Aécio: ‘Ninguém ganha eleição de véspera’

Em Itabuna, Aécio Neves falou sobre “a hora da virada” de sua campanha e pediu ajuda “para tirar o PT do Brasil”.

Eleições 2014

Fonte: Estado de S. Paulo

Aécio Neves pede ajuda para ‘tirar o PT do Brasil

Em campanha no interior da Bahia, tucano afirmou diante de militantes que ‘eleição não se ganha de véspera’

O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) desfilou em caminhão aberto na tarde dessa quinta-feira em Itabuna, no interior da Bahia, onde foi falar sobre “a hora da virada” de sua campanha e pedir ajuda “para tirar o PT do Brasil“. E discursou: “Eleição não se ganha de véspera”.

Diante de militantes, o tucano pediu ajuda ao candidato ao governo da Bahia líder nas pesquisas, Paulo Souto (DEM). “Você, Paulo Souto, vai ganhar a eleição do PT na Bahia, mas vamos fazer essa obra completa. Me ajude a tirar o PT do Brasil. Me ajude a dar ao Brasil um governo decente e honrado. Eu serei, governador Paulo Souto, o seu maior companheiro para que os investimentos voltem a essa região”, pediu Aécio.

Mais entusiasmado depois do aumento de quatro pontos apontado esta semana pela pesquisa Ibope/Estadão/TVGlobo, mas ainda sete pontos atrás de sua adversária Marina Silva (PSB), o candidato entoou discurso otimista e recorreu à memória de seu avô, Tancredo Neves. “Me lembrei quando Tancredo estava em um momento de extrema dificuldade em sua campanha. E teve a palavra forte de um baiano que disse que aqui na Bahia não se aceita ‘canga’ de ninguém e que o povo baiano apoiaria Tancredo Neves. Foi o que disse Antônio Carlos Magalhães naquele instante. A partir dali, mudou-se o cenário das eleições. E hoje, a partir de agora, tudo vai mudar”, disse.

Aécio relativizou a importância das pesquisas eleitorais. “Ninguém ganha eleição de véspera. A eleição se decidirá no momento em que cada brasileiro e cada brasileira se levantar no domingo, cinco de outubro, e encaminhar-se à urna para dizer o que quer”, discursou.

Pela reação da população que trabalha na avenida Cinquentenário, por onde o candidato passou, ficou evidente que ele ainda é pouco conhecido na região, mas conseguiu atrair a atenção dos populares por estar cercado de algumas das lideranças mais expressivas do Estado, como o candidato a governador Paulo Souto (DEM), líder nas pesquisas de intenção de voto, o concorrente ao Senado Geddel Vieira Lima (PMDB), que também lidera a preferência dos eleitores, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), cujo slogan é “o melhor prefeito do Brasil”.

Programa Nordeste Forte: Aécio quer levar mais investimentos para região

Programa vai destacar os investimentos na região, passando pela questão tributária, logística, investimentos em ciência e tecnologia.

Eleições 2014

Fonte: PSDB

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda BrasilAécio Neves, afirmou nessa quinta-feira (21/08) que os programas sociais bem-sucedidos, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), serão aprimorados no seu governo.
Ele ressaltou que experiências bem-sucedidas vão ser mantidas.

“O Bolsa Família continuará no nosso governo, mas ele vai viver novas etapas. Vamos permitir que as pessoas possam não apenas receber o cartão do Bolsa Família, mas ascender socialmente”, destacou Aécio Neves, em Natal (RN), onde visitou a fábrica de confecções Guararapes e o comitê do candidato a deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN).

Em seguida, o candidato à Presidência acrescentou que: “Vamos tratar de outras carências que essas pessoas têm dentro da sua própria casa, e que o governo hoje desconhece. Todos os programas exitosos vão continuar e ser aprimorados”.

Para Aécio, o aprimoramento do Bolsa Família inclui a elevação da qualidade da educação, abrindo mais possibilidades de empregabilidade dos jovens, assim como políticas de habitação, ressocialização e geração de renda. Para isso, ele criará em seu governo o programa Família Brasileira, que vai dividir em cinco níveis de carência os beneficiários que estão no Cadastro Único.

“Nós queremos que, além do cartão, as pessoas possam receber outros serviços do governo. Vamos tratar de todas essas carências de forma transversal. O que se faz hoje no país pela população de baixa renda é muito pouco”, salientou.

Potencialidades

Ao lado do presidente nacional do Democratas e coordenador-geral da campanha, senador Agripino Maia, e dos candidatos a deputado federal Felipe Maia (DEM-RN) e Rogério Marinho (PSDB-RN)Aécio destacou que o Pronatec terá um novo viés, que atenda mais as potencialidades de mercado de cada uma das regiões brasileiras.

“Eu acredito que as regiões desiguais devem ser tratadas de forma desigual. Só assim nós vamos diminuir as desigualdades. É preciso que haja planejamento, estímulos diferenciados para empresas que estejam localizadas nas regiões que não são as mais desenvolvidas do país, desde que tenham compromisso com a inovação, com a empregabilidade e com a competitividade”, avaliou.

Nordeste Forte

Aécio ressaltou que a região Nordeste está entre as prioridades de seu governo. Ele informou que lançará, no próximo sábado (23), em Salvador (BA), o programa Nordeste Forte, que vai destacar os principais eixos de investimentos na região, passando pela questão tributária, logística, investimentos em ciência e tecnologia.

“Não tenho dúvidas de que nós teremos o melhor programa para essa região. Com exemplos como esse que estamos vendo aqui no Rio Grande do Norte, vamos levar o desenvolvimento para todas as regiões do país, porque vamos ter uma política econômica estável, que respeite contratos, que fortaleça as agências reguladoras, que tenha transparência fiscal para que os investimentos que deixaram o Brasil possam retornar. Esses investimentos serão fundamentais para a ampliação do mercado de trabalho, que é o que nós mais queremos”, apontou.

Aécio acrescentou que: “Serei o presidente do emprego, do desenvolvimento. Serei o presidente que vai possibilitar a melhoria dos nossos indicadores sociais, a superação da pobreza, e não apenas a sua administração, como o PT vem fazendo”.

Aécio promete enxugar ministérios em entrevista ao Jornal Nacional

Aécio: “Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, um PAC disso, um PAC daquilo ou algum plano mirabolante”, afirmou.

Eleições 2014

Fonte: Portal G1

Aécio promete enxugar ministérios e fazer governo ‘com previsibilidade’

Candidato do PSDB deu entrevista ao vivo no Jornal Nacional.

Por 15min, tucano respondeu sobre aeroporto em MG e outras questões.

O candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou nessa segunda-feira durante entrevista ao Jornal Nacional que, se eleito, o governo terá “previsibilidade”.

“Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, um PAC disso, um PAC daquilo ou algum plano mirabolante”, afirmou.

O candidato foi indagado se, caso eleito, tomará medidas para acabar com a defasagem nos preços das tarifas de energia elétrica e gasolina. “É óbvio que vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário – as medidas necessárias – para controlar a inflação, retomar o crescimento e principalmente a confiança perdida no Brasil”, declarou.

Os candidatos à Presidência da República que ocupam as quatro primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto concederão nesta semana entrevistas de 15 minutos cada um ao JN. Nesta terça (12), será a vez de Eduardo Campos (PSB); na quarta (13), a de Dilma Rousseff (PT); e, na quinta (14), a de Pastor Everaldo (PSC). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio, com a presença de representantes dos partidos. Foram escolhidos para as entrevista os candidatos com pontuação igual ou superior a 3% nas mais recentes pesquisas dos institutos Ibope e Datafolha.

Na entrevista, Aécio Neves reiterou que pretende “enxugar” o estado, com a redução do número de ministérios – atualmente, o governo federal tem 39 pastas.

Na área social, o candidato do PSDB disse que dará continuidade ao Bolsa Família, para aprimorar o programa. “Eu não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do Estado para que outras carências, de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas”, afirmou.

Ele também foi indagado sobre denúncias de corrupção no PT e no PSDB e sobre o caso do aeroporto construído em área desapropriada no município de Cláudio (MG) que pertenceu a um tio-avô dele.

Aeroporto

Sobre o aeroporto, foi indagado se não ficava constrangido de usar um aeroporto construído pelo governo do Estado para visitar uma fazenda da família.

“Eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do estado. E o fato central é esse, que a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], porque muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto“, respondeu.

O candidato também foi questionado sobre se vale mais uma fazenda com aeroporto ao lado ou uma fazenda sem aeroporto ao lado. “Essa fazenda a que você se refere é uma fazenda que está na familia há 150 anos, tem lá 14 cabeças de gado. Essa é a grande fazenda. É um sitio, que valorizado ou não, é um sítio onde a minha família vai eventualmente nas férias. Ali, ninguém está fazendo negócio. Essa cidade precisava desse aeroporto como todas as outras que tiveram investimento em Minas Gerais“, respondeu

Segundo Aécio, se houve algum prejudicado com o episódio, “foi meu tio-avô”.

“O estado avaliou em R$ 1 milhão. Ele [o tio-avô] pediu R$ 9 milhões [pela desapropriação] e não recebeu um centavo até hoje”, disse.

Corrupção

O candidato, um crítico do caso do mensalão do PT, foi perguntado sobre a diferença entre esse escândalo e o caso do mensalão do PSDB.

“A diferença é enorme porque no caso do PT houve condenação”, afirmou o presidenciável tucano, ressaltando que a maioria dos réus estão presos.

Ele disse que não prejulgou os petistas e, por isso, não iria prejulgar tucanos envolvidos em denúncias de corrupção. “O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se alguém eventualmente for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca”, afirmou, em referência a petistas que defendem filiados do partido condenados e presos.

Eleições 2014: Aécio defende parceria com os Estados durante visita a Florianópolis

Recebido pelo senador Paulo Bauer, Aécio Neves visitou a Feira do Empreendedor e apresentou propostas para o Brasil e Santa Catarina.

Eleições 2014

Fonte: PSDB

Aécio Neves visitou Florianópolis, nessa quinta-feira (17/07), para participar do lançamento das candidaturas da coligação Muda Brasil, Muda Santa Catarina. Acompanhado pelo senador Paulo Bauer (PSDB), candidato ao governo estadual, Aécio falou de projetos para o Brasil e defendeu parcerias com os Estados. Na visita a Santa Catarina, ele também visitou a 10ª Feira do Empreendedor, onde conversou com eleitores.

Aécio reafirma compromisso de investimentos para desenvolver Nordeste

Aécio reafirmou o compromisso não só com a manutenção, mas também com o aprimoramento de programas sociais, como o Bolsa Família.

Visita ao Nordeste

Fonte: Jogo do Poder

No Ceará, Aécio reafirma compromisso de investimentos focados no desenvolvimento do Nordeste

“Você apenas diminui as diferenças tratando de forma desigual aqueles que são desiguais. Vamos tratar essa região com absoluta prioridade”, disse o candidato

O candidato à Presidência da República pela coligação Muda BrasilAécio Neves, iniciou nesse sábado (19/07) visita à região do Cariri, no sul do estado do Ceará, onde assumiu o compromisso de investir fortemente em favor do desenvolvimento do Nordeste. Ao chegar a Juazeiro do Norte, Aécio citou como exemplo o trabalho desenvolvido nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri e no Norte de Minas em sua gestão como governador de Minas Gerais, região que tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) próximo ao da região Nordeste e que, por isso, recebeu atenção especial da gestão estadual.

“Ao fim do meu governo, eu havia gasto três vezes mais por habitante do que se gastava antes, porque você apenas diminui as diferenças tratando de forma desigual aqueles que são desiguais. Vamos tratar essa região com absoluta prioridade no campo da infraestrutura e no fomento das atividades econômicas”, disse ao novamente destacar que seu objetivo é oferecer um Brasil mais generoso aos que mais precisam do apoio do Estado.

Aécio reafirmou o compromisso não só com a manutenção, mas também com o aprimoramento de programas sociais, como o Bolsa Família. Ele rechaçou os boatos que o PT tem espalhado de que sua candidatura seria contra o programa.

“Para cada mentira que eles falarem, vamos dizer 10 verdades”, disse Aécio, que creditou a boataria ao avanço de seu nome nas pesquisas de intenção de voto. “O PT é hoje um partido à beira de um ataque de nervos”, afirmou.

Aécio foi recebido em Juazeiro do Norte pelo ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, candidato ao Senado pelo PSDB, e pelo senador Eunício Oliveira, que concorre ao governo cearense pelo PMDB. Ele também foi saudado pelo prefeito da cidade, Raimundo Antônio de Macêdo (PMDB), conhecido como Raimundão, e por uma multidão que o esperava no aeroporto local.

Em seguida, o grupo saiu em carreata formada por mais de 150 automóveis em direção à vizinha cidade do Crato, distante 20 quilômetros. A caravana com bandeiras da candidatura Aécio foi aplaudida durante todo o percurso, até chegar à ExpoCrato, a principal feira agropecuária do Ceará. O evento é uma grande festa no município, atraindo uma multidão para barracas de comidas típicas, parque de diversões e apresentações musicais.

Acompanhado de Tasso Jereissati e do prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Matos (PMDB), entre outras lideranças políticas do estado, Aécio cumprimentou visitantes da feira, posou para fotos e falou sobre compromissos assumidos junto à população. Para Tasso, a visita de Aécio ao Ceará é o início da candidatura na região Nordeste. A visita à região do Cariri continua neste domingo.

Aécio rebate declarações sobre direitos trabalhistas

“O que tenho dito é que a partir de demandas dos próprios sindicatos possa haver uma relação mais direta entre trabalhadores e empresários.”

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

“Direitos trabalhistas são inegociáveis”, afirma Aécio Neves em São Paulo

presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta segunda-feira (02/06), em São Paulo, as declarações feitas por integrantes do governo federal de que um eventual governo do PSDB significará retrocesso e perda de direitos para os trabalhadores. Em palestra a empresários, Aécio foi categórico ao afirmar que os direitos conquistados na área são garantias dos trabalhadores.

“Os direitos trabalhistas são inegociáveis. O que tenho dito é que a partir de demandas dos próprios sindicatos, e elas vêm existindo em determinados setores, possa haver uma relação mais direta entre trabalhadores e empresários. E o Estado deve estimular essa interlocução. Não vamos acabar com direitos conquistados”, afirmou Aécio Neves.

declaração foi dada durante debate com empresários organizado pelo portal Estadão em parceria com o grupo Corpora em um hotel da capital paulista. O evento reuniu cerca de 300 empresários e foi acompanhado pelo diretor do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pelo presidente da CNIRobson Braga de Andrade, entre outros líderes empresariais.

Aécio também aproveitou o evento para defender avanços no programa Bolsa Família. O tucano comentou a aprovação, pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, de um projeto de sua autoria que prevê a ampliação dos benefícios.

“Esse projeto garante que quem alcançar emprego com carteira assinada cuja remuneração passe do teto para receber o Bolsa Família, possa receber por seis meses ainda o benefício”, disse o tucano.

O pré-candidato a presidente ressaltou que o Bolsa Família, criado a partir de programas sociais lançados no governo Fernando Henrique, já faz parte da paisagem social brasileira. Para Aécio, o PT faz terrorismo eleitoral ao dizer que o PSDB pretende acabar com o programa.

“Apresentei, há cerca de um ano, projeto de lei que eleva o Bolsa Família à condição de política de Estado, exatamente para retirá-lo do âmbito de um ministério, de uma secretaria, regulado por decretos, podendo ser instrumento de ameaças permanentes àqueles que eventualmente possam vencer as eleições”, ressaltou Aécio Neves.

Aécio e CNBB: reforma política é prioridade para o Brasil

Em encontro com Dom Raymundo Damasceno, Aécio conversou sobre reforma política, ética e participação dos jovens na vida pública.

Aécio Neves: reforma política

Fonte: PSDB

Aécio e CNBB concordam que reforma política é prioridade para o Brasil

“Recentemente o Papa Francisco fez um convocação aos cristãos que participem da vida política, não apenas votando, mas, sempre que possível, também sendo votados”, diz Aécio após visita ao Santuário de Aparecida.

Em visita a Aparecida (SP), nesta quinta-feira (29/05), o presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves (MG), se reuniu com o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno. Amigos desde que Aécio era governador de Minas Gerais, eles conversaram sobre reforma política, ética e participação dos jovens na vida pública.

“Vim fazer um visita ao Dom Damasceno, porque há hoje uma preocupação muito grande da CNBB também com a agenda política. Há uma convergência muito grande de sentimento entre aquilo que propõe a CNBB para a reforma política com aquilo que achamos necessário. É uma visita pessoal a um amigo de longa data”, afirmou Aécio Neves, em entrevista coletiva à imprensa na residência oficial do arcebispo.

Papa Francisco

Ao falar com os jornalistas, Aécio lembrou mensagem recente do Papa Francisco a favor da participação da sociedade na vida pública.

“Recentemente o Papa Francisco fez um convocação aos cristãos que participem da vida política, não apenas votando, mas, sempre que possível, também sendo votados. Ele falava da política como um instrumento de servir e de atender a demanda da sociedade”, lembrou Aécio.

O presidente nacional do PSDB chegou à cidade no início da tarde, acompanhado do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, e dos deputados federais César Colnago (ES) e Luiz Carlos Hauly. Após o encontro, eles visitaram o Santuário Nacional de Aparecida, onde fica a imagem de Nossa Senhora, padroeira do Brasil para os católicos.

PSDB rebate ministra

PSDB rebateu declarações da ministra do Desenvolvimento Social que criticou projeto de Aécio Neves que propôs mudanças no Bolsa Família.

PT contra mudanças no Bolsa Família

Fonte: O Globo

PSDB rebate ministra e diz que Aécio luta contra ‘corrupção que toma conta do governo do PT

Nota do partido lista feitos do tucano no governo de Minas e no Senado, ao responder a pergunta ‘onde esteve Aécio nos último 11 anos?’ feita por Tereza Campello

PSDB rebateu nesta quinta-feira, em tom duro, as declarações da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, com críticas ao projeto do senador tucano Aécio Neves (MG) com mudanças no Bolsa Família. Ontem, a ministra afirmou que a proposta de Aécio “ não tem pé nem cabeça”, afirmou que o projeto foi aprovado de forma “atabalhoada, açodada e leviana” por este ser um ano eleitoral. Na nota, o PSDB faz críticas ao governo petista e afirma que o senador esteve, nos últimos 11 anos, “lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT” no Senado.

Segundo os tucanos, a ministra misturou propostas e colocou sob autoria de Aécio propostas de outros parlamentares. Para o questionamento de Tereza Campello “onde estava o senador Aécio Neves nestes 11 anos que não tratou do Bolsa Família?”, o partido contra-atacou, afirmando que “nos últimos 11 anos, o senador Aécio Neves estava governando Minas”, e passando a listar feitos do governo dele no estado.

Na nota, o PSDB também afirma que Aécio Neves estava no Senado Federal nesse período, onde estava, de acordo com a nota, “Debatendo com os senadores a melhoria do Bolsa Família; lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT; defendendo que a linha de extrema pobreza no Brasil respeite as Metas do Milênio e a promessa feita pelo governo federal a milhões de brasileiros; e propondo que a extrema pobreza seja tratada num campo mais amplo e que abranja as privações sociais que ultrapassam a questão da renda”.

O projeto do PSDB foi aprovado com um voto de diferença em comissão. Ele altera a lei que criou o programa Bolsa Família e propõe duas mudanças: garante por mais seis meses o pagamento do benefício quando os chefes de família conseguirem emprego com carteira assinada e exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos (revisão já prevista em Portaria do Ministério do Desenvolvimento Social). A proposta foi aprovada por 10 votos a favor e nove contra, numa votação apertada. O PT votou contra, alegando que isso afetaria o Bolsa Família.

Bolsa Família: aprovada proposta de Aécio que altera programa

Aécio: projeto altera lei que criou Bolsa Família e garante por mais 6 meses o  benefício quando chefes de família conseguirem emprego.

Projeto também exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos

PT votou contra o projeto

Fonte: O Globo

Por apenas um voto, comissão do Senado aprova proposta de Aécio que muda Bolsa Família

Proposta garante benefício por 6 meses a quem conseguir emprego e dá prazo de 2 anos para revisão dos beneficiados

O texto ainda será analisado pela Comissão de Direitos Humanos, onde é terminativo

Depois de muita discussão, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, projeto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que altera a lei que criou o programa Bolsa Família e propõe duas mudanças: garante por mais seis meses o pagamento do benefício quando os chefes de família conseguirem emprego com carteira assinada e exige a revisão da lista dos beneficiários a cada dois anos (revisão já prevista em Portaria do Ministério do Desenvolvimento Social). A proposta foi aprovada por dez votos a favor e nove contra. O PT votou contra, alegando que a medida afetaria o Bolsa Família.

O texto ainda será analisado pela Comissão de Direitos Humanos, onde é terminativo. A proposta foi aprovada com votação apertada e com alteração feita pela relatora, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), para garantir que os seis meses fossem um prazo adicional e não que acabassem entrando na soma do prazo de dois anos.

O líder do PT no SenadoHumberto Costa (PE), apresentou voto separado em contrário à proposta do presidenciável Aécio Neves, mas foi derrotado. O PT votou com Humberto Costa, como o senador Paulo Paim (PT-RS). Na mesma posição, a senadora Vanessa Grazziotim (PCdoB-AM) disse que muitos estavam incomodados com as famílias conseguirem melhorar sua situação de renda.

O texto diz que “a elegibilidade das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família deve ser obrigatoriamente revista a cada período de dois anos”.

Além disso, na redação dada pela senadora Lúcia Vânia, a proposta garante o benefício por seis meses: “O beneficiário que, por motivo de elevação da renda per capita familiar, decorrente de atividade profissional ou econômica, vier a perder a elegibilidade na revisão prevista no § 18, terá garantida a concessão dos benefícios por, no mínimo, seis meses”.

Justificativa

senador Aécio Neves alegou que a proposta é para garantir que os beneficiários do Bolsa Família sejam estimulados a aderir à economia formal. Hoje, muitos não aceitam empregos formais pelo temor de perder o benefício. Aécio comemorou a aprovação de seu projeto:

– Nós aprimoramos o Bolsa Família, estamos estimulando a formalidade. O cidadão que encontrava emprego que vá além do teto para receber o Bolsa Família poderá receber também por seis meses o Bolsa Família para que seja estimulado para a formalidade. O incrível, o inaceitável, é que o PT não quer nenhum avanço em um programa tão importante como esse porque prefere ter um programa para chamar de seu.

Ele também aproveitou para criticar o PT por, em sua ótica, tentar fazer do Bolsa Família um instrumento eleitoral.

– O discurso do PT de defesa dos pobres é incoerente com a sua prática, porque hoje votou contra os beneficiários do Bolsa Família apenas para utilizar esse programa como instrumento na campanha eleitoral. Felizmente, tivemos a sensatez do Senado e muitos beneficiários estarão estimulados para ir para a formalidade. Vamos à CDH e lá esperamos repetir esse placar.

A senadora tucana disse que a proposta de Aécio quer “assegurar às famílias tranquilidade quanto ao período em que poderão contar com o benefício”. Ela lembrou que Portaria nº 617, de 2010, prevê o desligamento da família que, durante o período de dois anos, mantenha uma variação de renda de meio salário mínimo.

– O projeto não mexe em nada no Bolsa Família. É uma garantia de seis meses quando ele sair da informalidade. E vamos acabar com essa âncora da informalidade – disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), alegando que muitos trabalhadores não aceitam assinar a carteira de trabalho para não perder o benefício.

– Muito se falou aqui que está se votando na proximidade do pleito eleitoral – reclamou a senadora Vanessa Grazziotim.

Na votação, até mesmo integrantes da base, como Moarildo Cavalcanti (PTB-RR) votaram a favor do projeto. Foram favoráveis: Rodrigo Rollenberg (PSB-DF), Ana Amélia (PP-RS), Paulo Davim (PV-RN), Petecão (PSD-AC), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Humberto Lucena (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Jayme Campos (DEM-MT), Mozarildo e Eduardo Amorim (PSC-SE). Foram contrários: Paulo Paim (PT-RS), Angela Portela (PT-RR), Humberto Costa (PT-PE), Ana Rita (PT-ES), João Durval (PDT-BA), Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), Vital do Rêgo (PMDB-PB), João Alberto (PMDB-MA) e Armando Monteiro Neto (PTB-PE).

Segurança pública: Aécio critica Governo Dilma por ineficiência

Aécio Neves: em entrevista ao Poder e Política , da Folha e do “UOL”, o pré-candidato do PSDB defendeu posições modernas de gestão

Senador defendeu repasses mensais de verbas de segurança para os Estados

Fonte: Folha de S.Paulo

ENTREVISTA – AÉCIO NEVES

Governo federal é omisso na área de segurança pública

PRÉ-CANDIDATO DO PSDB AO PLANALTO DEFENDE REFORÇAR O PAPEL DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NA POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO AO CRIME NO PAÍS

FERNANDO RODRIGUES

Pré-candidato a presidente pelo PSDB, o senador Aécio Neves tem calibrado seu discurso para um tom cada vez mais duro na área de segurança pública. É uma tentativa de se apresentar de maneira diferente em relação a seus adversários diretos na corrida pelo Planalto.

Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do “UOL”, Aécio disse que, se eleito, pretende reduzir o número de ministérios dos atuais 39 para 21 ou 22. Deseja também redefinir a função de algumas pastas. Fala em renomear o Ministério da Justiça com o complemento “e da Segurança Pública“, enfatizando a necessidade de combater o crime em todo o país.

É uma resposta do tucano a uma das principais preocupações dos eleitores, captadas por várias pesquisas de opinião. Ao adotar essa narrativa, tenta também surfar num momento de intensas manifestações de rua, muitas com atos de violência.

O senador quer que os repasses de recursos federais para uso em segurança sejam mensais e compulsórios para os Estados, “que poderão planejar os seus investimentos”. O tucano diz que nos oito anos em que governou Minas Gerais (2003-2010) ficou esperando recursos para construir penitenciárias. “Sabe quando vieram? Nunca”.

“Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública“, acusa.

Aécio, 54 anos, também é a favor da redução da maioridade penal para adolescentes de 16 a 18 anos que cometem crimes graves ou são reincidentes. “Não podemos fazer como o governo do PT: virar as costas”. Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) são contra essa medida.

O tucano acha necessário trazer a inflação anual para o centro da meta, que é de 4,5%. Esse objetivo seria atingido gradualmente, até 2018.

Afirma ser contra uma lei para formalizar a independência do Banco Central. Promete submeter diretores de agências reguladoras ao escrutínio de um órgão externo.

Se eleito, repete, manterá o Bolsa Família e a política de conceder reajustes acima da inflação para o salário mínimo. Não elabora, entretanto, a respeito de como resolver a vinculação do mínimo aos benefícios da Previdência.

Sobre José Serra ser seu candidato a vice-presidente, responde ser “uma possibilidade”.

Sobre drogas ilícitas, é contra a descriminalização. Relata ter fumado maconha no passado. “Quando tinha 18 anos, experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça”.

A seguir, trechos da entrevista:

Folha/UOL – Se eleito, qual será a meta de inflação?
Aécio Neves – 4,5%. A presidente da República sempre tratou com indiferença o centro da meta. Focou no teto da meta.

Explique melhor. O centro da meta, ao longo de quatro anos, continuará sendo 4,5%?
Continua sendo 4,5% ao longo de quatro anos. É claro que, no horizonte de dois mandatos, é razoável imaginar que possamos ter uma inflação de país desenvolvido, em torno de 2,5%, 3%.
O centro da meta é o primeiro grande objetivo. [Depois], diminuição da banda, que hoje é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Acho possível reduzirmos isso para 1,5 ponto percentual -até chegar no final do mandato, para 1 ponto percentual de variável.
Esse é o objetivo final de um projeto de governo? Não. Mas o objetivo realista, hoje, é nos próximos dois, no máximo três anos, termos a inflação alcançando o centro da meta.

E reduzir a banda de flutuação de dois pontos percentuais para até um ponto?
Para até um ponto.

E qual deve ser a trajetória da taxa de juros ao longo dos próximos quatro anos?
Sempre declinante. A diminuição da taxa de juros é consequência, em grande parte, do ambiente adequado que você cria no Brasil para atração de investimentos, para a competitividade da nossa economia. Quero ter gradualmente a taxa de juros caminhando em sentido declinante.
Quando nós falamos de mercado, nós temos que vencer essa época dos juros favorecidos, dos juros seletivos para setores da economia. Resumindo, no futuro próximo, teremos juros do BNDES para o conjunto da economia

Mas se o sr. quer a inflação declinante, a taxa de juros teria de se manter no nível atual, ou até mais alto, para forçar a queda dos preços…
Aposto na criação de um ambiente adequado para a retomada do crescimento em bases sólidas. No momento em que melhorarmos a oferta, tivermos uma recuperação do parque industrial brasileiro, tudo isso contribui para que haja menos pressão inflacionária que nós estamos vivendo hoje.

O sr. considera exequível um cenário no qual inflação e taxas de juros sejam declinantes?
No médio prazo, sim.
Nós precisamos sinalizar. Inflação é, sobretudo, sinalização. Acho possível sinalizar de forma clara ao mercado. Primeiro lugar: guerra ao custo Brasil. Essa é uma obsessão de um próximo governo nosso. Passa pelo início de um processo imediato de simplificação do sistema tributário, um grande choque de infraestrutura no Brasil, sem preconceitos com o setor privado. Ao contrário, vamos atrair o setor privado para participar conosco, seja em concessões, seja em parcerias público-privadas, onde esse investimento seja necessário para garantir o aumento da competitividade de quem empreende no Brasil. Isso acontecendo, acho que criamos um ambiente favorável, inclusive para o declínio da taxa inflacionária.

O Banco Central deve ter a sua independência de atuação ampliada? Se sim, como?
Deverá ter a independência formal garantida.

Em lei?
No primeiro momento, não acho necessário. Uma resolução presidencial determinará que o Banco Central tem a missão de controlar a moeda, de controle da inflação

…Mas isso já tem…
…E de manter saudável o nosso sistema financeiro. Essas são as missões do Banco Central.
Um governo com o perfil do nosso governo, que não é um governo intervencionista como o atual, é suficiente para garantir essa autonomia. Não me fecho a uma discussão, lá adiante, de uma eventual autonomia em lei. Não acho que isso seja necessário, porque é a autoridade presidencial que vai garantir que essa autonomia seja exercida permanentemente.

Se eleito, quais reformas seriam prioritárias no seu governo?
A primeira delas é a reforma política. É a base para qualquer outra.
Ou nós recuperamos a capacidade de negociação com partidos políticos, com forças que tenham expressão na sociedade, ou nós vamos estar cada vez mais distantes das reformas constitucionais.

Cite dois ou três itens pontuais da reforma política que considera essenciais.
Vou falar três. A introdução da cláusula de desempenho. É algo complexo, polêmico, mas acho necessário. Você pode criar um partido político, ele pode ter seu funcionamento civil, mas para ter acesso ao Fundo Partidário, para ter acesso ao tempo de televisão, tem que, no prazo que vai se estabelecer, [atingir um] percentual mínimo de votos.

Qual deve ser o desempenho exigido?
Quando nós aprovamos lá atrás [na década de 1990; mas o STF derrubou a regra] eram 5% dos votos para deputado federal no país e 3% em pelo menos nove unidades da Federação. Acho que esse ponto pode ser calibrado para baixo.

Quanto, mais ou menos?
Poderia ser alguma coisa em torno de 3% no geral e 2% em pelo menos nove Estados.

Nesse cálculo, ficariam de seis a sete partidos no Congresso?
De seis a sete, no máximo. Algo absolutamente razoável em um país como o Brasil.

E os outros pontos da reforma política?
O segundo é o voto distrital misto com lista partidária. Metade do Parlamento eleito por distritos, nos quais você cria uma relação direta do representado com o representante. Poderá cobrar dele conhecimento sobre a realidade local, econômica, de infraestrutura, de educação. Aproxima o Parlamento da realidade das várias regiões brasileiras. A outra metade das vagas seria preenchida pelas listas partidárias. Isso fortalece os partidos políticos e permite que nomes que não tenham base territorial, base geográfica, mas cuja presença no parlamento seja importante, representantes do segmento da cultura, economistas qualificados, grandes juristas, possam estar no debate parlamentar criando um bom equilíbrio.

Esse é o segundo ponto. E o terceiro?
Cinco anos de mandato para todos os cargos, sem reeleição.

E coincidência de mandatos?
Coincidência de mandatos para todos os cargos. Um ano de eleição e quatro anos para trabalharmos pelo Brasil.

O sr. imagina ser possível aprovar esses três pontos de uma vez? Ou tem de ser um de cada vez?
Não acho que as maiorias sejam as mesmas para aprovar cada um desses temas, mas acho que é possível.
Acredito que um Congresso recém-eleito, sintonizado com o sentimento da sociedade, tende a caminhar na direção daquilo que foi aprovado pelos eleitores.

Essas suas três propostas para reforma política, se aprovadas, terão efeito ao longo de tempo. Como o sr. trabalhará durante os primeiros anos do seu eventual mandato, se eleito, para aprovar reformas econômicas? O Congresso ainda estará igual…
Acredito muito nas medidas tomadas no início de governo. Se eu tive êxito no meu governo em Minas Gerais, se saí do governo de Minas com alta aprovação, não é pelo que eu fiz nos primeiros seis meses. É pelo que fiz nos primeiros dias de governo.
Acabarei com metade desses ministérios que aí estão. Criarei uma secretaria extraordinária para simplificação do sistema tributário.
Essa comissão terá prazo de no máximo 60 dias para apresentar ao Congresso Nacional um projeto de simplificação do sistema tributário atacando fundamentalmente os impostos indiretos. Hoje, o conjunto das empresas brasileiras gasta mais de R$ 20 bilhões anualmente apenas para a máquina pagadora, para operacionalizar a máquina de pagamento. É isso que vai nos permitir, a médio prazo, um espaço fiscal para caminharmos na direção da diminuição da carga horizontalmente.

O sr. não chama de reforma tributária e fiscal. Chama de simplificação. Por quê?
Porque a reforma tributária será feita em dois momentos. O primeiro, realista, é a simplificação do sistema tributário.

Tem um exemplo prático?
Hoje tem um emaranhado de impostos indiretos que se sobrepõem. Tem brigas de ICMS, questão ainda grave.

Para alterar ICMS é preciso acordo de todos os Estados. É difícil…
Por isso que não foi feita até aqui.

Então, como faz?
Em um primeiro momento, a simplificação do sistema tributário torna mais fácil o pagamento de impostos. Nós temos o sistema mais complexo hoje, acho, do mundo.

O sr. mencionou que diminuiria à metade o número dos atuais 39 ministérios. Como e quando faria isso?
Na largada.

Mas serão 20 ministérios?
Existe um estudo da Universidade Cornell em mais de 120 países que indica que os governos que apresentam melhores resultados são aqueles que têm entre 21 a 23 ministérios. Isso serve como parâmetro. Alguma coisa por aí. Não preciso fixar hoje. Serão 21, 22. Alguma coisa por aí.
Vamos transformar o Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Em primeiro lugar, com a proibição do contingenciamento dos fundos setoriais. Nós vamos fazer com que os recursos dos fundos penitenciários, do Fundo Nacional de Segurança, tenham o mesmo tratamento, por exemplo, que os recursos da educação. Eles terão de ser transferidos por duodécimos [compulsoriamente] para os Estados, que assim poderão planejar os seus investimentos. Nós vamos construir uma política nacional de segurança pública, que não existe hoje.

Como será essa política nacional de segurança pública?
87% de tudo que se gasta em segurança pública no Brasil hoje vêm dos Estados e municípios. Apenas 13% da União. A União, que tem responsabilidade de cuidar das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de drogas e o tráfico de armas, é, hoje, quem menos gasta.
No conjunto dessa nossa proposta estará uma profunda e ágil reforma do Código Penal para diminuir a sensação de impunidade, que hoje existe na sociedade brasileira, e do Código de Processo Penal. Hoje, para ser preso no Brasil tem que fazer um esforço enorme se não for pobre. A verdade é essa. Quem tem um advogado tem possibilidades de chicanas que impedem que efetivamente cumpra sua pena.
governo do PT não tem permitido o avanço de proposta de reforma do Código Penal e nem do Código de Processo Penal.

É a favor da redução da maioridade penal?
Eu apoiarei a proposta do senador Aloysio Nunes [Ferreira, do PSDB de SP] que permite, se solicitado pelo Ministério Público ligado à criança e ao adolescente, ao juiz decretar, em casos gravíssimos, ou em reincidências de casos graves de jovens de mais de 16 anos, que possam responder pelo atual Código Penal. São os casos dos Champinhas da vida, do jovem de 16 anos que matou a namorada e expôs as fotos da na internet, como se fosse um grande feito.
É um conjunto de medidas que nós pretendemos tomar. E a solidariedade do governo federal no enfrentamento dessa questão.

Como funcionaria esse Ministério da Justiça e da Segurança Pública?
Falta ao Ministério da Justiça uma função clara e definitiva que é a de coordenar. Uma política nacional de segurança pública.
Fui governador de Minas Gerais. Sei quanto isso faz falta ao Brasil. Todas as ações para as quais buscava solidariedade no governo federal, buscava na Senad [Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas], em uma secretaria, geralmente com alguém que não tinha capacidade de decisão.
Há um projeto que apresentei em 2011 no Senado Federal. O PT ainda não deixou votar, impedindo o contingenciamento desses recursos. No período da presidente Dilma, do FupenFundo Penitenciário, sabe quanto que foi executado? 11%. Esse não é um governo que prioriza a questão da segurança pública. É um jogo de transferir responsabilidade para os Estados.

Na prática, o Ministério da Justiça vai trocar de nome. Vai virar Ministério da Justiça e Segurança Pública?
Segurança pública porque vai assumir responsabilidade de coordenar uma política de segurança pública. Vai coordenar esse grupo de trabalho que já existe no Congresso Nacional.

Mas segurança pública não é responsabilidade das cidades e dos Estados? Como o governo federal poderá atuar, uma vez que isso é atribuição direta dos Estados?
Você está dando voz para o que diz o PT. É o que o PT diz sempre: “Isso não é problema nosso”. E nós estamos aí com essa epidemia do crack matando gente todos os dias, esfacelando famílias, a criminalidade crescendo.
Claro que num país como o Brasil essa visão é equivocada. O que condicionalmente é dos Estados? Financiamento, planejamento. Governei Minas por oito anos. Fiquei oito anos esperando recursos do Fundo Nacional de Segurança e fundo penitenciário para construir penitenciárias. Sabe quando vieram? Nunca. Por quê? Porque o governo federal virava as costas. Achava que não era com ele.
Nós vamos sentar com os Estados. Nós sabemos que as realidades são diferentes em cada uma das regiões, mas de forma republicana e nos dispondo a fazer parceria.

O sr. está dizendo que falta protagonismo do governo federal?
Falta a liderança que o governo federal tem a responsabilidade de exercer.
Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública. Nós queremos um ambiente novo onde haja capacidade de o governador saber a cada mês com quanto vai contar do governo federal a partir de determinada estratégia montada. Ele vai definir se ele vai investir em inteligência, em armamento, em aumento de contingente, em viaturas, em outras parcerias com os municípios. Não existe hoje. Esse recurso de segurança fica até o final do ano contingenciado. Os amigos do rei vão lá, ou da rainha, soltam alguma coisa e o resto vai para o superávitSegurança pública será tratada como prioridade um de um governo que quer transformar o Brasil. E é o que o nosso governo quer fazer e vai fazer.

Alguns especialistas argumentam que reduzir a maioridade penal, como o sr. defende, é uma ideia regressiva. Não resolve. Como o sr. responde?
Estou falando de algo extremamente sério. Estou falando de 2%, dos crimes violentos, reincidentes cometidos por adolescentes de 16 a 18 anos de idade. Isso vem crescendo ao longo do tempo. Deixar como está? Não acho adequado. Não estou acabando com a maioridade penal. Ela existe e continuará existindo para 98% dos casos. Mas existem casos extremamente graves que precisam ser enfrentados com a gravidade devida.
Tenho um projeto que triplica a pena para quando jovens de 16 a 18 anos são utilizados para o cometimento de crimes. Quando uma quadrilha leva um jovem a praticar o crime, o menor sempre assume o crime mais grave porque é coagido a fazer isso. Os outros pegam a pena menor. [Com o meu projeto], qualquer quadrilha na qual estiver um jovem, o maior de idade terá a sua pena agravada, dependendo do caso, em até três vezes. Nós temos que reagir ao que está acontecendo hoje. Não podemos simplesmente fazer como o governo do PT vem fazendo, virar as costas do ponto de vista do financiamento, não se dispor a arbitrar essas questões.

A atual política para o salário mínimo, com reajustes acima da inflação, é a ideal e deve ser mantida?
O ganho real do salário mínimo será mantido. Essa é a política. Para impedir que fosse mais um vez utilizada de forma eleitoreira, o líder do meu partido na Câmara Federal, Antônio Imbassahy [PSDB-BA], assinou uma proposta que prorroga até 2019 essa política.

O reajuste do salário mínimo tem vínculo com outros reajustes que ocorrem na economia, sobretudo no caso da Previdência. Como resolver isso?
É um desafio. Temos hoje uma caixa preta na Previdência. No começo do ano, o ministro da Previdência disse que o déficit da Previdência era de R$ 50 bilhões. O ministro da Fazenda chamou a atenção e disse que era de R$ 40 [bilhões]. Demitiram o funcionário que tinha apontado esse outro número. Não dá para entrar em detalhes. Não há nada mais inconfiável no Brasil do que dados desse governo.

Mas hoje existe a vinculação do reajuste do salário mínimo com os benefícios da Previdência. Deve ser mantida essa vinculação?
Não está no nosso norte, não está na nossa bússola, mexer nisso.

Mas é sustentável?
Espero que sim. Não vou aqui avançar em detalhes de políticas que nós vamos tomar sem conhecer efetivamente os números do governo. Seria uma irresponsabilidade da minha parte. Até porque o rombo pode ser até maior do que se imagina.
O grande desafio é conhecermos efetivamente qual é o déficit real da Previdência.

Sobre reduzir ministérios, algumas pastas têm a simpatia de grupos de grupos específicos na sociedade: Secretaria da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, das Mulheres. Esses são os mais prováveis para serem cortados?
O que é importante é que tenhamos políticas públicas para inúmeros setores da sociedade que se sintam contemplados -e não necessariamente o status ministerial dado a alguém.
Os ministérios hoje não servem à população brasileira. O ministério não serve as pessoas ligadas à pesca, a pessoas que se preocupam com infraestrutura, a pessoas vinculadas a causas das minorias. Servem a pessoas individualmente. Os ministérios hoje servem para que o governo construa uma base política, ganhar alguns segundos de televisão para tentar vencer as eleições.
Se vencer as eleições, inverterei essa lógica. Os ministérios terão metas para serem alcançadas. Fiz isso em Minas. Em Minas, 100% dos servidores têm meta para serem alcançadas.

A convenção do PSDB está marcada para o dia 14 de junho, quando o sr. deve ser indicado candidato a presidente. O candidato a vice-presidente será escolhido até essa data?
Poderia ser até o dia 30 de junho, mas pretendo definir até o dia 14. O que me deixa feliz é ter o PSDB completamente unido nessa caminhada.
Temos muitos nomes que estão sendo apontados. Extremamente qualificados. Se eu citar um eu vou excluir outro. Tem cinco ou seis nomes recorrentemente citados e que poderiam honrar qualquer governo e qualquer trajetória eleitoral. Essa não será uma decisão individual do candidato. É uma decisão desse conjunto de forças que está no nosso entorno e será feito sem traumas. Acredito muito nas coisas naturais da política. São as que dão resultado.

O ex-governador de São Paulo José Serra foi citado como um possível candidato a vice-presidente. No domingo (18/5), ele publicou uma nota dizendo que não postula esse cargo. Existe ainda a possibilidade de José Serra vir a ser o seu candidato a vice-presidente?
Você me dá oportunidade de registrar aqui mais um gesto de grandeza de José SerraJosé Serra é um dos mais preparados e qualificados homens públicos do Brasil. Quem não gostaria de ter Serra no seu palanque? Quem não gostaria de ter Serra na formulação de um programa de governo e mesmo na execução desse programa de governo? Eu quero muito tê-lo. Tenho certeza que ele estará. Essa questão [de Serra ser o candidato a vice-presidente] não surgiu por uma motivação ou por uma iniciativa dele. O nome dele acabou sendo colocado, recebi isso com muita honra, pela imprensa. Ele fez um gesto publicamente em Cotia [SP], na última sexta-feira [16/5], quando estivemos juntos em um grande evento partidário: “Contem comigo, estou aí Aécio para estar ao seu lado para encerrarmos esse ciclo e mudarmos o Brasil, qualquer que seja a posição”. Ele disse isso com absoluta clareza e eu recebo esse gesto como um gesto de grandeza política de um grande homem público.

Mas o sr. acha que ele poderia ser o seu candidato a vice-presidente?
É uma possibilidade colocada. Nunca conversei com ele sobre essa possibilidade. Ele acena com a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara ou no Senado. Onde ele estiver, seja vice, seja na Câmara ou no Senado, para a tristeza dos nossos adversários, ele estará ao nosso lado. Estaremos juntos para ganhar a eleição e para governar, porque não vejo um futuro governo nosso sem a presença importante e decisiva de José Serra.

O sr. ligou para Serra depois que ele publicou a nota no domingo (18/5) a respeito desse tema?
Até meus telefonemas privados você quer saber [risos]? Converso muito mais com o Serra do que você imagina.

Mas ligou?
Nossa relação tem um ponto de convergência: o interesse público, o interesse do país. Isso é muito mais relevante do que qualquer visão diferente.
No tucanato reina a tranquilidade e a paz absoluta.

Mas falou com ele depois de domingo?
Tenho falado sempre com ele.

Nesta semana, em Minas Gerais, o sr. esteve junto com o ex-governador, ex-senador e ex-deputado Eduardo Azeredo, réu no chamado mensalão mineiro ligado ao PSDB. Isso o incomoda?
De forma alguma. Conheço Eduardo há muitos anos. O Eduardo é um homem de bem. Está tendo a oportunidade de se defender. Não vamos ocupar aqui o papel da Justiça. Vamos deixar que ele se defenda.
Temos que ter o respeito de deixar o Eduardo se defender na Justiça. Só que eu não agirei como agiram ou agem as lideranças do PT. Se alguém amanhã for condenado pela Justiça, se cometer alguma ilicitude -não estou dizendo que ele cometeu-, ele não será transformado em herói nacional pelo meu partido. Pelo contrário, cumprirá eventualmente a pena se for condenado. Mas há hoje no entorno do Eduardo uma enorme expectativa pela sua absolvição.

Ele deve participar ativamente da sua campanha?
Da forma que ele quiser.

Ele é bem-vindo?
Olha, ele é. Ele é um homem de bem. A forma de participar o Pimenta [da Veiga] que vai dar, pois é candidato a governador em Minas Gerais.

Em Minas Gerais havia um pré-acordo entre o sr. e o seu adversário do PSB na disputa pelo Planalto, Eduardo Campos. O PSB poderia apoiar o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais. Há indicações de que isso não vai ocorrer. Por que isso aconteceu? Isso significa uma mudança de relacionamento entre o sr. e Eduardo Campos?
Da minha parte, não. Tenho visto algumas notícias, mas para mim vale o entendimento que nós fizemos dessa aliança do PSB com o PSDB em Minas Gerais. É uma coisa natural. O que não seria natural é uma ruptura a partir de um interesse eleitoral. Aí não sei como seria recebido pela sociedade.

Alguns colegas seus têm dito que há um certo sinal de traição do PSB, em Minas Gerais. O sr. vê assim?
Não vi nenhuma movimentação concreta da direção do partido ainda. Terem postulantes discutindo o quadro local é muito natural. As últimas conversas que tive com Eduardo, o sentimento que eu colhi dele. Até me disse isso o ex-governador Anastasia, há poucos dias que estive com ele em Belo Horizonte, que esse era o caminho natural. Até porque uma ruptura penalizaria fundamentalmente o próprio partido [PSB] que teria dificuldades de eleger parlamentares. Da minha parte, não mudou nada.

Estou me dispondo a conduzir algumas forças políticas para enfrentar o governo que está aí porque acredito que isso é bom para o Brasil. Vou fazer isso no limite das minhas forças, com todo o meu vigor. Não vou me distrair ao longo do caminho. Não vou cair na armadilha do PT de querer dividir as oposições. Esse é um esforço permanente que faz o governo.
O que me faz estar andando pelo Brasil, reunindo as figuras mais talentosas, as cabeças mais qualificadas, é podermos construir um projeto alternativo a esse que está aí. E os meus compromissos eu vou honrá-los todos.

Quais programas sociais, caso o sr. seja eleito, seriam mantidos?
Apresentei há algum tempo um projeto que transforma o Bolsa Família em programa de Estado. O Bolsa Família é a unificação do Bolsa Escola e do Bolsa Alimentação que vieram do PSDB. Hoje, o governo do PT prefere que ele seja um programa coordenado por uma secretaria, dentro de um ministério, para poder a toda véspera de eleição praticar o terrorismo usual de que o programa vai ser extinto.
Fiquei sabendo no final de semana que um senador da República, da base governista, fez uma declaração: “Olha, o candidato fulano de tal -no caso, eu- vai acabar com o Bolsa Família“. Coisa mais primária da política pequena, da política dos grotões, da política atrasada que o Brasil não merece mais viver. Mas é o retrato de que essa é uma estratégia de campanha deles. O Bolsa Família será continuado, será aprimorado. Até porque para nós ele é um ponto de partida. Para o PT, é só um ponto de chegada. Essa é a diferença que temos de visão.

O programa Mais Médicos será mantido?
programa Mais Médicos é um programa circunstancial, temporal. O Mais Médicos continuará, mas nós não faremos a discriminação que hoje o governo federal faz em relação aos médicos cubanos. Na nossa avaliação, eles têm os mesmos direitos e têm que ter a mesma remuneração dos médicos de outras partes do mundo.
Nós temos que enfrentar a questão da saúde de forma mais orgânica, de forma mais ampla. Nesses três últimos anos o governo do PT permitiu que 13 mil leitos hospitalares fossem extintos. O que defendo é mais saúde. Defendemos progressivamente o aumento da participação do governo federal no financiamento da saúde.

Quanto o governo deve investir do Orçamento em Saúde?
A nossa proposta é que possa chegar a 10%.

Do Orçamento?
Do Orçamento.

Não é muito engessar 10% do Orçamento com um item apenas?
Não, desde que o dinheiro seja aplicado com eficiência.

Mas com eficiência não dá para dar conta com o dinheiro atual?
Não. Nós temos que nos preocupar em criar mais vagas nas escolas de medicina espalhadas pelo Brasil. Elas vieram diminuindo ao longo desses anos. O governo do PT não percebeu. Acho importante que nós discutamos uma carreira para os médicos, uma carreira federal. Estamos com um grupo extremamente qualificado de pessoas discutindo a segunda etapa do programa Mais MédicosMais Médicos não é a solução para o problema da saúde brasileira.

Se eleito, como o sr. pretende nomear os diretores das agências reguladoras?
Meritocracia, e ponto. Em Minas Gerais eu fiz isso.

Nenhum deputado ou senador poderá indicar diretor de agência?
Não vai passar nem perto. Nem ministro nem diretor de nada. Essa não é a lógica que funciona. Nós temos que inverter isso de forma definitiva. Essa lógica perversa de os espaços públicos serem feudos de grupos partidários, de grupos dentro dos próprios partidos.

Ou de grupos econômicos também?
Também, o que é mais grave. Ou tão grave. Criei uma regra muito positiva. Para ocupar um cargo na área financeira ou administrativa, na administração direta do Estado [em Minas Gerais], você tem que passar por uma certificação feita por um órgão externo ao Estado. No nosso caso, a Universidade Federal de Minas Gerais. Todos os nomes indicados para as agências terão que passar por essa qualificação. Por essa avaliação, para estarem disponíveis.

O sr. é a favor ou contra a manter as atuais regras e a legislação a respeito da prática do aborto?
As regras atuais. Já respondi isso mais de uma vez.

Se o Congresso flexibilizar as regras atuais e dar à mulher o direito de decidir, o sr, se eleito, seria contra?
Essa é uma decisão do Congresso Nacional. Na minha concepção, já respondi isso mais de uma vez, as regras atuais são adequadas e suprem as nossas necessidades no momento.

O que o sr. acha de casais gays terem o direito de adotar e educar uma criança?
Tudo que envolver afeto e condições adequadas e, obviamente, assistentes sociais, profissionais do setor que vão fazer essa avaliação, eu não me oporia.
Defendo uma facilitação do processo de adoção no Brasil, inclusive no que diz respeito ao poder pátrio, que é o que engessa, impede que as crianças sejam colocadas mais cedo para adoção.

Casais homoafetivos poderiam então adotar?
Se houver, por parte dos profissionais da área, avaliação de que há condições adequadas desses casais criarem a criança, talvez ela fique ali melhor do que nos abrigos e nos albergues.

O Supremo já decidiu, por maioria, mas ainda não terminou de julgar, que financiamento de empresas a políticos deve ser banido. O sr. tem posição sobre isso?
Acho que o fim do financiamento privado teria que ter uma relação com o fortalecimento dos partidos. Era importante que nós avançássemos pelo menos na lista partidária, ou pelo menos uma parcela dos parlamentares eleitos pela lista partidária.
Temos que tomar cuidado para a contrapartida disso não ser o recrudescimento do caixa 2. Eu acho que essa discussão tem que caminhar de forma conjunta.

O Uruguai legalizou a produção e o consumo de maconha. O Brasil deve olhar essa experiência e eventualmente segui-la?
Deve olhar essa experiência, como outras, em outras partes do mundo, mas não acredito que segui-la.

Por quê?
Não gostaria de ver o Brasil como cobaia de uma experiência que não se sabe qual é o resultado. Já me manifestei sobre essa questão mais de uma vez. Não acho que essa seja uma agenda para o Brasil. Não sou a favor da descriminalização.

A população carcerária no Brasil é de mais de meio milhão [de pessoas]. Um quarto desses presos está na cadeia por conta de algum tráfico de drogas. Pequenas quantidades, às vezes. É bom esse modelo?
Claro que não é bom. Por isso estou propondo uma inflexão profunda na reforma do Código Penal, do Código de Processo Penal, onde nós possamos dar vigor, agravar as penas dos traficantes. É esses que nós temos que buscar. E compreender que esse tipo de pequeno delito pode ter punições paliativas, trabalhos comunitários.

O sr. tem 54 anos. Em outra época da vida já consumiu algum tipo de droga considerada ilícita no Brasil?
Já respondi isso mais de uma vez. Quando tinha 18 anos experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça.

Acesse a transcrição completa da entrevista – Parte 1
Acesse a transcrição completa da entrevista – Parte 2

A seguir, os vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):

1) Principais trechos da entrevista com Aécio Neves (9:54)

2) Meta de inflação será 4,5% até 2018 (1:41)

3) Trajetória da taxa de juros será declinante (1:27)

4) Lei é desnecessária agora para BC independente (0:52)

5) Aumento real para salário mínimo será mantido (1:36)

6) Desvincular mínimo da Previdência não está na nossa bússola (0:46)

7) Primeira reforma terá de ser a política (2:46)

8) Deve haver só 21 a 22 ministérios (2:06)

9) Aécio quer Ministério da Segurança Pública (3:16)

10) Infratores de 16 a 18 anos devem cumprir pena como adultos (0:58)

11) Quem não gostaria de ter Serra em seu governo? Eu gostaria (2:15)

12) Eduardo Azeredo participará como quiser da campanha (1:28)

13) Rompimento com o PSB em Minas não seria natural (1:49)

14) Não troco a companhia do FHC por ninguém hoje em dia (2:09)

15) Fim do dinheiro privado fortalece caixa 2 (1:27)

16) PT faz terrorismo, mas Bolsa Família será mantido no meu governo (1:21)

17) Médico cubano vai receber como os demais (2:15)

18) Agência reguladora terá ‘diretor certificado’ (1:36)

19) Lei do aborto será mantida, sem ampliação (0:27)

20) Casal gay pode adotar criança com parecer técnico (1:47)

21) Sou contra descriminalizar maconha (1:04)

22) Usei maconha aos 18 anos e não recomendo a ninguém (0:13)

23) Quem é Aécio Neves? (1:19)

24) Íntegra da entrevista com Aécio Neves (64 min.)