Aécio vai resgatar capacidade dos Estados e municípios

Aécio falou das propostas para o desenvolvimento na Região Norte e cobrou explicações do Governo Dilma sobre o escândalo da Petrobras.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Sobre propostas do candidato para o desenvolvimento econômico e social do Pará e Amazônia.

Quero reafirmar aqui hoje no Pará, mais uma vez, o compromisso com uma política nacional de segurança. No meu governo, o presidente da República vai ter a responsabilidade de conduzir uma política de segurança, que passa pela reforma do nosso código penal, para que acabe essa sensação de impunidade que hoje existe no país, proíba o represamento dos recursos aprovados no Congresso Nacional. Esse ano, apenas 20 % dos Fundos de Segurança Pública foram efetivamente executados. Garanta uma política de policiamento de nossas fronteiras, com a Polícia Federal e as Forças Armadas atuando em conjunto e, principalmente, uma parceria com os Estados, onde cada um saiba, efetivamente, com o que vai contar mensalmente, ou para ampliar o efetivo, ou para investir em inteligência, ou para investir em equipamentos.

Temos condições de em 60 dias colocar mais 60 mil homens, policiais formados, nas ruas. Basta que o governo federal subsidie os funcionários administrativos. Portanto, os policiais que fazem hoje serviços administrativos poderiam ser liberados imediatamente para ir às ruas. Uma política nacional de segurança será responsabilidade, no meu governo, do presidente da República.

E estabeleceremos uma nova relação com os países vizinhos produtores de drogas. O Brasil não é produtor de cocaína, o Brasil não é produtor de maconha. E os países que são os principais produtores, vemos seus governos fazendo vista grossa para aquilo que lá acontece. Vem para o Brasil e, aqui, vimos no ano passado 56 mil assassinatos. Mais de 30 mil em função do tráfico de drogas. Vamos estabelecer uma nova relação, onde as parcerias com esses países serão condicionadas a ações efetivas desses governos para coibir o cultivo das drogas no seu território.

Sobre políticas para a região Norte.

Eu tenho dito sempre que você para diminuir a desigualdade tem que tratar os desiguais de forma desigual. Foi o que fiz como governador de Minas Gerais e pretendo fazer como presidente República. Em primeiro lugar, resgatar a capacidade dos municípios e dos Estados enfrentarem as suas dificuldades. O Brasil vive um Estado unitário hoje, apenas o governo federal tudo tem e tudo pode. Um novo Pacto Federativo, com a agenda da Federação, que está em discussão no Congresso Nacional e não foi votada até hoje, porque a base do PT não permitiu, sendo votada com absoluta prioridade.

Vamos dar um choque de infraestrutura nessa região, pois é ela que nos ajudará a garantir maior competitividade àquilo que aqui se produz. Vamos fazer um processo rápido de simplificação do nosso sistema tributário, para atacar, também, da mesma forma, o custo Brasil. Essa região tem um potencial extraordinário de crescimento, mas é uma região que vem sendo governada com desprezo pelo governo federal.

Aliás, o governo federal governa de costas para a região Norte e também, em grande parte, para a região Nordeste do Brasil. Vamos ser o governo que vai diminuir as desigualdades com ações pontuais na saúde, na segurança pública, como disse, na melhoria na qualidade da educação e infraestrutura.

Sobre esforços para melhoria da educação.

Esse é um esforço de todos. Quero trazer a minha experiência de Minas Gerais para o Brasil. Vimos a falha de uma política, por exemplo, em relação ao ensino médio, onde existe um só currículo em todo o Brasil. Isso é uma visão do século passado para o século XXI. Temos que regionalizar os currículos, adaptá-los à realidade de cada região, para que eles sejam atrativos. Temos que refundar a escola brasileira. Tenho dois programas na área de educação que quero implementar no Brasil, que, a meu ver, permitem um resgate de uma parcela importante dos jovens brasileiros que não completaram o ensino.

Temos 20 milhões de brasileiros entre 18 e 29 anos de idade, de jovens brasileiros, que ou não completaram o ensino fundamental ou não completaram o ensino médio. Vamos fazer aquilo que se faz hoje com estudantes que ganham a bolsa de estudo para um curso de pós-graduação. Vamos dar uma bolsa de um salário mínimo para todos os jovens que não completaram seja o ensino fundamental, o ensino médio, para que possam fazê-lo. O trabalho desse jovem será estudar. Porque só assim eles vão conseguir se qualificar um pouco mais.

Sobre as denúncias envolvendo a Petrobras e o governo federal.

Esse governo acabou. Esse governo acabou antes da hora. A presidente da República já demite por antecipação o seu ministro da Fazenda, e, no caso do PT, denúncias. É só uma questão de tempo. Estamos aí frente ao Mensalão 2. A principal empresa pública brasileira submetida a interesse de grupos. Para quê? Para manter o PT no poder. Quando denunciei, lá atrás, no Congresso Nacional e liderei a constituição de uma CPMI para investigar a Petrobras, o governo dizia que estávamos atacando a imagem da principal empresa brasileira.

A verdade é que o governo do PT enlameou a nossa principal empresa. E não adianta o governo dizer que não sabia. É preciso que as respostas sejam diretas, objetivas e que essas investigações possam ser aprofundadas. E quem tem responsabilidades tem que ser punido exemplarmente.

A nossa proposta busca encerrar esse ciclo perverso de governo do PT, que tão mal vem fazendo ao país, para iniciarmos um novo ciclo de seriedade e respeitabilidade na gestão do recurso público. Um ciclo onde possamos colocar, ao mesmo tempo, a ética junto com a eficiência, com a competência. É importante que fique claro que a mudança que o Brasil quer e que vai acontecer, porque o PT será derrotado, ela não se dá no dia da eleição. Ela se dará a partir do primeiro dia do próximo mandato. E quem tem as melhores condições de iniciar um novo ciclo, virtuoso, ético, eficiente, e que permita todas as regiões do Brasil avançar, somos nós. Não existe uma outra alternativa que signifique a mudança segura que o Brasil espera. Por isso estou extremamente confiante com a nossa possibilidade de vitória.

Sobre posição das candidatas do PT e do PSB sobre as denúncias.

Se não afeta o governo, afeta quem [as denúncias]? Estamos falando de uma área que foi conduzida, liderada, pela atual presidente da República nos últimos 12 anos. Não acredito que a presidente da República tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista político, ela foi beneficiária sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno. Administrar é tomar decisão. Administrar é coibir malfeitos. Administrar é apresentar resultados positivos, tudo o que esse governo não vem fazendo.

Em relação à candidata Marina, vejo uma tentativa permanente de vitimização. Eu não faço nenhuma acusação desse gênero à candidata Marina e vou até além. Em relação às acusações sobre o ex-governador Eduardo Campos, conheci Eduardo durante 30 anos. Isso não combina com ele. Eduardo era um homem de bem. Eu faço toda essa ressalva. Agora, esse discurso da candidata Marina que é vítima dos ataques do PT e do PSDB é um discurso muito defensivo.

Nós, do PSDB, queremos saber, até porque não temos semelhança alguma com o PT. Se alguém tem uma semelhança ou uma identidade com o PT é ela, pelos seus mais de 20 anos de militância no partido, não somos nós. A nossa cobrança em relação a ela é uma cobrança política.  Eu quero saber sim qual é o compromisso da Marina com o agronegócio, se vale o de hoje ou vale o de 1999, quando ela apresentou um projeto proibindo o cultivo de transgênicos no país? Qual é o compromisso dela com a estabilidade econômica do país? É o de agora ou aquele quando ela no PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e dentro do PT tentaram inviabilizar o Plano Real? O Brasil tem o direito de saber em qual candidata eventualmente vai votar. Esse é o jogo político e ela tem que estar preparada para dar essas explicações.

Ninguém está imune a qualquer tipo de crítica. A nossa crítica é política, é frontal. Porque acho que temos as melhores condições de fazer as mudanças que o Brasil precisa. Não basta apenas um conjunto de boas intenções. Boas intenções todos temos, mas é preciso que essas boas intenções de transformem em uma nova realidade, de retomada do crescimento, de valorização dos empregos de boa qualidade, de descentralização dos investimentos em saúde e em segurança pública, para avançarmos nessas áreas, de melhoria na qualidade da educação.

Não estou prometendo nada que não tenha feito quando fui governador de Minas Gerais. Por isso é importante que esse debate se dê as claras. A candidata Marina, quando coloca no mesmo saco as críticas ao PT e ao PSDB, ela comete um equívoco e, a meu ver, foge do debate. Quero saber, em relação ao governo federal, quem são os responsáveis pelas irresponsabilidades e falcatruas que ocorreram agora na Petrobras, e isso é responsabilidade do governo do PT comandado pela presidente Dilma.

Em relação à candidata Marina, quero saber com quem ela vai governar e de que forma pretende governar o país. Com que convicções? Porque quem muda de opinião a todo instante, em razão das circunstâncias ou de determinadas pressões, a meu ver, mostra uma fragilidade muito grande pra enfrentar um país com as complexidades, com as dificuldades que vamos enfrentar a partir do ano que vem.

Aécio Neves lança Fórum Diálogos do Brasil

Aécio lançou iniciativa que visa discutir as boas práticas vividas por organizações do Terceiro Setor.

Aécio quer reproduzir boas práticas em responsabilidade social

Fonte: Jogo do Poder

Aécio Neves reúne empreendedores sociais e lança Fórum Diálogos do Brasil

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, reuniu grandes nomes do empreendedorismo social, nesta segunda-feira (28) em São Paulo, para lançar o Fórum Diálogos do Brasil, iniciativa que visa discutir experiências exitosas vividas por organizações do Terceiro Setor e aprender com elas.
 
“Esse é um dos momentos mais relevantes da nossa caminhada. Aqui nós estamos estabelecendo um diferencial claro, a visão que nós temos da participação da sociedade civil, do desenvolvimento social do país, do desenvolvimento econômico, ambiental. Isso é um marco. Estamos no caminho certo para algo inédito e vanguardista no Brasil”, afirmou.
 
Fazem parte do Fórum o fundador do Comitê para Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio; o coordenador do Grupo Cultural AfroReggae, José Júnior; a diretora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), Rosa Maria Fischer; o empreendedor cultural Carlos Bezerra; o fundador dos Doutores da Alegria, Wellington Nogueira; a empreendedora social Cristina Rodrigues; a fundadora da Associação Saúde Criança, Vera Cordeiro, e um dos coordenadores do Centro Cultural Waly Salomão, em Vigário Geral (RJ), Betho Pacheco.
 
“É algo novo. O Brasil desperdiça o potencial enorme que tem de experiências que resgataram gente do crime e permitiram a crianças e jovens fora da idade escolar voltarem à escola, pessoas se qualificarem para entrar novamente no mercado de trabalho”, acrescentou Aécio. “É uma organização que vai colocar no papel avanços do ponto de vista da legislação, com o setor privado, com as empresas, na sua desburocratização.”

Objetivos
Para Rodrigo Baggio, que é também coordenador do programa de governo da Coligação Muda Brasil na área de Tecnologia e Inclusão Digital, o Fórum Diálogos do Brasil terá quatro objetivos fundamentais: elencar iniciativas bem sucedidas de projetos socioambientais para transformar em políticas públicas, criar bases para um novo Marco Civil do Terceiro Setor, refletir mecanismos de estímulo ao empreendedorismo e fomentar um novo momento no país.

“Pela primeira vez em uma campanha presidencial, a nível nacional, o tema do empreendedorismo social se alavanca e chega ao debate público. Isso é fundamental para as ONGs no Brasil”, disse.

Vera Cordeiro, da Associação Saúde Criança, destacou que o Fórum será um canal de comunicação direta com a sociedade. “Não é reinventar a roda, mas ouvir pessoas que têm uma trajetória de vida em um país que é a sétima economia do mundo, mas que é um país perverso em termos de desigualdade social”, ressaltou.

Já a professora Rosa Maria Fischer acrescentou que o patrimônio que as organizações da sociedade civil construíram, “de conhecimento, de saberes, de tecnologias para resolver problemas sociais e ambientais”, não pode ser desperdiçado. “Temos que aproveitar esse conhecimento, essa experiência, para expandi-la com políticas públicas inovadoras, mas também estimulando que empreendedores sociais continuem abrindo novos negócios, que tenham essa capacidade transformadora”, completou.

Aécio Neves lança Fórum Diálogos do Brasil

Aécio lançou iniciativa que visa discutir as boas práticas vividas por organizações do Terceiro Setor.

Aécio quer reproduzir boas práticas em responsabilidade social

Fonte: Jogo do Poder

Aécio Neves reúne empreendedores sociais e lança Fórum Diálogos do Brasil

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, reuniu grandes nomes do empreendedorismo social, nesta segunda-feira (28) em São Paulo, para lançar o Fórum Diálogos do Brasil, iniciativa que visa discutir experiências exitosas vividas por organizações do Terceiro Setor e aprender com elas.
 
“Esse é um dos momentos mais relevantes da nossa caminhada. Aqui nós estamos estabelecendo um diferencial claro, a visão que nós temos da participação da sociedade civil, do desenvolvimento social do país, do desenvolvimento econômico, ambiental. Isso é um marco. Estamos no caminho certo para algo inédito e vanguardista no Brasil”, afirmou.
 
Fazem parte do Fórum o fundador do Comitê para Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio; o coordenador do Grupo Cultural AfroReggae, José Júnior; a diretora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), Rosa Maria Fischer; o empreendedor cultural Carlos Bezerra; o fundador dos Doutores da Alegria, Wellington Nogueira; a empreendedora social Cristina Rodrigues; a fundadora da Associação Saúde Criança, Vera Cordeiro, e um dos coordenadores do Centro Cultural Waly Salomão, em Vigário Geral (RJ), Betho Pacheco.
 
“É algo novo. O Brasil desperdiça o potencial enorme que tem de experiências que resgataram gente do crime e permitiram a crianças e jovens fora da idade escolar voltarem à escola, pessoas se qualificarem para entrar novamente no mercado de trabalho”, acrescentou Aécio. “É uma organização que vai colocar no papel avanços do ponto de vista da legislação, com o setor privado, com as empresas, na sua desburocratização.”

Objetivos
Para Rodrigo Baggio, que é também coordenador do programa de governo da Coligação Muda Brasil na área de Tecnologia e Inclusão Digital, o Fórum Diálogos do Brasil terá quatro objetivos fundamentais: elencar iniciativas bem sucedidas de projetos socioambientais para transformar em políticas públicas, criar bases para um novo Marco Civil do Terceiro Setor, refletir mecanismos de estímulo ao empreendedorismo e fomentar um novo momento no país.

“Pela primeira vez em uma campanha presidencial, a nível nacional, o tema do empreendedorismo social se alavanca e chega ao debate público. Isso é fundamental para as ONGs no Brasil”, disse.

Vera Cordeiro, da Associação Saúde Criança, destacou que o Fórum será um canal de comunicação direta com a sociedade. “Não é reinventar a roda, mas ouvir pessoas que têm uma trajetória de vida em um país que é a sétima economia do mundo, mas que é um país perverso em termos de desigualdade social”, ressaltou.

Já a professora Rosa Maria Fischer acrescentou que o patrimônio que as organizações da sociedade civil construíram, “de conhecimento, de saberes, de tecnologias para resolver problemas sociais e ambientais”, não pode ser desperdiçado. “Temos que aproveitar esse conhecimento, essa experiência, para expandi-la com políticas públicas inovadoras, mas também estimulando que empreendedores sociais continuem abrindo novos negócios, que tenham essa capacidade transformadora”, completou.

Atração de investimentos em Minas Gerais já soma R$ 26,8 bilhões em 2011

Fonte: Agência Minas

Dois novos investimentos, no valor de R$ 76,5 milhões, nos setores de construção civil e energia, acabam de ser anunciados para os municípios de Guarani, na Zona da Mata, e de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Os dois novos projetos se somam aos outros 129 protocolos de intenções, que já foram assinados este ano, pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), em diversos setores da economia. Os investimentos atingiram um total de R$ 26,8 bilhões e são responsáveis pela geração de cerca de 120 mil empregos diretos e indiretos.

Durante a assinatura do protocolo, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, destacou que Minas está preparada para a diversidade e para a expansão dos investimentos que estão chegando. “Através de uma estrutura conjunta, as secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, de Fazenda e de Planejamento e Gestão trabalham para oferecer ao empresário uma gestão competente e de qualidade, que está consolidando Minas Gerais como o grande centro de distribuição do Brasil”, enfatizou.

O primeiro protocolo foi assinado por Dorothea Werneck e pelo presidente do Grupo Igarashi, Nelson Yoshio Igarashi. O protocolo tem o objetivo de implantar uma unidade industrial, em Uberlândia, para produção de blocos estruturais e pisos intertravados, com investimento de R$ 7,9 milhões.

O empreendimento promete movimentar o mercado mineiro da construção civil ao possibilitar obras em menor tempo e gerar uma economia de até 30% no custo final. O presidente do Grupo Igarashi explicou que está diversificando os negócios. “Em busca de novos mercados e aproveitando uma infraestrutura própria no município de Uberlândia, decidimos investir em alvenaria estrutural, uma tecnologia que está sendo introduzida no Brasil e que possibilita uma construção muito rápida, limpa e ecológica”, destacou.

O empresário esclareceu que se trata da fabricação de blocos de concreto com tecnologia importada e uso de equipamentos na montagem da obra, tanto para prédios como para unidades residenciais.  A fábrica, que deverá entrar em operação já no primeiro trimestre de 2012, será uma planta moderna e totalmente automatizada.

O Grupo Igarashi completou 35 anos e está entre os cinco maiores produtores nacionais de alho, batata, cebola, tomate, cenoura, repolho, entre outras culturas. Atua nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia e Santa Catarina. Na Bahia, possui cerca de 40.000 hectares de terras em produção agrícola. Seu faturamento anual na área agrícola é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. Possui aproximadamente 3.000 funcionários.

Energisa

O segundo protocolo assinado foi com o Grupo Energisa, que irá implantar no rio Pomba, município de Guarani, uma pequena central hidrelétrica (PCH). Com investimento de R$ 68,6 milhões, a PCH Zé Tunin S.A. terá capacidade instalada de 8 MW quando entrar em operação, no segundo trimestre de 2013, com vertedouro controlado por comportas, duas unidades de geração de energia e uma subestação elevadora interligada ao sistema de distribuição da Energisa Minas Gerais.

O Grupo Energisa tem na distribuição de energia elétrica a principal base de seu negócio, mas atua também na geração, comercialização e serviços na área de energia. Com cinco distribuidoras no Brasil, três na região Nordeste (uma em Sergipe e duas na Paraíba), uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro, tem cerca de 2,3 milhões de consumidores e uma população atendida de 6,5 milhões de habitantes em 352 municípios. Atualmente, mais de cinco mil trabalhadores diretos e indiretos fazem parte das suas empresas, cujo faturamento previsto para este ano é de R$ 3,5 bilhões.

Fundada em 1905, a Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S/A (nova denominação da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina – CFLCL) é a empresa que originou o Grupo Energisa e que, até fevereiro de 2007, era a holding operacional. Com a conclusão do processo de desverticalização, a Energisa passou a ser a nova controladora de todas as empresas do Grupo.

Minas anuncia edital do projeto do Terminal 2 do Aeroporto Internacional em Confins

Fonte: Agência Minas

A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, anunciou nesta terça-feira (4), em Belo Horizonte, o primeiro passo para a implantação do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN). Ao lado do superintendente regional da Infraero, Mário Jorge Fernandes de Oliveira; da superintendente do AITN, Maria Edwirges Madeira; e do subsecretário de Investimentos Estratégicos, Luiz Antônio Athayde, ela anunciou a publicação do edital de licitação internacional para a escolha da empresa que fará os projetos básico e executivo do Terminal 2.

A projeção é de que a capacidade de passageiros do aeroporto atinja, em 2020, um total de 20 milhões por ano. Durante a entrevista, foi confirmada também a publicação do edital para a concorrência que irá escolher o operador master do Aeroporto Indústria no sítio do AITN.

Dorothea Werneck destacou que o anúncio é resultado de um trabalho de cinco anos do Governo de Minas e “consolida uma parceria com a Infraero, que permitirá um terminal melhor aparelhado, além de oferecer aos passageiros um novo padrão de conforto, dentro de uma visão sustentável de crescimento para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais”.

Os interessados deverão encaminhar os documentos de habilitação e a proposta técnica até 23 de novembro. Já a abertura dos envelopes está prevista para 25 de novembro, pela Comissão Especial de Licitação. A concorrência, em parceria com a Infraero, permitirá ao Estado criar as condições, já em 2012, para a implementação definitiva para a melhoria das condições de embarque de passageiros no AITN para os próximos anos.

Dorothea Werneck explicou que a expansão do AITN é uma das grandes prioridades do Governo de Minas Gerais e está inserida como um dos projetos estratégicos do Programa Estruturador Investimento Competitivo para o Fortalecimento e Diversificação da Economia Mineira, conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), no âmbito do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2012-2015. “Os esforços de ampliação da capacidade do aeroporto estão sendo feitos, não apenas em função da proximidade da Copa do Mundo da Fifa em 2014, mas principalmente para consolidar o AITN como um novo grande hub de cargas e passageiros para a região Sudeste do Brasil e América do Sul”, enfatizou.

Comemorando a parceria com a Infraero, a secretária disse que a expectativa é de que, até o final do próximo ano, o projeto executivo do Terminal 2 esteja concluído, para dar início ao processo de licitação da obra. “Como o terminal será construído em aço e vidro, esperamos que ele possa ser concluído em 18 meses”, esclareceu.

Com a conclusão dos projetos, a Infraero, ou mesmo um futuro concessionário – caso a Secretaria de Aviação Civil (SAC) decida pela transferência da gestão para a iniciativa privada -, estará em condições de iniciar imediatamente as obras civis desse terminal. A implantação do Terminal 2, no entanto, não invalida outras iniciativas de construção de um terminal remoto. A avaliação, porém, é de que o T2 possibilitará ao aeroporto a adequação necessária para o atendimento da expansão do trânsito de passageiros para a próxima década, além de suprir a movimentação projetada para os próximos anos.

De acordo com o edital, a empresa vencedora da licitação irá elaborar os projetos de engenharia, nas etapas de serviços e estudos preliminares, projeto básico, projeto executivo e serviços complementares para a construção do segundo terminal de passageiros, sistema viário de acessos e demais obras complementares do AITN.

Os consórcios interessados deverão encaminhar três envelopes contendo os documentos de habilitação, a proposta técnica e a de preços até 23 de novembro, às 16 horas, no Setor de Protocolo Geral, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, Prédio Minas, 1º andar, aos cuidados da Superintendência de Projetos Especiais da Sede.

A abertura dos envelopes está prevista para 23 de novembro, às 10 horas,  pela a Comissão Especial de Licitação, já constituída por meio de resolução, publicada no último dia 14/09/11, no Minas Gerais. O Edital estará disponibilizado no site www.compras.mg.gov.br    /   www.desenvolvimento.mg.gov.br .

Por outro lado, Dorothea Werneck salientou que como o AITN superou todas as expectativas e já ultrapassou sua capacidade nominal de cinco milhões de passageiros, que atinge, no momento, mais de oito milhões de pessoas. A Infraero já está executando uma reforma no Terminal 1, que elevará sua capacidade nominal para 8,5 milhões de passageiros.

Aeroporto Indústria

Outro passo importante anunciado pela secretária Dorothea Werneck foi a publicação, na última segunda-feira (3), do edital de licitação para a escolha do operador logístico master do Aeroporto Indústria, implantado no AITN. O edital foi publicado pela Superintendência Regional Sudeste da Infraero no Diário Oficial da União (DOU). A proposta do Aeroporto Indústria é atrair empresas com produtos de alto valor agregado, que têm no modal aéreo o principal meio de transporte e que irão operar dentro de um regime aduaneiro diferenciado. “O Aeroporto Indústria será um grande fator de atração de investimentos de empresas de alta tecnologia”, afirmou a secretária Dorothea Werneck.

O Aeroporto Indústria, em sua fase I, que já conta com a infraestrutura em fase final de implantação, operará dentro do AITN em uma área de 46 mil m², com investimentos realizados de R$ 16 milhões. As obras de infraestrutura, a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), não irão prejudicar o processo de escolha do Operador Logístico ou a escolha das empresas que irão se instalar nesta área. Em novembro do ano passado, a Infraero publicou o edital de licitação dos nove lotes disponíveis para a instalação de empresas de tecnologia de ponta, mas não houve interesse dos operadores, por conta da impossibilidade de expansão.

O edital para a escolha do Operador Logístico, publicado no último dia 3, já prevê a sua expansão com a agregação de uma área de mais 150 mil metros quadrados. O Aeroporto Indústria de Minas Gerais é o primeiro do país e foi credenciado pela Receita Federal em 2005, com o objetivo de aumentar a competitividade internacional das empresas que irão se instalar nesta área.

A proposta integra a plataforma logística da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além de oferecer oportunidades de negócios para empresas com produto de alto valor agregado, o Aeroporto Indústria irá oferecer tratamento tributário diferenciado, com suspensão dos impostos federais e estaduais, tanto para a importação de componentes quanto para a exportação de produtos acabados de alto valor agregado.

A primeira empresa instalada nesta área e que iniciou a operação-piloto, durante a fase de homologação pela Receita Federal do sistema de software de controle, foi a  Clamper, que produz equipamentos eletrônicos (protetores contra surtos elétricos, para proteção de instalações de escritórios, indústrias e residências).

Conforme o edital publicado pela Infraero, a concorrência prevê a concessão do uso de áreas, com extensão de 205.813 metros quadrados, localizadas no AITN, destinadas à administração e exploração comercial de condomínio industrial logístico pertencente ao Aeroporto Indústria e um Centro Empresarial Logística. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas está prevista para 24 de novembro, às 9h, no Auditório da Superintendência Regional do Sudeste da Infraero, no AITN. O edital pode ser consultado no seguinte endereço:

Complexo Industrial Superporto do Açu facilitará exportação de produtos mineiros

Fonte: Agência Minas

O governador Antonio Anastasia, acompanhado da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, visitou, nesta terça-feira (6), as obras de construção do complexo industrial do superporto do Açu, no município de São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro. O empreendimento da empresa de logística LLX, do Grupo EBX, é o maior projeto de infraestrutura em andamento na América Latina, ocupando uma área de 90 quilômetros quadrados. No total, serão investidos R$ 3,4 bilhões, com a geração de 50 mil empregos diretos. Apenas na fase da obra, o projeto demanda 3.500 postos de trabalho.

Anastasia foi recebido pela prefeita de São João da Barra, Carla Machado, e pelo presidente do Grupo EBX, Eike Batista, além de vários diretores de empresas que integram a holding. Antes de visitar o canteiro de obras do complexo, o governador assistiu a uma apresentação do projeto, com foco nas oportunidades de negócios para as empresas mineiras. No fim da visita, Antonio Anastasia assinou o livro de presença e fez o plantio de uma muda de Pau Brasil, como marco de sua passagem pelo complexo. A expectativa é que a operação no superporto seja iniciada em dezembro de 2012.

O Superporto do Açu facilitará a exportação de produtos de Minas Gerais. O minério proveniente do Estado, por exemplo, chegará ao porto por meio de um mineroduto de 525 quilômetros, vindo da mina da Anglo American em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas. O produto será embarcado em um terminal exclusivo, com área de 500 hectares. O primeiro embarque de minério está previsto para o segundo semestre de 2013.

Além do minério, o superporto também será uma alternativa para o escoamento de outros produtos mineiros, como café, açúcar e ferro-gusa. Outra vantagem é que parte do minério será transformado em aço no próprio complexo, que abrigará duas siderúrgicas, estaleiro e um polo metal mecânico (incluindo uma montadora de automóveis) e uma termelétrica. Essa integração significará mais eficiência e menos custos para as empresas mineiras que se interessarem pelo empreendimento.

O governador Anastasia fez uma avaliação positiva da visita. Ele ressaltou ainda que a construção do Superporto do Açu facilitará a entrada e saída de produtos com destino a Minas Gerais.

“Estamos vendo aqui algo extraordinário. Um empreendimento espetacular, fruto da ousadia e da coragem do empresário Eike Batista, que está realizando algo fundamental para o Brasil. E nós, mineiros, seremos muito beneficiados, não só pela exportação dos nossos produtos, mas também com a possibilidade de importação de produtos que irão para Minas, com custo menor, o que significará certamente mais desenvolvimento para o nosso Estado”, disse o governador de Minas.

Já o empresário Eike Batista agradeceu a presença do governador de Minas Gerais. Na sua avaliação, o Estado é um dos que mais terão vantagem com a conclusão do projeto.

“Queríamos mostrar que o complexo industrial do superporto do Açu pode favorecer várias empresas mineiras a exportarem seus produtos de maneira mais eficiente e também importar mais produtos. Em Minas Gerais, algumas indústrias não aumentam a sua produção, porque tem um gargalo para a exportação. É um porto que está sendo construído para todo o Brasil, mas Minas é um dos estados que vai tirar maior vantagem, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo”, disse o empresário.

O complexo industrial do Superporto do Açu deverá movimentar, pelo menos, 300 milhões de toneladas por ano, entre exportações e importações, posicionando-se como um dos três maiores complexos portuários do mundo.

Em construção desde outubro de 2007, o superporto é composto por dois conjuntos de terminais que, juntos, totalizam 17 quilômetros de cais: TX1, correspondente aos terminais offshore, com 25 metros de profundidade, e TX2, um desenvolvimento do canal interno de navegação com 3,5 quilômetros de extensão com mais de 13 mil metros de cais, 300 metros de largura e 18 metros de profundidade.

O complexo receberá usinas siderúrgicas, polo metal-mecânico, unidade de armazenamento e tratamento de petróleo, estaleiro, plantas de pelotização, usina termoelétrica, indústrias de tecnologia da informação, duas cimenteiras, uma montadora, indústrias de autopeças, um polo de indústrias e serviços de apoio offshore (entidade situada no exterior, sujeita a um regime legal diferente, “extraterritorial” em relação ao país de domicílio de seus associados). A expectativa é que, até 2025, o complexo atraia cerca de US$ 40 bilhões em investimentos das empresas que se instalarem no local.

Grupo EBX

A EBX é uma holding brasileira fundada em 1983 e presidida por Eike Batista. O grupo administra negócios nos segmentos de mineração, logística, petróleo e gás, construção naval, imóveis, energia e entretenimento.

Exportações de Minas Gerais atingem maior valor histórico no mês de agosto

Fonte: Agência Minas

As exportações de Minas Gerais atingiram novo recorde em agosto de 2011 e alcançaram o valor de US$ 4,11 bilhões, com média diária de US$ 178,92 milhões. O resultado é o maior já registrado para o mês e representa um crescimento de 23,7% no valor total em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o valor total de julho de 2011, houve expansão de 15,2% durante todo o mês, e de 5,1% se comparado com o valor médio diário de exportação.

Os dados preliminares foram divulgados nesta sexta-feira (2) pela Central Exportaminas, órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As importações em agosto totalizaram US$ 1,34 bilhão, valor 43,6% superior ao mesmo mês em 2010. Houve aumento de 29,8% no valor importado em relação a julho de 2011. A média diária das importações de agosto/11 (US$ 59,50 milhões) foi 18,5% maior do que o valor de julho/11. O saldo comercial de agosto de 2011, que alcançou US$ 2,74 bilhões, apresentou expansão de 15,7% em relação a agosto/2010 e crescimento de 9% em comparação com o saldo do mês anterior.

“Os resultados da balança comercial do Estado apontam que Minas continua contribuindo fortemente para o superávit brasileiro, mesmo com a desvalorização das cotações das commodities no mercado internacional”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck.

Valores acumulados

No acumulado dos oito primeiros meses de 2011, as exportações mineiras totalizaram US$ 26,37 bilhões, uma expansão de 42,7% em relação a igual período de 2010. O resultado superou a variação das exportações nacionais (+32,1%). A participação sobre o total brasileiro ficou em 15,8%. No mesmo intervalo, as importações aumentaram 30,1% na comparação com igual período de 2010, totalizando US$ 8,18 bilhões. Enquanto isso, as importações nacionais cresceram 28,2%.

As importações do Estado responderam por 5,6% do total brasileiro. O saldo comercial de Minas foi de U$ 18,19 bilhões no acumulado de janeiro a agosto/2011, enquanto o saldo nacional foi de US$ 19,97 bilhões. Em relação a 2010, registrou-se crescimento de 49,2%.

Já nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011), a receita das exportações atingiu US$ 39,11 bilhões. Houve expansão de 51,8% sobre o período de setembro/09 a agosto/10, quando as exportações atingiram US$ 25,76 bilhões. Com o crescimento, a participação de Minas nas exportações brasileiras alcançou 16,1%.

As importações dos últimos 12 meses também registraram aumento (+30,3%), totalizando US$ 11,85 bilhões. As importações mineiras corresponderam a 5,5% do total nacional no período. O saldo comercial dos últimos 12 meses foi superavitário, acumulando a cifra de US$ 27,25 bilhões. Tal valor foi 63,6% superior ao valor contabilizado entre setembro/09 e agosto/10 e foi equivalente a 95,3% do saldo brasileiro.

Workshop discute o desenvolvimento do Comércio Exterior em Minas Gerais

Fonte: Agência Minas

Nesta quarta-feira (6), as 21 instituições que compõem o Mapa Estratégico do Comércio Exterior de Minas Gerais se reuniram, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, para avaliar os resultados do primeiro semestre de 2011. Estiveram presentes no encontro, a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), o Banco do Brasil, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, abriu a reunião e chamou a atenção para a importância das exportações no desenvolvimento da economia do Estado. “Queremos que Minas cresça gerando empregos de melhor qualidade. E toda ação que contribuir para o alcance desse objetivo, como é o caso das exportações, é extremamente bem-vinda e essencial para o Estado”, ressaltou.

A secretária lembrou ainda que, no primeiro semestre de 2011, as exportações de Minas Gerais cresceram 51,5% em relação a igual período do ano passado e que este aumento continua sendo superior à variação das exportações nacionais, de 32,6% na mesma comparação. “O Estado bate recordes de exportação com frequência, em função do aumento dos preços dos produtos no mercado internacional, o que compensa o câmbio desfavorável. O nosso desafio é aumentar o número de empresas exportadoras em Minas Gerais”, afirmou.

Dorothea Werneck também alertou os representantes das entidades presentes no encontro sobre a importância da divulgação das ações que o Estado vem desenvolvendo dentro do Mapa Estratégico de Comércio Exterior. “Precisamos aumentar a presença do Estado no cenário internacional e isso só será possível quando demonstrarmos que, além de eficientes, agregamos valor aos nossos produtos”.

Mapa

O Mapa Estratégico do Comércio Exterior é um projeto de assistência técnica do “II Programa de Parceria para o Desenvolvimento de Minas Gerais”, elaborado a partir de uma parceria entre o Governo de Minas e o Banco Mundial (Bird). O trabalho foi elaborado com a colaboração de órgãos estaduais, federais e entidades de classe do setor empresarial, a chamada Comunidade Comex, que conta também com a participação de empresários atuantes no comércio exterior do Estado.

Sob a coordenação da Central Exportaminas, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), o Mapa Estratégico tem como principal objetivo a transformação de Minas no melhor estado em negócios internacionais nos próximos 20 anos, além da diversificação, agregação de valor e crescimento sustentável da economia mineira e nacional.

As metas incluem ainda a valorização da imagem de Minas como um estado competitivo; a redução da dependência das empresas mineiras dos mercados tradicionais; a ampliação do número de médias e pequenas empresas exportadoras, bem como do valor das exportações de serviços e do volume de produtos em conformidade com os padrões internacionais.

Resultados

Durante o workshop, o diretor da Central Exportaminas, Jorge Duarte Oliveira, informou que vários dos objetivos traçados pelo Mapa Estratégico já foram alcançados. “O nosso objetivo era aumentar para 15% a participação de Minas Gerais nas exportações brasileiras, o que foi alcançado no ano passado”.

Jorge ainda informou que o aumento da oferta de emprego e renda de empresas exportadoras já superou os índices traçados. “No último ano, a oferta de empregos nas exportações aumentou 4,1% e superou os índices da indústria mineira e nacional, de 3,4% em 2010”.

Ao final do encontro, os representantes das instituições discutiram as iniciativas do Mapa Estratégico e apresentaram propostas que poderão viabilizar novas oportunidades de negócios para Minas Gerais.

Economia mineira cresce acima da média nacional no primeiro trimestre de 2011

Fonte: Agência Minas

A taxa de crescimento da economia de Minas Gerais foi de 5,1% no primeiro trimestre de 2011. Como esperado, houve desaceleração no ritmo de expansão no Estado, em consonância com o movimento observado no Brasil e no exterior. No quarto trimestre de 2010, a taxa observada em Minas havia sido de 6,9%. Na economia nacional, as taxas foram de 5,0% no quarto trimestre de 2010 e de 4,2% no primeiro trimestre de 2011.

As informações são parte do Informativo CEI – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: Resultados do 1º Trimestre de 2011, desenvolvido pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP).

De acordo com o estudo, embora o resultado ainda possa ser considerado expressivo, deve-se levar em consideração a tendência de continuidade na redução das taxas. Tanto no plano nacional quanto no estadual, a desaceleração da economia deveu-se a uma série de fatores, entre esses a retirada, no segundo semestre de 2010, dos estímulos fiscais para o fortalecimento da demanda agregada; as medidas de restrição ao crédito bancário dos últimos meses de 2010; a contínua elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central; e o menor dinamismo das exportações.

Crescimento acumulado

A taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres também sofreu queda em Minas Gerais, de 10,9% no final do ano passado para 8,9% neste primeiro trimestre de 2011. O mesmo movimento foi observado em âmbito nacional. No mesmo período, a taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres na economia brasileira diminuiu de 7,5% para 6,2%.

Setores

A indústria teve papel central no desempenho da economia estadual. Embora tenha menor peso que o conjunto das atividades de serviços, a taxa de crescimento do valor adicionado na indústria tem se sustentado consistentemente acima do observado nos demais setores. Mesmo assim, o crescimento industrial em Minas Gerais continua no processo de desaceleração iniciado em meados 2010. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de uma expansão de 8,6% ao final de 2010 a taxa se reduz para 5,9% neste primeiro trimestre de 2011. Na indústria brasileira, a evolução destes mesmos indicadores caiu de 4,3% para 3,5%.

No setor de serviços, a taxa de crescimento trimestral no Estado sofreu redução de 6,2% ao final do ano passado para 4,1% neste primeiro trimestre de 2011 (4,6% para 4,0% no Brasil). A taxa de crescimento acumulada do setor em quatro trimestres reduziu, em Minas, de 7,1% para 6,3, e, no país, de 5,4% para 4,9%.

O desempenho do setor agropecuário foi muito semelhante em Minas Gerais e no Brasil neste primeiro trimestre de 2011. Ele reflete uma forte influência de fatores sazonais nos resultados trimestrais. O índice estimado para o volume de valor adicionado bruto do setor no Estado foi 3,5% maior que em igual trimestre do ano passado (3,1% no Brasil); no acumulado em quatro trimestres, registrou crescimento de, respectivamente, 6,1% e 5,8% em Minas e no Brasil.

Tabela economia FJP

Fábrica de calçados abre novas oportunidades e leva mais desenvolvimento para moradores do Norte de Minas

Fonte: Agência Minas

Por Pedro Ricardo – enviado especial

A chegada da empresa Marluvas, fabricante de calçados de segurança, que será inaugurada neste sábado (14), com a presença do governador Antonio Anastasia, está mudando a vida de grande parte dos quase 15 mil habitantes de Capitão Enéas, no Norte de Minas, uma das regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.

A empresa está implantando o primeiro turno de trabalho, que contará com 400 funcionários. Futuramente, quando estiver operando em plena capacidade, a fábrica deverá contar com 1,2 mil empregados. Para o município, a instalação da fábrica representará um aumento de R$ 300 mil mensais, na arrecadação de impostos.

A implantação da nova fábrica da Marluvas é resultado do esforço que o Governo de Minas vem fazendo para atrair investimentos privados para o interior do Estado, e assim promover o desenvolvimento regional. Para a viabilização do empreendimento, o Estado repassou R$ 2 milhões ao município de Capitão Enéas, destinados à melhoria da infraestrutura da cidade.

Vida Nova

A ex-dona de casa Maria Raimunda Lima, 58 anos, casada, mãe de três jovens, é exemplo das mudanças que vêm ocorrendo no mercado de trabalho do Norte de Minas. Até ser contratada, no início deste mês, pela Marluvas, Maria Raimunda não tinha sequer carteira de trabalho. Esta é a primeira oportunidade de trabalho formal que teve, em toda a sua vida.

“Tenho mais é que agradecer a Deus a oportunidade com a qual sonhava há muito tempo. Assim como eu, antes da iniciativa do Governo do Estado e da prefeitura de trazer a empresa para a cidade, eu não tinha nenhuma perspectiva de uma vida melhor. Agora, só temos que nos esforçar para que a empresa tenha sucesso e assegure oportunidades de trabalho para muitas pessoas”, conta.

Trinta e cinco anos mais jovem que dona Maria Raimunda, o ex-trabalhador rural e ajudante de pedreiro, Raimundo Soares, 19 anos, também vê na Marluvas uma chance de futuro melhor. Contratado para a função de sapateiro, o rapaz, que já concluiu o Ensino Médio, planeja organizar a vida e investir parte do salário num curso técnico de informática ou de segurança do trabalho.

“A chegada da Marluvas em Capitão Enéas traz uma oportunidade de crescimento para os jovens, uma vez que, até então, não tínhamos outras possibilidades. Agora podemos sonhar com outros caminhos”, diz Raimundo Soares.

Novos negócios

A atuação do Governo no Estado, com investimentos em melhorias de infraestrutura, foi fundamental na escolha por Capitão Enéas, pela Marluvas, segundo o prefeito Reinaldo Teixeira.

“A iniciativa do Governo do Estado em investir na interiorização do desenvolvimento vem a calhar com a necessidade dos prefeitos, de pequenos municípios, buscarem alternativas para a geração de emprego e renda para suas populações. No caso específico de Capitão Enéas, localizada a pouco mais de 50 quilômetros de Montes Claros, sofria as duras consequências do êxodo da população, em busca de oportunidades. Com a instalação da Marluvas, temos a perspectiva de revertermos a situação, repatriando conterrâneos residentes em grandes centros urbanos”, assinala o prefeito.

As negociações para a instalação da fábrica envolveram o compromisso de a empresa contratar pessoas da própria cidade ou região, conforme conta o prefeito de Capitão Enéas. Além da capacitação de 21 pessoas que estão ocupando funções estratégicas na gestão da fábrica, numa ação conjunta do Governo do Estado, prefeitura, Fiemg e da empresa, foi instalado na cidade um centro de formação profissional.

“O apoio do Governo do Estado é fator fundamental para a redução das desigualdades econômicas e sociais. A iniciativa mexe com a autoestima da população e contribui para dar novo ânimo aos pequenos empresários, que passam a vislumbrar e planejar novas perspectivas para seus negócios”, diz o prefeito.

Entusiasmado com o momento vivido pela cidade, Reinaldo Teixeira conta que há a expectativa de instalação de uma escola técnica do Senai, para a formação de profissionais de várias áreas. “A prefeitura está em fase adiantada de negociações com dois grupos empresariais interessados na instalação de um curtume e de um frigorífico, com capacidade para abater diariamente entre 120 e 250 bovinos. As negociações envolvem investimentos estimados em R$ 20 milhões, valor que poderá ser financiado pelo BDMG”, adianta.

Na mesma linha de raciocínio, o gerente da Marluvas em Capitão Enéas, Wanderlan Moreira da Silva, entende que a implantação da empresa na cidade abre novas perspectivas e oportunidades para a profissionalização de jovens e adultos.

“Trata-se de uma empresa que investe muito na capacitação dos funcionários. Três dos nossos diretores são oriundos de funções operacionais. Eu mesmo já desempenhei várias atividades, investi nos estudos e, atualmente, ocupo cargo de gerente. A empresa está acreditando no Norte de Minas e, inclusive, já está planejada para expandir a unidade industrial”, afirma o gerente.

Aumento de arrecadação

Com a instalação da unidade industrial da Marluvas, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Walter Moreira Abreu, estima que nos próximos quatro anos a receita da Prefeitura de Capitão Enéas terá incremento de R$ 14,4 milhões, por meio do aumento da arrecadação de impostos.

“Com a chegada da empresa, pagamento de salários do funcionalismo público e da Rima Industrial, que gera 450 empregos diretos no município, prevemos que a economia local passará a movimentar, mensalmente, cerca de R$ 2 milhões. Para um município que tem orçamento anual de R$ 20 milhões, o aumento mensal da receita em R$ 300 mil será bastante significativo”, prevê o secretário.

Walter Abreu lembra que até pouco tempo dizia-se que o fato do município de Capitão Enéas estar localizado muito próximo a Montes Claros era uma grande desvantagem, porque o comércio local não prosperava. “Agora, a partir de um planejamento estratégico visando atrairmos novos empreendimentos para a cidade, a localização próxima a um grande centro urbano e econômico torna-se uma vantagem competitiva importante. Estamos ao lado do segundo entroncamento rodoviário do país, e temos como opção o transporte ferroviário, sistema de comunicação eficiente, aeroporto próximo. Além disso, contamos com incentivos financeiros e fiscais por estarmos inseridos na área de atuação da Sudene”, explica o secretário.

Novas oportunidades

Proprietária da “Butique Padaria”, a administradora de empresas Gisele Rodrigues Rocha também está otimista com a interiorização do desenvolvimento do Estado. Ela já planeja investir na ampliação da padaria.

“Em 2008, abri a empresa uma vez que, depois da conclusão do curso superior, não via perspectiva de encontrar emprego. Hoje não tenho nada a reclamar em relação à decisão tomada. Com a chegada da Marluvas na cidade, a tendência é do comércio local melhorar, gerando mais empregos e renda”, comemora a jovem empresária.

A psicóloga Maluanna Batista Guerra, 24 anos, também está vislumbrando novos horizontes. Em 2010, logo após concluir o curso superior numa faculdade particular de Montes Claros, a psicóloga foi contratada para trabalhar no departamento de recursos humanos da Marluvas. Diante do bom desempenho em treinamento realizado durante cinco meses na sede da empresa, Maluanna assumiu a coordenação do trabalho de seleção dos 400 primeiros contratados.

“Tem sido uma experiência inesquecível, principalmente pelo fato de que estava concluindo o curso superior sem nenhuma perspectiva de trabalho. A oportunidade que estou tendo ainda se constitui num sonho para a grande maioria dos jovens que saem da faculdade e procuram emprego nas áreas em que formaram”, comemora Maluanna Guerra.

Repatriamento

A chegada da Marluvas em Capitão Enéas também está possibilitando o repatriamento de trabalhadores que saíram da cidade por falta de oportunidades de trabalho. É o caso do supervisor em manutenção, Harlen de Souza. “Depois de dois anos morando em outras cidades estou retornando para a terra natal. Estou feliz porque, como sou casado, volto para a convivência da família, além de ter a possibilidade de crescer profissionalmente.”

A ex-agente comunitária de saúde, Elen Fernanda de Oliveira, 27 anos, destaca que a instalação da Marluvas em Capitão Enéas traz benefícios tanto para o desenvolvimento da cidade quanto para a população em geral. “Antes, pelo fato de ter trabalhado sete anos como funcionária contratada pela prefeitura, não tinha estabilidade no emprego e, muito menos, direitos trabalhistas. Agora, trabalhando como costureira e com carteira de trabalho assinada, tenho a oportunidade de ajudar meu marido a melhorar a qualidade de vida da família”, conclui.