar a presença do Estado no cenário internacional e isso só será possível quando demonstrarmos que, além de eficientes, agregamos valor aos nossos produtos”.

Mapa

O Mapa Estratégico do Comércio Exterior é um projeto de assistência técnica do “II Programa de Parceria para o Desenvolvimento de Minas Gerais”, elaborado a partir de uma parceria entre o Governo de Minas e o Banco Mundial (Bird). O trabalho foi elaborado com a colaboração de órgãos estaduais, federais e entidades de classe do setor empresarial, a chamada Comunidade Comex, que conta também com a participação de empresários atuantes no comércio exterior do Estado.

Sob a coordenação da Central Exportaminas, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), o Mapa Estratégico tem como principal objetivo a transformação de Minas no melhor estado em negócios internacionais nos próximos 20 anos, além da diversificação, agregação de valor e crescimento sustentável da economia mineira e nacional.

As metas incluem ainda a valorização da imagem de Minas como um estado competitivo; a redução da dependência das empresas mineiras dos mercados tradicionais; a ampliação do número de médias e pequenas empresas exportadoras, bem como do valor das exportações de serviços e do volume de produtos em conformidade com os padrões internacionais.

Resultados

Durante o workshop, o diretor da Central Exportaminas, Jorge Duarte Oliveira, informou que vários dos objetivos traçados pelo Mapa Estratégico já foram alcançados. “O nosso objetivo era aumentar para 15% a participação de Minas Gerais nas exportações brasileiras, o que foi alcançado no ano passado”.

Jorge ainda informou que o aumento da oferta de emprego e renda de empresas exportadoras já superou os índices traçados. “No último ano, a oferta de empregos nas exportações aumentou 4,1% e superou os índices da indústria mineira e nacional, de 3,4% em 2010”.

Ao final do encontro, os representantes das instituições discutiram as iniciativas do Mapa Estratégico e apresentaram propostas que poderão viabilizar novas oportunidades de negócios para Minas Gerais.

Governo de Minas Gerais e Tribunal de Justiça se unem pela saúde no Estado

Fonte: Agência Minas

A fim de assegurar maior eficiência na solução das demandas judiciais envolvendo a assistência à saúde, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) passou a recomendar, no início deste mês, que os juízes consultem a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)antes de deferirem liminares com questões referentes à saúde. Essa recomendação é resultado da parceria entre as duas instituições, que desde 2005 vem discutindo o assunto em seminários, reuniões e cursos.

Essa decisão é uma reivindicação antiga dos gestores de três esferas de governo, que viam a necessidade dos magistrados se inteirarem das políticas públicas já existentes e da organização do Sistema Único de Saúde (SUS). A SES-MG disponibiliza diversos medicamentos por meio do Plano Estadual de Estruturação da Rede de Assistência Farmacêutica.

De acordo com a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Vanessa Verdolim Hudson Andrade, a Corregedoria-Geral, ao propor essa recomendação, teve o cuidado de respaldar os magistrados em sua autonomia, de modo que a decisão do juiz será sempre respeitada. “O desembargador Antônio Marcos Alvim Soares, autor da recomendação em Minas Gerais, deixa claro que a Secretaria de Estado de Saúde vai apenas fornecer as informações técnicas para que os juízes tenham conhecimento suficiente para julgar”, explica.

Para a desembargadora, os seminários sobre a judicialização da saúde realizados pelo Ministério da Saúde e pela SES-MG, dos quais ela participa desde o começo, contribuíram muito para a decisão. “A troca de informações entre as instituições facilita o entendimento de todo o processo que envolve a saúde pública”, afirma. “Além do mais, a SES-MG já demonstrou em diversas ocasiões o compromisso com a ética e o respeito com o cidadão. Houve casos em que os técnicos prestaram as informações com a imparcialidade necessária, sendo até mesmo contrários aos interesses administrativos que poderiam envolver as ações”, opina.

O juiz de Direito e coordenador do Comitê Estadual de Saúde, Renato Luis Dresch, entende que a Constituição preza pela integralidade da atenção à saúde e, por isso, defende a qualificação jurídica do sistema. “Estamos cumprindo a recomendação do Conselho Nacional de Justiça, que tem se preocupado com a qualidade das decisões judiciais, no sentido médico também. Quanto mais os juízes estiverem amparados tecnicamente, melhores serão as decisões”, acredita.

Decisões qualificadas

Para a assessora técnica da SES-MG e referência em Judicialização da Saúde, Vânia Rabello, essa postura reflete a credibilidade que Secretaria de Estado de Saúde vem conquistando com a Justiça. “O nosso setor sempre foi isento na prestação das informações. Considero que essa decisão do TJ é fruto do bom trabalho desenvolvido pela equipe, que sempre prezou pela qualidade das informações, atuando sem julgamento de interesses”, ressalta.

De acordo com a recomendação, que já está surtindo efeito junto à Assessoria Técnica da SES-MG, os juízes devem instruir as ações com relatórios médicos e descrição da doença. Além disso, a ação deve conter a prescrição dos medicamentos recomendados para o tratamento, incluindo o princípio ativo ou o nome genérico. Os juízes também estão orientados a não fornecerem medicamentos sem registro da Anvisa ou que estejam em fase experimental, para que a saúde dos usuários seja preservada ante as práticas com resultados ainda não comprovados ou que possam ser prejudiciais aos pacientes. “Juízes de comarcas que nunca haviam entrado em contato conosco têm nos procurado para obter informações sobre medicamentos e procedimentos disponibilizados pelo SUS”, comenta Vânia Rabello.

A atitude dos juízes em acatar a recomendação pode propiciar, também, uma economia nos cofres públicos mineiros. O número de demandas envolvendo a assistência à saúde em tramitação no Poder Judiciário e o representativo gasto de recursos públicos decorrentes desses processos é crescente. Em Minas Gerais, até este mês de junho, foram gastos cerca de 46 milhões com ações judiciais. “O número de demandas vem crescendo progressivamente, ano após ano. Uma das esperanças é que bem informados sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde, os juízes passem a considerar os medicamentos já disponibilizados pelo SUS e que o número de demandas diminua. Sabemos que esse número não vai zerar, mas temos a expectativa de que as liminares sejam melhor avaliadas, o que, naturalmente, vai fazer com que o número de ações diminua e o Estado possa aplicar o recurso em outras áreas da saúde”, explica a assessora técnica Vânia Rabello.

Economia mineira cresce acima da média nacional no primeiro trimestre de 2011

Fonte: Agência Minas

A taxa de crescimento da economia de Minas Gerais foi de 5,1% no primeiro trimestre de 2011. Como esperado, houve desaceleração no ritmo de expansão no Estado, em consonância com o movimento observado no Brasil e no exterior. No quarto trimestre de 2010, a taxa observada em Minas havia sido de 6,9%. Na economia nacional, as taxas foram de 5,0% no quarto trimestre de 2010 e de 4,2% no primeiro trimestre de 2011.

As informações são parte do Informativo CEI – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: Resultados do 1º Trimestre de 2011, desenvolvido pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP).

De acordo com o estudo, embora o resultado ainda possa ser considerado expressivo, deve-se levar em consideração a tendência de continuidade na redução das taxas. Tanto no plano nacional quanto no estadual, a desaceleração da economia deveu-se a uma série de fatores, entre esses a retirada, no segundo semestre de 2010, dos estímulos fiscais para o fortalecimento da demanda agregada; as medidas de restrição ao crédito bancário dos últimos meses de 2010; a contínua elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central; e o menor dinamismo das exportações.

Crescimento acumulado

A taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres também sofreu queda em Minas Gerais, de 10,9% no final do ano passado para 8,9% neste primeiro trimestre de 2011. O mesmo movimento foi observado em âmbito nacional. No mesmo período, a taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres na economia brasileira diminuiu de 7,5% para 6,2%.

Setores

A indústria teve papel central no desempenho da economia estadual. Embora tenha menor peso que o conjunto das atividades de serviços, a taxa de crescimento do valor adicionado na indústria tem se sustentado consistentemente acima do observado nos demais setores. Mesmo assim, o crescimento industrial em Minas Gerais continua no processo de desaceleração iniciado em meados 2010. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de uma expansão de 8,6% ao final de 2010 a taxa se reduz para 5,9% neste primeiro trimestre de 2011. Na indústria brasileira, a evolução destes mesmos indicadores caiu de 4,3% para 3,5%.

No setor de serviços, a taxa de crescimento trimestral no Estado sofreu redução de 6,2% ao final do ano passado para 4,1% neste primeiro trimestre de 2011 (4,6% para 4,0% no Brasil). A taxa de crescimento acumulada do setor em quatro trimestres reduziu, em Minas, de 7,1% para 6,3, e, no país, de 5,4% para 4,9%.

O desempenho do setor agropecuário foi muito semelhante em Minas Gerais e no Brasil neste primeiro trimestre de 2011. Ele reflete uma forte influência de fatores sazonais nos resultados trimestrais. O índice estimado para o volume de valor adicionado bruto do setor no Estado foi 3,5% maior que em igual trimestre do ano passado (3,1% no Brasil); no acumulado em quatro trimestres, registrou crescimento de, respectivamente, 6,1% e 5,8% em Minas e no Brasil.

Tabela economia FJP

Aécio Neves comenta sobre os desafios do crescimento sustentável

São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

AÉCIO NEVES

O Brasil conquistou, na primeira década deste novo século, avanços sociais e econômicos importantes.

A desigualdade de renda vem caindo em um ritmo intenso, graças ao crescimento do emprego e à expansão dos programas sociais instalados e adensados no curso de diferentes governos.

Não teríamos chegado até aqui sem acabar com a inflação, sem reestruturar as dívidas de Estados e municípios e sem estabelecer uma política consistente de geração de superavit primários.

Da mesma forma, não aproveitaríamos a crescente demanda internacional por produtos brasileiros (agrícolas, pecuários, da indústria extrativa e petrolífera, entre outros) se não tivéssemos feito as reformas dos anos 90, entre elas a privatização, que atraiu novos capitais e tecnologias, democratizou serviços e aumentou a competitividade da indústria e da agricultura nacionais.

Alcançamos, agora, um patamar em que “mais do mesmo” é insuficiente para sustentar um necessário ciclo de novos avanços.

Há importantes desafios a serem vencidos e uma nova agenda a ser enfrentada. O primeiro deles, de médio prazo, que perpassa todos os demais, é recorrente: precisamos melhorar a qualidade da educação básica no Brasil.

É inconcebível que o destino de uma criança seja ainda determinado pelo local do seu nascimento e pela condição de renda da sua família. O amplo acesso à educação de boa qualidade é o único caminho para a transformação social, para a maior distribuição de renda e de oportunidades.

Nosso segundo desafio é fazer a reforma tributária. A sociedade não aceita mais a abusiva carga de impostos sobre assalariados e a produção e, na esfera dos Estados, a perversa guerra fiscal, que coloca em lados opostos aqueles que deveriam ser parceiros do processo de desenvolvimento.

O Brasil precisa reduzir o número de impostos, desonerar as exportações e o investimento produtivo, reduzir contribuições que incidem na folha de salários, melhorar a progressividade da arrecadação e rediscutir a repartição de recursos entre as esferas de governo.

Nosso terceiro desafio imediato é a redução gradual do gasto público, para que o Estado possa aumentar o investimento e avançar na agenda de desoneração tributária já mencionada.

No modelo atual, os gastos públicos mais relevantes estão sendo financiados pelo crescimento da carga tributária ou por um endividamento crescente do Tesouro Nacional, emblematicamente simbolizado pelos repasses de mais de R$ 300 bilhões para o BNDES financiar obras públicas e privadas.

Nosso quarto desafio é a reforma do Estado. Não a incluo entre as nossas prioridades por mera preocupação fiscalista, mas para estabelecer mecanismos permanentes de avaliação da eficiência de políticas públicas, análise de custos e benefícios e melhoria da produtividade do setor público.

Sem esses instrumentos, os recursos já escassos tornam-se ainda mais insuficientes, gerando mais demanda por mais impostos ou saídas estranhas, como a chamada “contabilidade criativa”.

Minas Gerais, assim como alguns outros Estados, nos mostra que a boa governança é o primeiro degrau para a superação do atraso social que vivemos, sem recorrer à sanha arrecadatória.

Acredito que esses são os primeiros itens da ampla agenda de trabalho a que precisamos responder para nos habilitarmos a uma trajetória de crescimento verdadeiramente sustentável. Fazer avançar essa agenda, com os olhos voltados para o futuro, nos exigirá escolhas difíceis e um profundo debate de propostas que o governo já deveria ter enviado ao Congresso Nacional.

Os sinais na economia são claros.

Até quando vamos esperar?

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AÉCIO NEVES, economista, é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais (2003-2010), deputado federal pelo PMDB-MG (1987-1991), pelo PSDB-MG (1991-2002) e presidente da Câmara dos Deputados (2001-2002).

Link para o original (assinantes): http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0305201107.htm

Link para site Senador Aécio Neves: http://www.aecioneves.net.br/2011/05/artigo-de-aecio-neves-sobre-crescimento-sustentavel-na-folha-de-s-paulo/